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Se você está procurando gráficos de jogos em 4K e 120 quadros por segundo em um videogame, o Nintendo Switch claramente não é para você. Mas já faz muito tempo que especificações de ponta não fazem parte da estratégia da Nintendo. São dois os fatores que vão fazer você se encantar pelo console: a magia de seus personagens icônicos e a versatilidade do videogame híbrido.

Ser fã da Nintendo é se maravilhar e sofrer ao mesmo tempo. Afinal, não podemos dizer que o console e seus jogos são acessíveis. Jogos físicos que fizeram parte do lançamento do videogame em 2017 ainda são encontrados por preços entre R$ 350 e R$ 400, como é o caso de The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

Sem um serviço como o Xbox Game Pass, é necessário investir um bom dinheiro nele para aproveitá-lo. O console conta com o Nintendo Switch Online, que te permite aproveitar jogos online como Fortnite ou Among Us, além de um catálogo de clássicos do NES e SNES, mas não traz jogos feitos especificamente para o console.

Pode parecer um mau negócio, considerando que o PlayStation também conta com um serviço de assinatura que oferece jogos do PS4 periodicamente, a PS Plus. Mas ligue um Switch e jogue Zelda, Mario ou Smash Bros. por meia hora e toda a lógica vai para o espaço. Posso dizer que joguei bem mais de meia hora e, por isso mesmo, vou te mostrar a seguir o motivo pelo qual o Nintendo Switch é um bom negócio, ainda que alguns fatores apontem o contrário.

Antes disso, no entanto, é importante que você saiba como funciona a nossa política de avaliações. Sendo assim, veja agora mesmo como avaliamos videogames e continue o review em seguida!

Prós e contras do Nintendo Switch

Prós

A magia que só a Nintendo proporciona é, certamente, a sua maior vantagem. Seja você alguém que viveu a era do Super Nintendo ou não, com certeza conhece Mario e alguns dos personagens de sua turma. São eles que vendem o console e, mesmo com todos os diferenciais que o Switch traz, os personagens mágicos e os jogos exclusivos para o console é que fazem a diferença, não especificações parrudas.

Já a segunda vantagem é justamente a sua versatilidade. Você pode jogar o Nintendo Switch na TV da sua sala, no monitor do seu quarto ou no modo portátil, deitado na sua cama ou no sofá da sala. Ele até conta com uma aba que te permite apoiá-lo em uma mesa, para ter mais conforto.

Seja na TV ou no portátil, você pode jogar o Nintendo Switch quando quiser e onde quiser também!

Outro ponto a se considerar é que ele é um dos melhores videogames para jogar em dupla. Tanto que ele é o único console atualmente a ter um par de controles. Ou seja, você não precisa comprar um controle extra para jogar com alguém em sua casa.

A última vantagem dele é uma faca de dois gumes: o serviço Nintendo Switch Online. Ele oferece acesso a dezenas de clássicos do NES e do SNES, incluindo a versão completa de Star Fox 2, que teve seu lançamento cancelado na época e só viu a luz do dia com o lançamento do Super NES Classic Edition. Mas, como ele custa R$ 1.599 aqui no Brasil, o indicado é aproveitá-lo no Switch por meio do serviço online, que custa apenas R$ 20 por mês.

Contras

Por conta de sua estrutura portátil, o Nintendo Switch não tem como portar especificações parrudas. Afinal de contas, todo o processamento e armazenamento do console está por trás da tela que você segura.

Ainda assim, não podemos deixar de mencionar que suas especificações devem até mesmo para o Xbox One e PlayStation 4. Considerando a geração atual de consoles, podemos dizer que ele é um videogame "atrasado" em relação às especificações técnicas.

Outra contrapartida é o custo-benefício dele. Por conta de seus exclusivos serem cultuados e venderem bem mesmo após anos de lançamento, isso significa que eles ainda são vendidos a preço cheio e o usuário raramente vai encontrá-los com desconto. Exceções são feitas em ocasiões especiais, como na E3 2021 que aconteceu no início do junho.

