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Em uma época na qual novas tecnologias de telas com cada vez mais resolução são lançadas, muitas pessoas não imaginam que o E-Ink, uma solução simples e elegante está dominando o mercado dos livros digitais.

Diferentemente das telas de LED e LCD de tablets, smartphones e computadores, os displays de E-Ink trazem conforto e autonomia para a sua leitura.

Você já ouviu falar em leitores digitais, ou e-readers, como o Kindle e o Lev Neo? Eles utilizam uma tecnologia muito inteligente, que busca simular a textura e a visibilidade do papel para fazer com que a leitura digital seja leve e agradável. Quer saber como funciona a tecnologia E-Ink? Então continue lendo este post!

O que é E-Ink?

O display, ou tela, E-Ink é um tipo de tecnologia de telas muito presente em leitores de ebook's, como o Kindle, o Lev Neo e o Nook. E o seu funcionamento é mais simples do que se imagina.

Elas são compostas por duas camadas de um material transparente. Entre essas camadas, estão localizadas esferas minúsculas, responsáveis pela formação das imagens.

Cada uma dessas microesferas possui um conjunto de pigmentos pretos e um outro conjunto de pigmentos brancos, sendo todos magnéticos. Dessa maneira, por meio da programação do aparelho, esses pigmentos se organizam, fornecendo os tons de cinza em cada ponto da tela E-Ink e formando as imagens desejadas.

Um ponto bastante interessante das telas e-Ink diz respeito à sua autonomia de bateria. Como a organização das partículas de pigmentos é alterada apenas quando as páginas são mudadas, a bateria de um aparelho baseado nessa tecnologia costuma durar muito mais. A não ser, é claro, que o leitor digital esteja conectado frequentemente na rede Wi-Fi. Mas, nesse caso, a tela não é a responsável pela drenagem da carga.

Como funciona o display E-Ink?

Como você já deve ter imaginado, tudo é uma questão de programação e organização dos pigmentos, posicionados magneticamente. Se é necessário criar um ponto completamente preto, todos os pigmentos brancos são deslocados para o fundo da esfera, trazendo os pigmentos pretos para a frente da tela. Os pontos brancos funcionam exatamente do modo oposto. Já para os tons de cinza, o aparelho manipula uma mistura de pigmentos que se posiciona no topo da esfera.

Até então, a tecnologia E-Ink só funcionava para preto e branco. Mas, no ano de 2016, as primeiras telas e-ink coloridas foram apresentadas ao mercado. Entretanto, estão à disposição apenas para setores como divulgação comercial, voltadas para a exibição de anúncios. O que não significa que, em um futuro próximo, os leitores digitais não utilizem da tecnologia colorida.

Qual a diferença do E-Ink para o Papel e LCD?

Se você prestou bastante atenção até agora, deve ter percebido que em momento nenhum falamos sobre pontos luminosos na tecnologia E-Ink. Isso significa que o e-ink não utiliza luz para formar as imagens, diferentemente do LCD ou mesmo do LED.

E é por isso que os displays e-ink são chamados de papel eletrônico, pois imitam pontos impressos com tinta por meio da organização dos pigmentos pretos ou brancos nas microesferas presentes nas telas. E, como o aparelho não emite nenhum tipo de luz, ele causa um incômodo visual muito menor, se assemelhando à leitura no papel.

Em comparação, uma aproximação visual de um e-reader "versus" uma tela de LCD nos mostra que a resolução do E-Ink faz com que praticamente não haja perda de imagem, enquanto a tela digital deixa claro o posicionamento dos pixels.

E os E-Readers iluminados?

Há alguns anos estão disponíveis no mercado e-readers com iluminação própria, facilitando a leitura em ambientes não iluminados. Lendo isso, você deve estar se perguntando qual a diferença para as telas iluminadas de LED e LCD, certo?

E a grande diferença é que os dispositivos iluminados, como o Kindle Paperwhite e o Kobo Glo, trazem uma retroiluminação específica para a área de leitura, de modo que a luz não faz parte da formação da imagem. Emitida a partir da porção lateral do leitor digital, ela iluminará a tela, não os olhos de quem lê.

É por isso que os novos e-readers iluminados continuam trazendo a grande vantagem de não incomodar os olhos, uma vez que a fonte de luz não se encontra diretamente posicionada contra o rosto do leitor. Essa função, inclusive, resolve um dos grandes problemas dos e-readers antigos, eliminando a necessidade de se acender um abajur, por exemplo, como fazemos com os livros de papel.

Quais as limitações da tecnologia E-Ink?

Você já deve estar se perguntando porque a tecnologia E-Ink não é tão vastamente utilizada em dispositivos eletrônicos, como computadores e smartphones, certo? Afinal de contas ela não incomoda os olhos e possui uma resolução excelente.

O grande problema é que as telas de E-Ink ainda não são tão responsivas como o touchscreen de um celular, por exemplo. Como depende da reorganização física das partículas de pigmentos, utilizar os e-readers para outras funções, faz com que a tarefa seja um pouco mais lenta do que estamos acostumados. Experimente navegar na internet em um Kindle, por exemplo, e você verá que ele demora bem mais a responder do que o seu celular.

Além disso, os dispositivos oferecidos no mercado atualmente ainda encontram alguns entraves de software. Os arquivos em PDF costumam se desconfigurar, além de perderem a interatividade, o que pode ser um problema para quem utiliza esse tipo de extensão com frequência.

A leitura de quadrinhos também é outro problema, já que as imagens são formadas em preto e branco e têm que ser ajustadas à resolução da tela do leitor. Muito provavelmente, a experiência não será a mesma que o papel (ou, neste caso, até mesmo em tablets de LED e LCD).

Mas, deixando esses detalhes de lado, os e-readers são aparelhos fantásticos, que ajudam na economia de espaço das prateleiras dos leitores mais ávidos e permitem que você carregue uma biblioteca imensa em um aparelho com menos de 300 gramas.


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