Logo Buscapé
Logo Buscapé

O Motorola One Zoom é um smartphone intermediário premium da Motorola lançado em agosto de 2019, e tem como principal destaque o sistema de câmera quádrupla, com lente telefoto que permite zoom óptico de até 3 vezes. Com a ficha técnica mais avançada do portfólio da marca, o celular chegou ao Brasil pelo preço sugerido de R$ 2.499, mas já é encontrado com cerca de 36% de desconto, ou seja, na faixa dos R$ 1.600.

Além do conjunto fotográfico, o visual sofisticado e as melhorias em tela e bateria colocam esse celular entre as opções para consumidores que buscam especificações potentes, mas que não querem gastar valores altos cobrados por fabricantes como Samsung, Apple e LG em seus flagships.

Nós, aqui no Buscapé, testamos o novo smartphone da Motorola em uso prático, por cerca de 30 dias. O resultado da análise completa você confere neste review.

Leia também: Moto G8 Plus, G8 Play e Motorola One Macro chegam ao Brasil; veja preços

Resumo da avaliação


Prós:

  • Design atraente
  • Leitor de digitais sob a tela
  • Tela OLED
  • Bom para selfies (mesmo à noite)
  • Modo Night Vision
  • Bateria duradoura
  • Bom desempenho para jogos

Contras:

  • Pegada (não traz formato 21:9 como One Vision e One Action)
  • Fotos com lentes ultra-wide e teleobjetiva (zoom) pecam em detalhes, especialmente à noite
  • Sem resistência à água
  • Sem Android One (atualizações rápidas)

Design e tela

Visual atraente e leitor de digitais embutido no display

O Motorola One Zoom tem o visual mais “diferentão” entre os modelos da linha. A traseira exibe as quatro câmeras em uma moldura quadrada que, ao contrário do iPhone 11 e Google Pixel 4, ficam centralizadas no corpo do aparelho.

Logo abaixo, vem o logo da Motorola, mas ele não abriga mais o sensor de digitais – servindo apenas como um apetrecho estético. O “M” tem um LED que por padrão acende quando o celular está em uso ou ao receber notificações. Mas é possível desativar o recurso, caso você não se sinta confortável com a marca chamando a atenção por aí.

Foto: Logo da Motorola, na traseira do smartphone, pode ter LED desativado nas configurações. Créditos: Ana Marques/Buscapé

As cores escolhidas para o smartphone também foram um acerto da Motorola. A mais chamativa é a Violet (violeta), mas há também as versões Titanium (azul) e Bronze, que são mais elegantes e passam um ar mais sóbrio.

A pegada do Motorola One Zoom, no entanto, deixa um pouco a desejar. Antes dele, a fabricante havia lançado dois smartphones com ótima ergonomia, o One Vision e o One Action. Em parte, isso se devia à tela IPS no formato 21:9, mais alongada, que facilitava o uso com uma mão.

Foto: Display do Motorola One Zoom tem tecnologia OLED. Créditos: Ana Marques/Buscapé

No One Zoom, o display tem formato 19,5:9, com dimensões ligeiramente maiores: 6,4 polegadas. O resultado é um smartphone mais robusto e mais difícil de manusear com uma mão – nada de outro mundo, nem de perto tão grande quanto o Galaxy Note 10 Plus, por exemplo. Mas fica aqui o saudosismo pelo 21:9. O revestimento também é em vidro, mas com uma aparência de metal escovado, diferentemente dos outros smartphones da linha, o que acaba disfarçando melhor as marcas de dedos.

O painel é OLED (mais econômico e com cores mais saturadas). Ele tem sensor de digitais embutido, que tem uma velocidade bastante razoável. Não chega a ser tão rápido como o ultrassônico visto em smartphones como os da linha Note e S da Samsung, e acaba não funcionando bem com os dedos molhados ou suados. Mas é um pouco mais eficiente do que o do Galaxy A50, por exemplo. O notch (recorte para câmera frontal) é em formato de gota e fica na parte central da tela.

Foto: Saída de áudio do Motorola One Zoom fica na parte superior. Créditos: Ana Marques/Buscapé

Outra mudança do One Zoom é a posição da entrada P2 para fones de ouvido. No Vision e Action ela ficava na parte superior (como também é vista no Moto G8 Plus). No One Zoom, ela fica na parte inferior do aparelho, enquanto os alto-falantes ficam na parte de cima.

