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O Realme C11 foi lançado no Brasil em agosto de 2021 e chegou com a promessa de ser um grande concorrente entre os celulares básicos. Por ser um smartphone de entrada, seu grande destaque é o custo-benefício. Por isso, como veremos, suas especificações são mais simples, e focam principalmente em usuários não muito exigentes. Ele conta com uma boa tela, de 6,5 polegadas, com resolução HD+ e painel IPS LCD, o que não chega a decepcionar qu em curte assistir a vídeos e séries pelo aparelho e chama atenção pelas cores vibrantes.

Realme C11 é um celular para usuários que não são muito exigentes (Foto: Shutterstock)

Mas será que o celular básico da marca chinesa vale a pena? No review a seguir, contamos um pouco das nossas impressões e avaliamos alguns tópicos da ficha técnica do Realme C11.

Realme C11: preço e melhores ofertas

Prós e contras

Prós

Uma das principais características deste celular é o design. Foi o primeiro aspecto que chamou atenção quando segurei nele pela primeira vez. O aparelho que testei é elegante e moderno, construído em azul fosco e metálico, e com visual baseado em formas geométricas.

Outro ponto positivo está na bateria. São 5.000 mAh. A fabricante promete autonomia suficiente para até dois dias de uso moderado, mas, no meu caso, o aparelho impressionou e chegou aos três dias. Apesar da bateria ser duradoura, o que costuma deixar o celular pesado, o Realme C11 é bem levinho e confortável de manusear.

Por ser um celular básico, não criei muita expectativa em relação à qualidade das fotos, mas confesso que fui surpreendido. Para um básico dessa faixa de preço, as câmeras chamaram a atenção pela tecnologia de inteligência artifical, responsável pela melhoria das fotos, e pela quantidade de recursos presentes no dispositivo.

Contras

Como comecei analisando o smartphone pela parte externa e pelo visual, uma das primeiras coisas que percebi foi a entrada USB. Apesar dessa tecnologia estar presente na maioria dos aparelhos básicos, a tecnologia USB-C vem sendo cada vez mais utilizada pelos dispositivos atuais e poderia ser um baita de um diferencial para o Realme C11.

Outro ponto que me decepcionou um pouco foi o armazenamento interno. Por ser um celular básico, é compreensível que algumas características sejam medianas. Apesar de terem alguns celulares de 32 GB, a Realme poderia ter investido um pouco mais neste quesito, disponibilizando, por exemplo 64 GB, já que os celulares exigem cada vez mais espaço. O lado bom é que ele oferece possibilidade de expansão via MicroSD, para até 256 GB.

O áudio externo do aparelho também não é lá essas coisas. O áudio é mono, como em muitos celulares básicos, o que significa dizer que possui apenas uma saída de som. Essa saída fica muito mal localizada, pois é uma região que frequentemente tampamos, seja com o dedo, ou colocando em cima de alguma superfície. Fora isso, o áudio em si me decepcionou. Mesmo para um celular básico, o áudio do celular não é lá essas coisas.

O que vem na caixa

Apesar de possuir entrada P2, para fone de ouvido, a caixa do Realme C11 não contou com o produto. É compreensível, pois o intuito da fabricante é economizar para entregar um dispositivo mais barato.

A caixa do Realme traz apenas:

  • Cabo USB
  • Caixa do carregador (com entrada de 2 pinos chatos)
  • Chave para abrir a gaveta do chip
  • Manual do usuário
Realme C11 é um celular básico e de entrada, com algumas especificações intermediárias (Foto: Mosaico)

Realme C11: Ficha técnica

Design é moderno e bonito

O design do C11 é moderno, com pintura fosca metalizada e linhas que formam um efeito degradê. Sua composição é em plástico. Esse material impede que o aparelho seja escorregadio, o que torna a pegada bastante confortável. A câmera fica em um módulo quadrado no canto superior esquerdo, junto com o flash.

Design do Realme C11 é moderno e chama a atenção pelas cores em metálico (Foto: Mosaico)

Abaixo do módulo, encontra-se uma linha lisa que vai até o "final" da parte traseira do celular, onde se evidencia o nome da marca. Aliás, também na parte debaixo da traseira está a saída de som, que é um dos pontos negativos da minha experiência com o Realme C11. Por ficar na parte de trás do dispositivo e ser do tipo mono, a saída de áudio pode ser facilmente abafada pelo dedo ou mesmo pelo ambiente em que for deixado.

Outro ponto que poderia ser melhor é a entrada do carregador, já que o aparelho tem porta micro USB. Atualmente, muitos celulares básicos já contam com a tecnologia mais avançada, que é a USB-C. Mesmo sendo um celular de entrada, a Realme investir na tecnologia mais atual de carregadores seria definitivamente um diferencial e tanto.

Tela boa com cores vivas

Na parte frontal, o Realme C11 se destaca por possuir uma boa tela, com 6,5 polegadas, resolução HD+ e painel IPS LCD. Essas epecificações normalmente são encontradas nos celulares intermediários. Durante os testes, o aparelho chamou atenção pela nitidez e pela qualidade das cores para a faixa de preço.