Apesar de o Nintendo Switch Online oferecer uma biblioteca de clássicos, ele é bem limitado em outros quesitos. Um deles é que você só pode fazer backup dos seus arquivos salvos ou jogar online caso seja um assinante. Caso contrário, fica limitado a jogar apenas em seu console. Ou seja, se o seu Switch tiver com algum problema e você não for assinante do serviço, perderá o progresso de todos os seus jogos caso troque o console por outro.

A última desvantagem do Nintendo Switch não aconteceu em nossa avaliação, por conta do tempo que ficamos com ele. Por outro lado, costuma ser uma reclamação frequente em comunidades e grupos online sobre o console: após alguns meses de uso, os Joy-Con costumam apresentar problemas, como o já conhecido "drift". Nele, o videogame entende que você está se movimentando em uma direção específica, mesmo que não esteja mexendo no analógico.

O que vem na caixa

  • Console Nintendo Switch
  • Par de Joy-Cons
  • Dock para inserir o console e usá-lo na TV
  • Carregador Nintendo Switch com cabo USB-C
  • Cabo HDMI
  • Suporte para usar os Joy-Cons como controles convencionais
  • Dois trilhos para encaixar no Joy-Con e usá-los na horizontal
  • Folheto de garantia e manuais

Ficha técnica do Nintendo Switch

Design e construção

Mesmo que tenha lançado há quatro anos, é impressionante o feito da Nintendo em criar um videogame capaz de rodar jogos em Full HD e 30 quadros por segundo, mas que seja portátil. Notebooks gamers são capazes de fazer melhor, mas não oferecem tantas opções de jogo assim, além de serem desconfortáveis para jogar no sofá.

Processador, placa gráfica, placa de rede e sons estão todos atrás da tela de 6,2 polegadas, que roda os games em 720p (HD). Quando o console está inserido no dock que o conecta à televisão por HDMI, os jogos rodam em 1080p (Full HD).

Tirando as edições especiais e temáticas, você pode comprar o Nintendo Switch com Joy-Cons cinzas ou coloridos. Na segunda opção, a que adquirimos para o review, um Joy-Con é azul, enquanto o outro é vermelho.

O maior trunfo do console até hoje é a vantagem de te permitir jogar quando e onde quiser

Como o console já é cinza, ter controles coloridos torna o videogame mais bonito, até mesmo para a decoração da sua sala. Já o Nintendo Switch totalmente cinza é sem graça e não traduz, ainda que desligado, a magia que seus jogos proporcionam.

Por ser um híbrido, o videogame da Nintendo é consideravelmente mais frágil que os consoles rivais. Nesse caso, recomendamos um case para Nintendo Switch para guardá-lo sempre que for levá-lo a algum lugar. Confira algumas opções para proteger seu videogame!

O detalhe mais importante em sua construção é que ele oferece diversas formas de jogar além da convencional. Por isso mesmo, veja a seguir os diferentes jeitos de aproveitar os games do Nintendo Switch.

Edições especiais do Nintendo Switch

Apesar dessas edições serem mais caras, elas vem com adesivos temáticos de franquias como Fortnite e Monster Hunter. Algumas delas vem com games ou bônus digitais, como costuma acontecer em edições como as de Animal Crossing ou do já citado Monster Hunter. Confira a seguir algumas de nosso catálogo!

