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O Xbox Series S é considerado o console básico da nova geração da Microsoft. Sendo uma alternativa mais barata do que o seu irmão mais parrudo, o Xbox Series X, esse “pequeno gigante” pode ser uma ótima opção para quem quer migrar para a nova geração sem gastar muito.  

Apesar de não ser tão potente quanto o Xbox Series X no quesito "gráficos", o Xbox Series S pode até mesmo surpreender quem não espera tanto assim no desempenho. Com recursos como SSD, Ray Tracing e suporte a games em até 120 FPS, é possível se divertir com qualidade gráfica e rapidez.

Antes de continuar lendo, você pode conferir quais são os critérios que usamos para avaliar videogames. Leu tudo? Agora vem comigo que eu te conto se o Xbox Series S vale a pena ou não.

Tá sem tempo? Então confira nosso review em 1 minuto!

Prós e Contras

Prós

Preciso começar dizendo que esse foi o meu primeiro contato com a geração de consoles que começou em outubro de 2020 e estou impactada. Iniciei os testes na minha humilde TV de 32 polegadas do quarto em 30 FPS com o Fortnite, já que jogo quase todos os dias e tenho a imagem fresca na minha cabeça. Na tela inicial a diferença é gritante e fez com que eu percebesse pequenos detalhes como efeitos de reflexo na água que eu nem sequer tinha reparado antes.

Além disso, ao entrar em uma partida, o cenário estava muito mais limpo, sem falar que eu finalmente me dei conta que os efeitos dos envelopamentos de armas e barcos são bem interessantes, algo que eu nunca me importei muito - e agora mudo o tempo todo. Vale destacar que isso também é mérito do Auto HDR, que permite que mesmo os jogos que não tenham qualidade gráfica lá muito boa de forma nativa fiquem melhores e mais nítidos.

O jogo ficou muito mais bonito no Xbox Series S (Foto: Reprodução)

A presença de um SSD é algo que vale muito destacar, afinal, ele fez com que o console ficasse bem rápido. Não foi preciso esperar muito para ligar ou até mesmo para carregar qualquer game. Sem falar que não tive nenhum problema com travamentos, nem mesmo em The Medium, game que foi feito justamente para essa geração justamente por dividir a tela em duas partes em alguns momentos.

Se você é um Microsofter raiz, vai ficar bem satisfeito com o Series S. O console não só roda jogos do Xbox One como é capaz de rodar games até mesmo lá do antigo Xbox original. Amantes da nostalgia, uni-vos! Em homenagem ao nosso editor Guilherme Toscano, eu testei o Mass Effect e tive resultados satisfatórios. Apesar dos gráficos da época ainda serem meio “quadradões”, é fácil perceber que o jogo está com uma resolução superior à qual tínhamos acesso quando o foi lançado.

Se não fossem pelos gráficos praticamente datados, esse game passaria como se fosse novo (Foto: Reprodução)

Pequeno e leve, o Series S se adapta facilmente a qualquer lugar, tanto na mesinha pequena que fica no meu quarto quanto ao rack grande da sala de estar. Se você tiver um espaço realmente bem pequeno, ainda é possível deixá-lo em pé, o que a princípio me deixou com um certo receio. Outro fator interessante é que ele é bem leve. Então, ao mudar de cômodo, pude carregá-lo facilmente embaixo do braço.

Sério, nem precisei guardar o meu PS4, apesar de ele ter sentido ciúmes (Foto: Thayna Cruz/Mosaico)

No quesito custo-benefício, eu não queria dar spoiler, mas o Xbox Series S realmente manda bem! Um custo relativamente baixo, tendo em vista o que ele entrega, e o preço de outros consoles no mercado… Vou parar aqui pois falei demais. Vai lá no tópico dedicado que eu prometo explicar melhor.

Contras

Como nada é perfeito, o Xbox Series S tem seus pontos negativos. Apesar de não esquentar tanto quanto o Xbox One, ele pode ficar com a temperatura mais elevada em pouquíssimo tempo e posso dizer que demora bastante até esfriar.

Outro ponto que pode ser considerado negativo para alguns usuários é que o console aceita apenas mídias digitais, ou seja, nada de disquinhos! Você vai ficar dependendo da Microsoft Store para conseguir descontos em alguns jogos. Mas, apesar de ser um ponto negativo, esse é o principal motivo pelo qual o Series S é o console mais barato da nova geração.

