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Se há uma coisa que faz um game ser espetacular é uma boa dose de vingança e também redenção. Nesse sentido, o personagem Kratos de God of War não deixa em nada a desejar. Aliás, é possível afirmar seguramente que ele se tornou uma espécie de símbolo no universo dos games!

Para entender a dimensão de toda a complexidade desse personagem e sua trajetória e ainda a relevância do último título lançado para PS4 e PS5, é importante fazer uma breve viagem no tempo. E não é qualquer viagem, afinal, será preciso mergulhar até mesmo em um enredo mitológico.

Kratos, um anti-herói espartano

Kratos é um espartano que não sabe que é seu pai (Fonte: Internet/ Reprodução)

Em sua biografia, Kratos nasceu em Esparta, uma cidade-estado grega. Para se ter uma noção de sua relevância e força, ele nada mais é do que filho de Zeus com Calisto, uma mulher mortal.

A trama já começa pelo simples fato de que Kratos não sabe quem é seu pai durante grande parte de sua vida. Logicamente isso não quer dizer que estamos falando de uma trama típica de um folhetim, até porque os episódios que se desenrolam a partir daí são extremamente densos.

Quando falamos de um personagem espartano, fica evidente que ele foi criado realmente para guerra! Com Kratos, isso não foi diferente.

Em Esparta, as crianças passavam por testes e julgamentos acerca de sua habilidades e os que eram considerados inapropriados para o embate eram mandados para as montanhas – algo que não aconteceu com Kratos em God Of War, que sempre se mostrou bastante agressivo.

Isso, inclusive, permitiu que ele fosse criado junto de seu irmão caçula, Deimos. Juntos, eles tinham o objetivo de ingressar no exercito espartano quando tivessem idade suficiente.

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Pausa para entender um pouco sobre a mitologia

A mitologia presente no enredo de God Of War é um dos pontos altos da saga. (Fonte: Divulgação/PlayStation)

Antes de seguir adiante no enredo que marca a trajetória do personagem Kratos, é importante uma breve pausa para compreendermos a relevância de uma história com cunho mitológico.

Isso porque na antiguidade os gregos levavam em consideração os fenômenos do planeta por meio de uma série de mitos.

Como resultado, isso inclui muitos deuses, semideuses e, claro, heróis. É o que chamamos de uma fé politeísta, ou seja, não existia a crença apenas em um só Deus e sim em um panteão.

Um panteão é formado por vários representantes de elementos da natureza e até mesmo a aceitação de conceitos realmente abstratos.

De onde surgiu o personagem?

Kratos foi criado pelo estúdio Santa Mônica (Fonte: Divulgação/PlayStation)

O personagem foi criado pelo estúdio Santa Mônica. Para interpretar o imponente e agressivo personagem, o escolhido foi um ator britânico chamado Joseph Gatt. Joseph ficou horas em estúdio disponível para o processo de captura de movimentos, o que garantiu um resultado final bastante interessante.

Já a dublagem de Kratos ficou sob a responsabilidade do americano Terrence Carson – inclusive, os berros assustadores proferidos por Kratos tomaram vida por ele!

Uma arvore genealógica bem complexa!

Um dos primeiros desafios aqui é entender a complexa árvore genealógica de Kratos. Segundo a mitologia, ele é filho de Palas, um titã, que é filho de Crio e de Estige, que é ninfa e filha de Tétis.

Além disso, ele é irmão de Niké, que significa vitória, Bias, que significa força e Zelo,que significa rivalidade e grandeza. Ufa!

Kratos, na mitologia grega, é a representação do poder e foi justamente isso que tomou o direto da série, David Jaffe de inspiração. Por outro lado, Jaffe optou por manter os jogos da franquia de God Of War o mais distantes possível do enredo tradicional.

Embora exista essa distância da mitologia original, isso não evitou que GoW se transformasse em um enredo essencialmente contemporâneo e conflitos que somente podem ser solucionados com imensos sacrifícios e uma boa dose de vingança!

Casos de família

Kratos e Deimos sonharam juntos desde a infância em ingressar no exército de Esparta (Fonte: Divulgação/PlayStation)

Os dois irmãos, Deimos e Kratos treinam incansavelmente durante sua infância para conseguirem ingressar no exército de Esparta. Mas, os planos acabam sendo basicamente interrompidos quando Deimos é sequestrado por Ares, deus da guerra.

Kratos tenta impedir que seu irmão seja levado, mas a derrota não apenas resultou no fracasso de sua tentativa como também lhe deixou uma marca em seu olho esquerdo. No reino da morte, Deimos será torturado pelas mãos de Thanatos;

Do outro lado, Kratos acreditará que já é tarde demais e que seu irmão foi cruelmente morto. Com ódio e sede de vingança, seu primeiro passo é tatuar todo o corpo com marcas vermelhas, marcas semelhantes às marcas de nascença de Deimos.

Com o passar dos anos, Kratos finalmente consegue ingressar no exercito espartano, tornando-se capitão.

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A evocação de Ares

Kratos invoca Ares para derrotar os bárbaros (Fonte: Divulgação/PlayStation)

Em uma campanha contra bárbaros, Kratos acaba sendo encurralado. Acreditando que ali seria seu fim ele resolve fazer a única coisa que um personagem em um enredo como esse faria: evocar o nome de Ares.

Kratos pede que Ares lhe dê força suficiente para aniquilar os bárbaros e, em troca, ele serviria o deus da guerra.

Ares assim o fez! Kratos conseguiu liberar então um ciclone destrutivo e exterminou todos os inimigos que estavam diante dele. Mas nada é de graça nem mesmo nos games, e claro que Kratos teria que pagar um preço bem alto por essa suposta “troca” de favores.