Formas de jogar no Nintendo Switch

  • Conectado ao dock e com suporte de Joy-Con: a primeira forma de jogar é a mais convencional, com o Switch encaixado no dock, ligado a uma TV e os Joy-Con conectados ao suporte que vem na caixa. Ou seja, você tem a mesma experiência que em outros consoles. Ideal para jogos de RPG em mundo aberto como The Elder Scrolls V: Skyrim e The Witcher 3: Wild Hunt.
A forma tradicional de se jogar videogame também é uma possibilidade com o Nintendo Switch
  • Conectado ao dock e com os dois Joy-Con separados: se você era um fã do Wii, então com certeza vai se habituar rapidamente a essa forma de jogar. Nesse modelo, você encaixa os trilhos nos Joy-Con, veste as pulseiras e usa um controle em cada mão. É a melhor configuração para games focados no uso de movimentos, como os da série Just Dance, Super Mario Party e o vindouro WarioWare Inc.
Esse modo é ideal para jogos por movimento ou para quem se acostumou a jogar da mesma maneira que fazia no Wii
  • Conectado ao dock, com apenas um Joy-Con: ideal para jogos multiplayer locais e cooperativos, como Mario Tennis Aces e os games da franquia Overcooked!, nessa modalidade você também encaixa os trilhos no Joy-Con, mas os usa deitados, como se fossem apenas um controle. O outro controle? É só dar para quem estiver ao seu lado!
Quer jogar com alguém em sua casa? Então é só cada um usar um Joy-Con!
  • Portátil apoiado na mesa com Joy-Cons no suporte: Quase a mesma coisa que o anterior, mas com a diferença de que o Nintendo Switch fica fora do dock, mas em cima de uma superfície plana, como uma mesa. Usando a aba que vem no próprio console e os Joy-Con no suporte, você pode continuar aproveitando seus jogos favoritos caso tenha uma mesa disponível.
Você pode jogar em uma mesa ao abrir a aba que vem na parte de trás do Nintendo Switch
  • Portátil apoiado na mesa com Joy-Cons separados: assim como no anterior, você pode usar os Joy-Con separadamente, podendo jogar games que exigem movimentos. No entanto, a tela do Nintendo Switch é pequena e acho bem difícil aproveitar games que exigem alguma distância para se movimentar.
Jogos por movimentos também podem ser aproveitados no modo portátil, mas é difícil acompanhar a ação em uma tela tão pequena
  • Portátil apoiado na mesa com apenas um Joy-Con: como acontece quando você está com o console conectado no dock, você também pode usá-lo de maneira portátil, usando apenas um Joy-Con. Ideal para jogos de dois quando não tem uma TV disponível.
Você também pode dividir o Joy-Con e jogar o Switch no modo tablet para dois
  • Portátil: amava o Game Boy ou o Nintendo DS? Então vai se divertir bastante usando o modo portátil do Switch. É possível jogar quase todos os games da biblioteca dele nessa modalidade. Nela, os Joy-Con ficam conectados ao console e são usados normalmente como controle.
O modo portátil é semelhante a jogar no Game Boy ou Nintendo DS

Apesar de poder jogar em qualquer lugar seja maravilhoso, após cerca de uma hora o console começa a pesar bastante nos braços. Se você está procurando um Nintendo Switch para jogar deitado na cama ou no sofá sem colocá-lo em uma televisão, minha recomendação é que tente o Nintendo Switch Lite, que pesa menos que o console convencional.

Tela

A tela em resolução HD quebra o galho na hora de jogar portátil, mas não recomendo para games mais grandiosos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild

A tela do Nintendo Switch tem 6,2 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels. Ou seja, ele reproduz os gráficos dos games apenas em HD. O que é satisfatório, considerando que você apenas a usa quando joga no modo portátil.

Isso não vai te impedir de curtir os jogos do console, e em muitos games os gráficos não são a prioridade. Por outro lado, você acaba perdendo a oportunidade de se impressionar com os cenários exuberantes de Breath of the Wild.

Ainda assim, não notei nenhuma queda de performance brusca ao longo das sessões com o videogame em modo portátil, já que todo o processamento é feito no próprio console e o dock serve apenas para manter o Nintendo Switch carregado ou transferir os gráficos para a sua TV. Minha sugestão: aproveite títulos independentes cujo foco não sejam os gráficos no modo portátil, mas deixe experiências como as de Zelda para a sua TV.

Controles

Os Joy-Cons são os maiores facilitadores na hora de jogar fora da TV, mas costumam apresentar problemas ao longo do tempo

Os Joy-Con são os principais motivos pelos quais é tão fácil jogar no Nintendo Switch de diversos modos. Ao mesmo tempo, sua construção é frágil e é comum encontrar na internet quem reclame do "drift" após alguns meses de uso.

Em 30 dias de testes, no entanto, não notamos nenhuma falha nos controles. Ele talvez seja incômodo para quem tem mãos grandes, já que os botões são pequenos, o que não foi o meu caso.

