Crítica, intrigante e apaixonante
Recomendo
Sendo minha primeira experiência com a literatura distópica, foi um bom começo para me integrar nesse eixo e me tornar hoje um grande leitor de distopias. Orwell, em 1948, visando criticar os regimes totalitários que estiveram e estavam em voga na Europa (Nazismo e Socialismo), narra a história de Winston Smith, um mero funcionário do Ministério da Verdade - que certamente não era da Verdade, pois o sua função era adulterar a realidade, distorcer biografias, alterar dados... É interessante que propositalmente a obra trabalha com Paradoxos: guerra é paz liberdade é escravidão ignorância é força. Isso como uma forma de evidenciar as contradições práticas do totalitarismo, que tão somente agia em busca do poder, malgrado os meios intransigentes para tanto. Está em progressão o desenvolvimento da Novilíngua, cujo objetivo era simplificar e limitar ao máximo os léxicos que poderiam, de alguma forma, se opor ao Partido. Eles fazem de tudo para limitar o pensamento, desde proibições contra livros, filmes e músicas, até restrições sexuais: o governo é quem decidirá sua parceira sexual... Então chegamos num ponto crítico evidenciado por Orwell: Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado. A história que Winston conhecia, mesmo de sua nação, era constantemente mudada pelo governo, conforme seus interesses. Esses, que detinham o poder, controlavam arbitrariamente o passado, e era esse o principal método de controle social que eles detinham. As massas encontram-se perdidas. O que fará Winston, ao longo da narrativa, ao notar que algumas coisas não estão certas naquele mundo? Leiam a obra e vocês descobrirão!
Pedro
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