Por último, o ponto ao qual o jogador precisa prestar mais atenção é o espaço do armazenamento. Apesar do SSD fazer com que o Xbox Series S seja mais rápido, os 512GB são suficientes para manter poucos jogos instalados, o que é algo difícil, já que os games mais novos exigem cada vez mais espaço. Durante esse mês de teste, eu só consegui manter até seis jogos na biblioteca ao mesmo tempo.

O que vem na caixa

  • Console Xbox Series S
  • Um joystick
  • Cabo HDMI
  • Cabo de energia
  • Duas pilhas para o controle
  • Manual de instalação

Design

O Design do Xbox Series S é bem minimalista. Ele é, literalmente, um grande retângulo branco com poucos detalhes e botões pretos, como no botão com a logo do Xbox ou a saída de ar redonda que faz com que ele pareça uma caixa de som.

O Series S tem um design bem discreto (Foto: Mosaico)

A cor faz parte da identidade do produto e o difere do Xbox Series X. Apesar de ser branco, ainda demora um pouco para os sinais da poeira e mãos aparecerem. A minha dica é: álcool isopropílico e um pano macio para deixá-lo sempre limpinho.

O Xbox Series S tem 6,5cm x 15,1cm x 27,5cm (LxPxA) e, além de pequeno e bonito, cabe facilmente em qualquer móvel. Aqui em casa, eu tive duas opções: o rack grande da sala e a mesa do quarto que, apesar de ser pequena, teve espaço para ele deitado junto ao meu PS4 pessoal.

Se você preferir ou se tiver um espaço ainda menor, devido à decoração, basta deixá-lo em pé, já que ele tem mini-pezinhos na lateral esquerda que dão bastante estabilidade. Acredite, eu deixei ele em pé, esbarrei diversas vezes na mesinha e ele realmente não caiu. Uma boa notícia para os desastrados!

O Xbox Series S fica muito bonitinho em pé (Foto: Thayna Cruz/Mosaico)

Outro ponto interessante é o peso. O Series S pesa apenas 1,93kg, o que é realmente algo bem leve. Ao mudar da sala para o quarto ou vice-versa, eu apenas colocava ele debaixo do braço e ia sem medo de ser feliz.

Joystick

Apesar de não ter grandes novidades, o joystick do Xbox Series S tem uma ótima pegada. Ele é todo texturizado na parte de trás, nos gatilhos e nos analógicos, o que faz com que as suas mãos não fiquem escorregando. Os botões são bem posicionados e confesso que hoje prefiro o analógico esquerdo mais acima do que o padrão visto nos controles da Sony.

Essa textura realmente foi um diferencial (Foto: Mosaico)

Outro ponto interessante do design do controle é que o D-Pad agora tem um formato mais parecido com o formato presente no Xbox One Ellite Controller. A Microsoft definitivamente abriu mão do design em formato de cruz e adotou o botão no formato de disco, o que eu achei bem mais bonito.

Um adicional nessa nova edição do joystick é o botão “Share” que fica no meio do aparelho e serve para você fazer capturas de tela e vídeos enquanto joga. O que melhorou a experiência, já que pude fazer esses registros rapidamente.

O botão "share" fica bem no meio mesmo (Foto: Thayna Cruz/Mosaico)

Para quem gosta, o controle não é nada silencioso. Os botões fazem bastante barulho, a ponto da minha irmã falar para eu tomar cuidado enquanto jogava Hades. Mas aí vem a boa notícia: ele é bem resistente e não tive nenhum tipo de problema como o famoso drift.

As entradas ficam na parte de baixo do controle (Foto: Mosaico)

Na parte de baixo, você também encontra entradas para o headset. Um ponto que eu preciso comentar é que, enquanto jogava, percebi melhorias no áudio do meu HyperX Cloud Stinger. Meus amigos comentaram que o som do meu microfone estava mais nítido. Inclusive, se você está em busca de um headset com bom custo-benefício, esse não vai te decepcionar.