O único incômodo realmente sentido foi na alavanca analógica. Apesar dela não apresentar o famigerado "drift", ela é bastante sensível, tornando difícil executar algumas coisas simples, como andar em linha reta com os personagens.

Já o sensor de movimento dos Joy-Con está de parabéns. Ele funciona bem até mesmo quando acoplado ao suporte, o que ajuda bastante em games como Super Mario Odyssey, que conta com alguns comandos por movimento que auxiliam ao longo do jogo. É uma clara evolução em relação aos antecessores, tanto o Wiimote  quanto o GamePad do Wii U.

Dica: Quer saber mais sobre os controles do Nintendo Switch? Então veja nosso review completo do Joy Con!

Conectividade

O principal problema de conectividade do Nintendo Switch está em sua instalação. Se pretende usá-lo no dock, então precisa instalar o carregador e o HDMI na parte interna do acessório. O problema é que os conectores ficam de lado, sendo bem chatos de se conectar. Nada que algum tempo instalando e desinstalando o console não resolvam para você se acostumar, mas ainda assim dá um trabalhinho conseguir conectá-lo.

O console traz portas USB, HDMI e USB-C presente no carregador do Nintendo Switch, mas a entrada lateral complica um pouco a instalação

Por outro lado, o motivo é bem nobre: quase não dá para ver os fios do Nintendo Switch. Ou seja, mesmo com uma instalação mais "chatinha", o resultado na sua sala ou quarto gamer é bem positivo.

Em relação à conectividade online, o Nintendo Switch é capaz de se conectar tanto a redes Wi-Fi de 5GHz quanto as de 2.4GHz, então ficar online não é um problema. Os Joy-Con se conectam ao console sem fio após serem conectados ao console no dock.

Vale mencionar aqui que os Joy-Con também aceitam conexão Bluetooth, então também podem se conectar ao PC ou celular para aproveitar jogos nessas plataformas. Alternativamente, você pode usar o cabo USB que vem com o console no suporte para o controle e usá-lo com cabo.

Desempenho

Desempenho não é o ponto forte do Nintendo Switch, embora ele consiga certas proezas. Entre elas, os já citados cenários exuberantes de Breath of the Wild. Ainda assim, é importante citar que, mesmo em games que fizeram parte da primeira leva após o lançamento, o videogame engasga em alguns momentos.

Testamos três dos melhores jogos de Nintendo Switch para esse review, e Super Mario Odyssey foi o exemplo mais forte. Em alguns cenários fechados, o game apresentou algumas quebras de quadros, mas que logo se resolveram.

Embora isso não estrague a experiência, é notável que as configurações do Switch já eram puxadas ao máximo mesmo no lançamento do console. Talvez seja por isso mesmo que os rumores de um Switch Pro sejam tão presentes, mesmo sem confirmação alguma por parte da Nintendo.

Autonomia de bateria

Os primeiros modelos do Nintendo Switch, que não chegaram oficialmente ao Brasil, duravam cerca de três horas no modo portátil. Esse não é mais um problema da edição "brasileira", que promete 6,5 horas de independência.

Em nosso teste, o console Nintendo Switch durou menos tempo, mas não tão longe do prometido. Após 4h20 dele ligado direto e rodando jogos, ele sinalizou que estava com bateria baixa.

Mas apenas depois de cinco horas ligado direto é que ele chegou aos 1% de carga, desligando cerca de 10 minutos após. Ou seja, mesmo que você leve duas horas para ir e voltar do trabalho, escola ou faculdade, o Nintendo Switch permanecerá te divertindo por todo o trajeto.

Nintendo Switch Online

Além dos jogos do próprio console, o Nintendo Switch Online te dá acesso a um catálogo de clássicos do NES e SNES (Fonte: Divulgação/Nintendo)

Ao comprar o console, você ganha o direito a aproveitar uma demonstração do Nintendo Switch Online, podendo acessá-lo por sete dias gratuitamente. Com ele, você tem acesso a uma biblioteca com cerca de 100 jogos do Nintendo clássico e do Super Nintendo.

O serviço é ideal para quem quer conhecer ou apresentar a origem de diversas franquias lendárias do console. Por exemplo, é possível jogar os três primeiros jogos de The Legend of Zelda, assim como todas as franquias clássicas Super Mario Bros e Super Mario World.