O Motorola One Zoom não tem resistência contra água e poeira. Para proteger o smartphone contra quedas acidentais e eventuais riscos, a fabricante inclui na caixa uma capa transparente de silicone. Vale lembrar que uma película é recomendada para evitar arranhões na tela. A Motorola ainda ressalta que o usuário deve cadastrar a digital no sensor sob a tela depois de colocar a película, para evitar lentidão ou não reconhecimento na leitura de digitais.

Câmeras

Quatro lentes, quatro formas de fotografar

O One Zoom é o primeiro celular com câmera quádrupla da Motorola. Funciona da seguinte forma: uma lente principal com sensor de 48 MP, estabilização óptica de imagem (OIS) e tecnologia Quad Pixel (a mesma vista no One Vision), que permite maior sensibilidade à luz e faz bons registros à noite ou em lugares escuros; uma lente ultra-wide com sensor de 16 MP e abertura f/2.2, que entrega melhores resultados quando há bastante luz no ambiente; uma lente teleobjetiva (telefoto) com sensor de 8 MP, OIS e abertura f/2.4, que também entrega bons resultados nos locais bem iluminados e é capaz de fazer zoom óptico de até 3 vezes; um sensor de 5 MP para ajudar a mapear profundidade e tornar as fotos em “Modo Retrato” mais precisas.

Foto: Câmera quádrupla traseira do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé

O conjunto é realmente bastante interessante, principalmente considerando-se a faixa de preço do smartphone, que fica abaixo de R$ 2 mil (no varejo). Como o gerente de produto da marca, Thiago Masuchette, disse durante o lançamento do One Zoom, a verdade é que basicamente não há concorrência nesse quesito e nesse segmento para o Motorola One Zoom. Para trabalhar com um conjunto versátil como esse, você teria que recorrer a celulares muito mais caros (que entregam, de fato, resultados superiores, mas têm preços fora da realidade da maior parte dos consumidores brasileiros).

Para não dizer que não existe nenhum telefone quad-câmera à altura no segmento intermediário, a Xiaomi anunciou o Redmi Note 8 Pro e o Redmi Note 8 no Brasil nos últimos dias, também com quatro câmeras traseiras.

Na prática, a qualidade do sensor principal agrada bastante nas fotos diurnas. As cores são equilibradas e o nível de nitidez é bom. Na lente ultra-wide, é possível sentir uma perda de definição e cores mais lavadas, mesmo com boa iluminação. É possível que a marca corrija o processamento e melhore esse ponto em atualizações futuras, mas nada garantido. À noite, o melhor é evitar esse sensor.

Foto: Registro com sensor principal em dia nublado. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro feito na mesma posição da imagem anterior, com lente ultra-wide. Créditos: Ana Marques/Buscapé

O mesmo acontece na lente teleobjetiva: o zoom até alcança distâncias maiores do que smartphones como Galaxy S10 Plus, mas a qualidade do registro peca um pouco em definição. Um usuário de exigência fotográfica média, no entanto, não deve se incomodar tanto com esses detalhes. Os apaixonados e super-exigentes com fotos, por outro lado, podem ficar decepcionados.

Foto: Registro feito com lente principal do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro feito na mesma posição da foto anterior, com lente teleobjetiva e zoom óptico de 3x. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Estádio La Bombonera fotografado com lente principal do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Estádio La Bombonera com lente ultra-wide do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Estádio La Bombonera com lente teleobjetiva (zoom de 3x). Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro noturno com lente ultra-wide do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro noturno com a câmera principal do Motorola One Zoom (sem Night Vision). Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro com a lente teleobjetiva do Motorola One Zoom à noite (sem Night Vision). Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro em show noturno com lente principal do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registro na mesma posição da imagem anterior, agroa feito com lente teleobjetiva. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Registo de gotas de chuva com lente principal do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé

Para selfies, o One Zoom tem câmera frontal de 25 megapixels (também Quad Pixel) e abertura de lente f/2.0. O componente faz fotos muito boas e o Modo Retrato, feito apenas por meio de software, é preciso o suficiente em fotos feitas de dia. Veja os resultados a seguir.

Foto: Selfie noturna tirada com Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Selfie diurna tirada com Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé
Foto: Selfie com Modo Retrato feito com Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé

Nos vídeos, o Motorola One Zoom chega à resolução máxima 4K a 30 quadros por segundo com a câmera traseira. Com a frontal, as gravações ficam em no máximo Full HD (1080p) a 30 fps.