Agora vamos ao “calcanhar de Aquiles” do joystick. Ele é alimentado por pilhas, o que acaba aumentando o custo do produto. O principal ponto aqui é que ele gasta uma boa quantidade - em um mês foram cerca de DOZE. Inclusive, em um momento, precisei apelar para um cabo USB-C do celular para conectá-lo na porta USB que tem na parte da frente e continuar a partida.

A questão das pilhas realmente foi chata (Foto: Mosaico)

Então, a minha principal dica aqui é: compre pilhas recarregáveis ou baterias. Se, por acaso, você tiver comprado baterias para o controle do Xbox One poderá reaproveitá-las sem problemas. E aproveitando o gancho, o controle do One também funciona no Series.

Conectividade

O Xbox Series S conta com todas as portas necessárias para um console. Na parte de trás, encontramos uma entrada Ethernet para conectar o cabo caso o seu Wi-Fi esteja oscilando, duas entradas USB.C 3.1, uma saída HDMI 2.1 e um slot de expansão para caso você queira inserir um SSD externo para aumentar o armazenamento. Além da entrada do cabo de energia que é bem discreto e próximo a uma das laterais.

Somente o necessário! (Foto: Mosaico)

Pensa que acabou? Na parte da frente, também encontramos uma porta USB 3.1 para caso a pilha do seu controle acabe. Lembrando que é necessário um cabo USB-C, que é facilmente encontrado nos celulares de hoje em dia. Além disso, ao lado dessa entrada, vemos um botão de pareamento com o controle que vai ser bem útil quando você ligar o console pela primeira vez.

Desempenho

Vou começar esse tópico destacando o quão rápido o Series S é. Desde o momento em que você liga até precisar carregar um jogo pesado, o console não decepciona. Isso se deve à presença do SSD e à arquitetura Xbox Velocity, um recurso da Microsoft que faz com que a nova geração seja notavelmente mais rápida que a geração anterior.

Voltando ao SSD, uma prova de que ele traz maior potência ao console é o game The Medium - que, inclusive, recomendo. Em certas partes, o game divide a tela em duas partes e você precisa controlar a personagem principal em dois mundos ao mesmo tempo. Isso seria impossível no Xbox One, visto que o HD e a memória RAM não têm poder suficiente para tal feito. O grande problema é que agora eu não quero mais saber de qualquer coisa que não tenha SSD, me lasquei.

The Medium é um thriller psicológico feito exclusivamente para a nova geração (Foto: Reprodução)

Outro ponto muito interessante que me salvou diversas vezes foi o Quick Resume. Ele faz com que você inicie um jogo do exato momento onde parou ao desligar o console ou apenas dar uma verificada no menu inicial. Está no meio da história e tem que desligar o console para resolver algo na rua? Sem problemas, tudo estará do mesmo jeito quando você ligá-lo novamente. Esse é um recurso maravilhoso para quem gosta de games estilo roguelike.

Apesar de não ter uma configuração parruda como o Xbox Series X, o Series S não passa vexame no quesito qualidade gráfica. Lá em cima eu falei que, à primeira vista, eu consegui perceber as mudanças nas imagens que ficaram muito mais nítidas e bonitas. E o fato de ter Ray Tracing em certos momentos equilibrando luz e sombras deixa os jogos com uma aparência super realista.

Esse frame de Gears 5 mostra como a imagem fica bem nítida (Foto: Reprodução)

Outro recurso muito importante é o Auto HDR, que brilha principalmente quando você joga algum game antigo por retrocompatibilidade. Esse recurso força um pouco e aprimora a qualidade gráfica para você ter a melhor imagem que o game e o console podem te oferecer.

Que tal esse pôr do sol em Los Santos? (Foto: Reprodução)

O Series S roda jogos em 30, 60 e até 120FPS. Existe uma enorme diferença gráfica entre o primeiro e o segundo, impactante mesmo. Como não tinha nenhuma TV que pudesse rodar a 120 FPS em casa, o Filipe Salles, meu colega e redator da editoria jogou em um monitor gamer e disse o seguinte:

"Como um recente comprador do console e acostuma a jogar em 30FPS, jogar em 60FPS já foi uma experiência totalmente diferente e mais fluida para mim. Quando aliado a um monitor gamer capaz de reproduzir os 120FPS na tela, é impressionante o quanto personagens em jogos de videogame estão se movimentando cada vez mais como humanos."