Mas o catálogo não é formado apenas por jogos desenvolvidos pela Nintendo. Títulos clássicos como os dois primeiros Breath of Fire, Demon's Crest e Ghosts'n Goblins, da Capcom, são alguns exemplos de jogos produzidos por outras empresas, mas que fizeram sucesso nos consoles da Nintendo. Vale mencionar que "novos" jogos são adicionados periodicamente ao catálogo.

O Nintendo Switch Online custa R$ 20 por mês aos assinantes e é necessário para jogar online e fazer backup de arquivos salvos na nuvem. Embora a prática de ter de assinar ao serviço online para jogar pela internet esteja presente nos consoles rivais, ser obrigado a pagar apenas para ter seus backups na nuvem não é uma prática que eu considere bacana.

Apesar de interessante para aproveitar jogos clássicos e ser mais barato que os rivais PlayStation Plus e Xbox Live Gold, acho o serviço bem limitado. Principalmente ao tentar obrigar seus usuários a assinar o serviço apenas para resguardar seus jogos salvos.

Biblioteca de jogos em 2021

Super Mario Odyssey, Super Smash Bros. Ultimate e The Legend of Zelda: Breath of the Wild são os três jogos mais populares do Nintendo Switch

Quatro anos após o lançamento, não faltam jogos para Nintendo Switch. Seja você fã da empresa ou só alguém que quer jogar Assassin's Creed, The Witcher ou Civilization VI sem precisar da TV, as opções são abundantes.

Apesar de os preços dos jogos da Nintendo dificilmente sofrerem redução, o mesmo não é verdade para jogos da Ubisoft, Bethesda e desenvolvedoras indies. Não estamos falando de jogos desconhecidos, mas de títulos premiados, como Hades, que levou o prêmio de melhor jogo indie de 2020 no The Game Awards do ano passado, e Among Us, que ganhou como melhor game multiplayer na mesma premiação.

Mas, se você está aqui para saber mais sobre os exclusivos, já existe um batalhão de games com os principais personagens da empresa. Só o Mario, por exemplo, já possui mais de cinco jogos disponíveis no console. Super Mario Odyssey, Super Mario 3D World, Super Mario Party e os games de esporte com o bigodudo marcam presença, assim como outros nomes fortes da empresa, como The Legend of Zelda, Fire Emblem e Animal Crossing.

Para a nossa review, jogamos três dos jogos mais populares para o console Nintendo Switch e vamos falar um pouco sobre eles a seguir: Super Mario Odyssey, Super Smash Bros. Ultimate e The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

Super Mario Odyssey

Apesar do fracasso que o Wii U representou em vendas e para os lucros da empresa, a virada para o Nintendo Switch não foi feita em tom de medo. Os três jogos mais populares do console até hoje são a prova disso. Tanto Super Mario Odyssey quanto Super Smash Bros. Ultimate têm em seu DNA a celebração do passado.

Se você é da época de Super Mario Bros. 3 ou Super Mario All-Stars, vai pegar essa referência (Fonte: Reprodução/Super Mario Odyssey)

O primeiro celebra a sua própria história, que começou na década de 1980 com Donkey Kong. Isso fica evidente no mundo New Donk City, aquele com humanos normais e que apareceu já nos primeiros trailers. Só que as pistas já aparecem muito antes, com trechos em 8-bits integrados a cada local do game.

A cidade dos humanos traz uma das melhores referências e cenas do game (Fonte: Reprodução/Super Mario Odyssey)

O melhor de tudo é que essas passagens são bem integradas aos mundos e nunca parece uma quebra forçada. Pelo contrário, sempre são quebras bem-vindas e divertidas. As batalhas contra chefes são fáceis e encontrar as Power Moons necessárias para avançar no game também. Tanto que é possível zerar Super Mario Odyssey rapidamente e sem muitos problemas.

Mas o desafio muda de figura quando a intenção é colecionar as 880 Power Moons do game e recomendo fortemente que tente encontrar o máximo de luas possível. Muitos dos desafios envolvem passar por referências divertidas do passado da série e você libera novas áreas, nas quais a dificuldade aumenta consideravelmente.