Tela do C11 é normalmente encontrada em celulares intermediários (Foto: Mosaico)

O celular traz um bom aproveitamento de tela com bordas finas e notch discreto em formato de gota. E até poderia ter um aproveitamento melhor, mas conta com um pequeno "queixo" na parte inferior do visor. Nada que incomode, mas que deixaria o celular mais sofisticado e até mais bonito.

Desempenho para apps e jogos levinhos

Seguindo a mesma lógica de custo-benefício do restante do aparelho, o desempenho não é lá grande coisa. Seu processador é um Helio G35, que trabalha junto com 2 GB de memória RAM. Essas especificações foram suficientes para uso cotidiano, com aplicativos leves, que não exigiam tanto. Não tive problemas ao usar as redes sociais, os mensageiros instantâneos ou o navegador, mas o aparelho não rodou apps e jogos mais pesados. Realmente, o Realme C11 não é indicado para usuários exigentes, e se limita ao uso rotineiro do celular.

Desempenho do Realme é focado em apps e jogos leves (Foto: Shutterstock)

Além disso, os 32 GB de memória interna dão conta do uso básico, suficientes apenas para poucos apps leves, e algumas dezenas de vídeos e fotos, mas sem exagerar muito. A boa notícia é que o C11 oferece a possibilidade de expansão da memória para até 256 GB.

Câmeras que surpreendem

Como tudo no celular, suas câmeras também são simples. O Realme C11 possui uma câmera traseira de 8 MP e uma frontal de 5 MP, com inteligência artificial que melhora um pouco a qualidade e nitidez da foto. O aparelho também faz vídeos em qualidade Full HD em 30 quadros por segundo. Além disso, ele conta com alguns recursos de fotos, como o HDR e o famoso modo retrato.

Câmeras do C11 não empolgam, mas surpreendem para um celular básico (Foto: Shutterstock)

Esse conjunto fotográfico não me empolgou muito, mas ao mesmo tempo me surpreendeu. Isso porque, para um celular básico, dessa faixa de preço, o C11 até que faz boas fotos, especialmente em locais bem iluminados. Não é da melhor qualidade, claro, mas está ótimo levando em conta o custo-benefício.

Bateria é principal destaque

A bateria é o grande carro-chefe do Realme C11. São 5.000 mAh de potência, que teoricamente dariam autonomia de até dois dias em uso moderado, mas que surpreenderam e chegaram a três dias no meu uso. O celular também conta com um carregador turbo, que não é dos melhores, mas já é alguma coisa, com uma potência de 10W.

Produtos similares

Em relação à ficha técnica, o Realme C11 compete com alguns aparelhos básicos. A maioria se encontra mais ou menos na mesma faixa de preço e com especificações parecidas. Abaixo, separamos uma lista com alguns produtos que similares que podem interessar quem busca um celular básico.

O primeiro que separamos é o Samsung Galaxy A12. O celular encontra-se mais ou menos na mesma faixa de preço e possui especificações bem interessantes, se não melhores. Inclusive, se quiser saber um pouco mais sobre ele, nós testamos o Galaxy A12 e deixamos nossas impressões.

Outro aparelho de entrada que encontra-se mais ou menos na mesma faixa de preço do Realme C11 é o Moto G10. O basicão da motorola possui um conjunto fotográfico interessante para a faixa de preço. Além disso, possui algumas especificações que são verdadeiros diferenciais em relação aos concorrentes, como a presença do fone de ouvido na caixa. Se quiser saber um pouco mais sobre ele, nós também testamos o Moto G10.

Conclusão: Realme C11 vale a pena?

Apesar de ser um celular de entrada, o C11 carrega algumas especificações de aparelhos intermediários e deve agradar especialmente usuários que não são muito exigentes. Ou seja, é ideal para quem deseja um dispositivo apenas para usar as redes sociais e fazer uso de apps e jogos leves. Seu conjunto fotográfico também não é dos melhores, especialmente em ambientes escuros, mas não deixa tanto a desejar em ambientes claros.

Em uma escala de 5 a 10 (onde 5 representa aparelhos medíocres, em que não vale a pena investir, e 10 significa um ótimo celular, sem pontos negativos), minha nota para o Realme C11 é 8. O smartphone não me decepcionou. Suas especificações estavam relativamente dentro do esperado e cumpriram o que foi proposto pela fabricante. É importante levar em consideração o que é prometido pela marca e o que o produto entrega.

Quando levamos em conta que se trata de um celular básico, focado em uso cotidiano e em usuários que não sejam muito exigentes, vemos um smartphone que atende a todos os requisitos e por um preço pra lá de justo.

Por outro lado, mesmo sendo um aparelho básico, o Realme C11 poderia trazer algumas características importantes, e que já estão presentes em outros dispositivos da categoria. É o caso da entrada, que é USB, e do armazenamento, que é de apenas 32 GB.

De qualquer forma, se você quiser conhecer outras opções de celulares baratos, vale conferir a lista de smartphones baratos bom para jogos e a nossa seleção com os melhores aparelhos por até R$ 1.200 atualmente.