E, por último, o ponto negativo nisso tudo é a interface do console, ou seja, o menu inicial e seus recursos são os mesmos usados no Xbox One. Poxa, Microsoft! Vocês podiam dar pelo menos uma repaginada.

Biblioteca de jogos

A Microsoft Store conta com uma boa quantidade de jogos antigos e atuais. E, nesse ponto, talvez só fique obsoleto com a chegada de uma próxima geração, mas isso vai demorar ainda. O fato de não rodar mídia física não faz nenhuma diferença, já que atualmente todos os games estão disponíveis na versão digital.

Um ponto extremamente positivo é a retrocompatibilidade. Se você sente falta de algum game das gerações passadas, ele provavelmente estará disponível na loja, e como disse lá em cima, até mesmo com uma resolução bem melhor do que estávamos acostumados.

Dois grandes destaques para quem tem ou vai comprar o Series S são o Xbox Live Gold e o Xbox Game Pass, que garantem uma certa quantidades de games por mês com um valor fixo. Porém, vou deixar para falar melhor sobre esse segundo no próximo tópico.

Xbox Game Pass

O Xbox Game Pass é um serviço de assinatura da Microsoft onde você tem acesso a diversos jogos por um preço fixo. O fato do Xbox Series S aceitar apenas mídia digital faz com que o Game Pass seja um recurso muito indicado para quem já tem ou vai comprar o console.

O único problema é que, ao contrário do que acontece com o Nintendo Switch, você não ganha nenhum tipo de licença temporária para experimentar o serviço ao comprar o console, o que realmente é uma pena.

O Xbox Game Pass tem um vasto catálogo de jogos (Foto: Divulgação)

O Game Pass conta com uma vasta biblioteca que inclui títulos famosos como as franquias Halo e Gears, passando por Control, Resident Evil 7, Minecraft e até mesmo games do Xbox 360 e do Xbox original. Vale lembrar que, todos os meses, alguns games são retirados e outros são adicionados ao catálogo.

Posso dizer que nesse mês em que testei o console fiquei satisfeita com os títulos do catálogo e acabei não comprando nenhum jogo por fora, mas confesso que fiquei doida para ver como é o Resident Evil Village rodando no Series S.

O serviço ainda tem o recurso Day One, que faz com que jogos selecionados estejam disponíveis para os assinantes no dia do lançamento sem qualquer custo adicional. Por exemplo, no mesmo dia em que o premiadíssimo Hades foi lançado para a plataforma eu já pude fazer carinho no Cérbero no salão principal do submundo.

Quem é o bom garoto? (Foto: Reprodução/Supergiant Games)

Vamos falar de preços? Atualmente, a assinatura está saindo por R$ 30 mensais no plano básico e R$ 45 no Xbox Game Pass Ultimate, sendo que no primeiro mês você paga apenas R$ 5. Essa pode ser uma alternativa mais econômica, devido aos altos preços dos jogos hoje em dia. Quer saber se a assinatura vai ser um bom investimento para você? Então dá uma olhada neste artigo que tem todos os detalhes sobre o Game Pass.

Preço e custo-benefício

Até a data de publicação desse review, o Xbox Series S estava custando cerca de R$ 2.499,90, já com a redução de impostos que foi anunciada no final de agosto. Esse é um preço consideravelmente baixo perto das outras opções da nova geração como o Xbox Series X e o PS5 e até mesmo o PS4, da geração anterior, que, devido ao aumento nos preços, está saindo quase pelo mesmo valor.

Dito isso, visto que você terá acessos a jogos em resolução até 120FPS, Ray Tracing e outras tecnologias, além de ter acesso aos principais lançamentos do mundo dos games, o Series S tem um excelente custo-benefício.

Ficha Técnica

Conclusão: o Xbox Series S vale a pena?

Posso dizer com toda a certeza que apesar de alguns poucos problemas, o Xbox Series S vale muito a pena para os gamers menos exigentes. O console entrega horas de diversão em até 4K a um preço consideravelmente baixo.

Pode ser que daqui a um tempo acabe ficando um pouco obsoleto, mas para quem quer aproveitar logo a qualidade gráfica da nova geração ou não faz muita questão de uma configuração mais premium e jogos em mídia física vai se surpreender com o poder do Series S.