Apesar de ter jogado ao menos um pouco de todos os Marios em 3D, nenhum deles até hoje havia superado o primeiro de todos, Super Mario 64. Depois de 21 anos, sou obrigado a mudar de opinião: Super Mario Odyssey é o jogo de Mario mais encantador já feito.

Super Smash Bros. Ultimate

Enquanto Super Mario Odyssey celebra a história do bigodudo mais querido do mundo, Super Smash Bros. Ultimate vai além e é o jogo que mais celebra os videogames em si. O que começou no Nintendo 64 como um experimento no qual personagens da Nintendo trocavam sopapos virou a maior reunião de ícones dos games.

Super Smash Bros. Brawl, de Wii, foi o primeiro a trazer personagens de fora da alçada da Nintendo, com Sonic e Solid Snake, de Metal Gear Solid. Super Smash Bros. for Wii U e sua versão de 3DS aumentou esse catálogo, mas foi Ultimate que elevou isso a outro patamar.

A Marvel pode achar que Vingadores: Ultimato é o maior crossover da história, mas eu sei muito bem que o Ultimato com o crossover mais ambicioso na verdade é o de Super Smash Bros. Dos 81 personagens atualmente disponíveis no game — lembrando que o 82° e último lutador ainda será revelado — 17 não são da Nintendo.

Não faltam personagens para escolher na edição definitiva do game de luta da Nintendo (Fonte: Reprodução/Smash Wiki)

E você tem muito o que fazer em Super Smash Bros. Ultimate. Desde o World of Light, extenso modo história do game, ao modo clássico, que possibilita encarar sete lutas e um chefe final com cada personagem, sem esquecer o modo Smash tradicional e as lutas multiplayer online. Super Smash Bros. Ultimate chega a te deixar atordoado de tantas atividades possíveis. Principalmente quando a atividade é um combate com oito personagens brigando ao mesmo tempo.

Com oito combatentes simultâneos, boa sorte em encontrar o seu personagem (Fonte: Reprodução/Super Smash Bros. Ultimate)

Um dos detalhes mais legais, no entanto, está no desbloqueio dos personagens, feito ao longo do próprio jogo. Assim que você adquire o game, apenas os oito personagens do Smash Bros original estão disponíveis. Com exceção dos personagens liberados via DLC, todos os outros devem ser desbloqueados jogando os diferentes modos do game. Então já vá se preparando: você tem 61 personagens para desbloquear.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Se Super Mario Odyssey e Super Smash Bros. Ultimate são referências diretas e até mesmo celebrações de suas origens no Nintendo 64, The Legend of Zelda: Breath of the Wild vai na direção inversa. O jogo abandona os conceitos que eram chave na franquia desde Ocarina of Time e traz Link em um mundo aberto e totalmente livre.

Isso não chega a ser uma novidade por completo: o primeiro The Legend of Zelda, de 1986, já tinha esse conceito. Só que o NES original não tinha a capacidade de reproduzir a arte incrível usada em Breath of the Wild. Você vai se impressionar muitas vezes ao observar os cenários do alto e por isso que, dentre os três jogos que abordei nesse review, recomendo que jogue esse apenas na TV.

Prepare-se para ficar sem ar muitas vezes no jogo (Fonte: Reprodução/The Legend of Zelda: Breath of the Wild)

Além da direção de arte impecável, a liberdade que o jogo te oferece também impressiona, apesar de ela te segurar nas horas iniciais para passar os primeiros conceitos e te oferecer as ferramentas para realmente conseguir explorar Hyrule. Depois disso, você seguirá o seu próprio caminho.

Entre as mecânicas, a que mais se destaca é a de durabilidade das armas. Com exceção da icônica Master Sword, a maioria das armas do jogo não ficam com você para sempre, quebrando após alguns usos. Embora seja uma mecânica bem irritante, principalmente no começo, ela te dá a chance de experimentar uma extensa variedade de armas, como lanças, maças, espadas e porretes gigantescos, entre muitos outros.