Desempenho

velocidade e fluidez até nas tarefas exigentes

O desempenho do Motorola One Zoom é impecável. Com processador Snapdragon 675, um chip octa-core que traz a quarta geração da GPU Kryo, sendo dois núcleos de alta performance que chegam até 2 GHz e seis de baixa energia a 1,7 GHz. A GPU é a Adreno 612. Trocando em miúdos todo esse “techniquês”: o smartphone é veloz e não apresentou nenhum travamento ou lentidão durante os testes.

Ele tem excelente performance para quem curte jogos mobile e também para quem usa diversos aplicativos ao mesmo tempo, mesmo trazendo “apenas” 4 GB de memória RAM.

Foto: Motorola One Zoom na cor violeta. Créditos: Ana Marques/Buscapé

A memória interna é de 128 GB, ou seja, um espaço bem farto para salvar suas fotos, vídeos e aplicativos sem recorrer à nuvem ou ao cartão de memória. Caso queira, é possível usar microSD de até 512 GB para expandir o armazenamento, mas a bandeja é híbrida, o que significa que você terá de optar entre a expansão ou o uso de dois chips SIM.

Software

Um Motorola One sem Android One

Se você achou que a linha Motorola One estava relacionada com o fato dos smartphones rodarem o Android One, achou errado, querido leitor! Ao menos, foi isso o que afirmaram os executivos da marca durante o lançamento do One Zoom. O modelo é o primeiro smartphone da família Motorola One a vir com o Android padrão da Motorola, velho conhecido como uma forma de “Android Puro” por ter pouquíssimas modificações.

Foto: Motorola One Zoom exibindo Google Notícias. Créditos: Ana Marques/Buscapé

A grande questão é que nem só de visual o Android One vive. Sua principal vantagem nos smartphones da Motorola era a garantia de atualização para até duas versões posteriores do Android, o que deixaria o One Zoom relevante por, no mínimo, dois anos (ao menos em relação ao sistema operacional). Além disso, os smartphones com o Android One têm atualizações de segurança mensais, o que evita diversos bugs e brechas para invasores.

Sem a versão One, o Motorola One Zoom chega com Android 9.0 Pie, com a tradicional interface da fabricante e as Moto Ações, que incluem os movimentos de agitar o smartphone para ativar lanterna ou rotacioná-lo para abrir a câmera. Já a garantia de atualização fica apenas até o Android 10.

Bateria

O suficiente para sair de casa com tranquilidade

A bateria é outro ponto alto do Motorola One Zoom. Com capacidade para até 4.000 mAh, o celular é capaz de passar um dia inteiro longe das tomadas sem sustos. Nos meus testes práticos, tirei o smartphone da tomada às 15h e o levei para um dia de Rock In Rio. Por lá, usei o 4G para postar muitos stories, filmei e fotografei diversos shows, troquei mensagens com amigos e ainda tive tempo para pedir um carro pelo app de carona no final do evento. Quando cheguei em casa, às 4h da manhã do dia seguinte, ainda tinha 10% de bateria.

Foto: Porta USB-C do Motorola One Zoom. Créditos: Ana Marques/Buscapé

Considerando esse como um uso intenso, devido às horas com o app de câmera funcionando ativamente, é tranquilo dizer que com uso moderado, você pode carregar o aparelho apenas uma vez por dia, sem problemas.

O carregamento rápido é feito com carregador TurboPower de 15W. O tempo total para recarga, partindo do zero, é de 2h10min.

Preço e custo-benefício

Vale a pena comprar o Motorola One Zoom?

Se essa pergunta tivesse sido feita no dia do lançamento do Motorola One Zoom, a resposta seria não. Por R$ 2.499, não vale pegar um smartphone como o One Zoom. Faz mais sentido, para amantes de fotografia, gastar essa quantia em um top de linha do ano passado, como o Galaxy S9 Plus ou mesmo o Galaxy Note 9, smartphones que têm qualidade absurda de câmeras e já estão nessa faixa de preço. E para quem quer boa performance para jogos, o próprio Motorola One Vision, modelo lançado no primeiro semestre de 2019, já atende bem o suficiente por um preço mais em conta.

No entanto, hoje, nos primeiros dias de novembro, três meses após o lançamento do One Zoom, já é possível encontrar o celular por preços na faixa dos R$ 1.600, o que muda bastante o cenário. Por esse preço, o smartphone se torna uma das melhores opções do mercado, em termos de custo-benefício, para quem busca versatilidade em fotos, ótimo desempenho na execução de jogos e outros aplicativos pesados e bateria com boa autonomia.

Compare

Veja as melhores ofertas para o Motorola One Zoom:

Leia também:

especialista

Ainda está na dúvida? Nossos especialistas em produtos estão prontos para te ajudar!