A partir daí ele, passou a ficar acorrentado às Lâminas do Caos, ou seja, assim como ele tinha um poder enorme, ele também deveria lidar com a servidão.

Vingança e redenção

Kratos se transforma em o Fantasma de Esparta após episódios traumáticos (Fonte: PlayStation)

Durante determinado tempo Kratos serviu Ares com total lealdade. Ele invadia aldeias, matava pessoas inocentes e espalhava caos por onde passava em nome do deus da guerra.

Isso fez com que ele fosse absolutamente implacável e se distanciasse de qualquer resquício de humanidade que ainda existisse dentro dele. Mas, obviamente essa relação “saudável” entre os dois teria um prazo de validade bem próximo de acabar.

O ápice foi quando Ares levou a esposa e filha de Kratos (Lisandra e Calíope) para um templo secreto.

O fato é que em uma das invasões, Kratos matou todos nos tempo, inclusive sua família, durante o ataque de raiva. Em sua defesa, Ares disse que fez isso para que Kratos quebrasse laços com os mortais.

A partir daí, Kratos passou a ser conhecido como O Fantasma de Esparta, onde sua pele se apresentava totalmente pálida.

Ele também quebrou o juramente feito a Ares, o que motivou sua caçada. Mesmo relutante, ele concorda em se aliar a outros deuses com a motivação de algum dia receber o perdão por seus atos.

A Redenção e uma relação paterna

Kratos derrota Zeus em uma batalha épica (Fonte: Divulgação/PlayStation)

A redenção do personagem ocorre após ele atravessar o labirinto de Dédalo e conseguir resgatar Pandora (ele também desenvolve uma relação paternal com a menina, o que permite ainda evidenciar uma parte do seu lado mortal).

Isso também é um dos motivos para que ele tome decisões importantes no decorrer da trama, principalmente para derrotar Zeus.

Kratos também passa a entender que o mundo não sobreviverá sob o governo de entidades e deuses, o que o motiva a desafiar Athena também.

Ele crava a Espada do Olimpo em seu próprio corpo, libertando a esperança que estava dentro dele. Isso permite que uma nova era seja consolidada.

Um final cheio de debates em God of War III

Em God of War I e God of War II, fica evidente o desenrolar de uma série de acontecimentos e desenvolvimentos do personagem. Mas, o maior debate fica por conta de God of War III.

O motivo é que, em um primeiro momento, não fica exatamente claro se ele morreu de fato ou não.

Outro ponto que gerou muita discussão entre os fãs é que, se Kratos foi capaz de fugir de nada mais, nada menos do o inferno, esperar que ele simplesmente morresse em sacrifício faria sentido?

Entretanto, esses dilemas debatidos entre os fãs da saga foram esclarecidos em God of War para PS4, que dá sequência à história de Kratos.

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O ingresso na mitologia nórdica

Kratos e Atreus levam as cinzas de Faye até a montanha mais alta (Fonte: Divulgação/PlayStation)

É importante destacar que depois dos eventos de God of War 3, Kratos acaba deixando  o panteão grego e ingressa na mitologia nórdica. É nesse momento que ele acaba também virando pai e se submete a uma nova aventura bastante complexa.

A aventura ocorre com seu filho Atreus, logo depois da morte de Faye, mãe da criança. Seu principal objetivo é justamente fazer acontecer o desejo de Faye, ou seja, levar suas cinzas até o monte mais alto da região.

Durante essa trajetória, um de seus maiores obstáculos é conseguir se distanciar de seu histórico de agressividade, violência e vingança, como uma espécie de recomeço e um embate pela sua transformação mais profunda.

Nesse meio tempo, o aprendizado diante da paternidade também acarreta conflitos e aprendizados. Esse novo ciclo é ainda complementado pelo fato dele conhecer os deuses do panteão nórdico - é o caso de Baldur e Freya, por exemplo.

Freya estabelece uma relação de carinho por Atreus após o incidente do javali ferido (Fonte: Divulgação/PlayStation)

Só para contextualizar, Freya, segundo a mitologia nórdica, é a primeira esposa de Odin, rainha do Æsir e também deusa do céu.

Com o pseudônimo de deusa da floresta, ela encontra Kratos e Atreus em um incidente, onde um javali sob sua proteção é alvejado por Atreus. Os dois aceitam ajudar o animal e isso permite que a deusa tenha um carinho imediato pelo menino.

É ela também que os leva ao Templo de Tyr e os ensina a superar alguns dos inúmeros obstáculos que virão adiante.

Outro momento marcante entre os três é quando Kratos recorre a sua ajuda porque Atreus acaba adoecendo. Mesmo relutante, Freya acaba ajudando a criança desde que Kratos encontre um ingrediente bastante raro para curá-lo.

Kratos estrangula até a morte Baldur, filho de Freya. (Fonte: Divulgação/PlayStation)

Toda essa suposta amizade é finalizada quando Kratos acaba matando Baldur, filho de Freya. Com ódio e rosto tomado por lágrimas, a deusa jura vingança. Esse momento acaba forçando Kratos a revelar para Atreus seu passado de violência e o fato de que é um deus.

God of War: Ragnarok

Em God of War: Ragnarok a relação entre Kratos e Atreus lutam entre o desejo de manterem-se unidos ou separar-se.

Enquanto Atreus deseja entender a profecia de “Loki” e o papel que ele desempenhará no Ragnarök, Kratos deve lidar com o medo de repetir erros passados para poder ser o pai de que Atreus precisa. Mais uma vez, God of War investe nos personagens e suas jornadas emocionais.

A ligação de Atreus com o Ragnarok faz com que os Æsir, com destaque para Odin e Thor, mais uma vez entrem no caminho da família que Kratos está tentando manter. Novamente, Kratos se vê sendo decisivo no futuro dos deuses.

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