Breath of the Wild não é uma experiência curta: com um mundo vasto e diversos segredos para encontrar, é possível passar centenas de horas desbravando Hyrule. Ou fazer uma speedrun e já tentar derrubar Ganon nas primeiras horas. A decisão é totalmente sua, e essa é uma das maiores vantagens do jogo.

Nintendo Switch: preço e custo-benefício

Considerando a alta dos preços em produtos eletrônicos, o Nintendo Switch está com um dos melhores valores. Se buscar quanto custa um Nintendo Switch em nosso comparador, você consegue encontrá-lo por cerca de R$ 2.300.

Ainda que esteja barato, principalmente em relação a consoles como o PlayStation 4, não é possível dizer que o Nintendo Switch tem bom custo-benefício. Os jogos físicos custam entre R$ 350 e R$ 400, enquanto os digitais — que também podem ser comprados por gift cards de Nintendo Switch, como o exemplo abaixo — estão na mesma faixa de preço dos lançamentos nos consoles rivais.

Só que, enquanto os modelos mais simples do Xbox e do PlayStation possuem ao menos 500GB de armazenamento, o Switch tem apenas 32GB. Isso significa que, para conseguir comprar e instalar mais jogos digitais, é necessário investir em um cartão de memória adicional, como o indicado abaixo.

Ainda que um cartão de memória não custe caro, o investimento adicional necessário para aproveitar o Nintendo Switch o máximo que puder acaba o tornando um videogame bastante caro.

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Atualmente, existem dois consoles na mesma faixa de preço que o Nintendo Switch. O primeiro deles é o PlayStation 4 Slim, lançado em 2016, mas sendo apenas uma versão mais compacta do original, lançado ao final de 2013.

Com uma biblioteca praticamente completa de jogos e um serviço de assinatura que garante quatro títulos mensalmente, o PlayStation 4 é a melhor opção para quem se sente mais ligado a Kratos, Ellie, Joel e o amigão da vizinhança Homem-Aranha do que com Mario, Donkey Kong e Zelda. Isso porque o grande benefício do console da Sony são seus exclusivos God of War, the Last of Us e Spider-Man , além de outros títulos como Horizon: Zero Dawn e Ghost of Tsushima.

No entanto, se você quer o melhor custo-benefício do mercado e acesso a centenas de jogos assim que o videogame chega em casa, então a melhor opção é o Xbox Series S. Compatível apenas com jogos digitais, o trunfo do console é sua compatibilidade com os games da nova geração que começou no final de 2020. Muitos deles estarão disponíveis no lançamento por meio do Xbox Game Pass Ultimate. Entre eles, Halo Infinite, Forza Horizon 5 e Hellblade: Senua's Saga.

Conclusão

Se pensarmos de maneira lógica, não vale a pena comprar um Nintendo Switch em 2021. O console, apesar de não ser tão caro quanto os rivais, não oferece o melhor custo benefício e os Joy-Con são conhecidos por dar problema após algum tempo. Com a Nintendo operando no Brasil, inclusive oferecendo garantia e assistência técnica, esse problema é mitigado, mas ainda é um inconveniente.

Só que é impossível deixar de recomendar o console da Nintendo por toda a magia que suas franquias oferecem. Zelda, Mario, Fire Emblem, Metroid e Animal Crossing: a Big N aborda quase todos os gêneros que você pode imaginar, mas todos têm um elemento em comum essencial. Essas franquias fazem você se importar com o mundo que está lá e criar um laço afetivo com seus personagens como poucas conseguem.

Desde a década de 1980, a Nintendo oferece um mundo de magia e experiências únicas e diferenciadas nos seus consoles, e o Nintendo Switch traz isso com toda a força tantos anos depois. Você pode se impressionar com os gráficos em 4K e 60 quadros por segundo do PlayStation 5 e do Xbox Series X, por exemplo.

Mas a verdade é que só a Nintendo consegue te impressionar com um jogo que roda em Full HD e 30 quadros por segundo (algumas vezes nem isso!). Por isso, o Nintendo Switch sai desse review com uma nota 8,5, mesmo quatro anos após lançado. E, cá entre nós, me obriguei a ser objetivo. No fundo, no fundo, pra mim, foi uma experiência nota 10.

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