Logo Zoom
Logo Zoom

O preço está bom

Com base nos últimos 40 dias, o valor está próximo da média de R$ 40,38

Quer pagar mais barato?

Avisamos quando o preço baixar

Compare preços em 6 lojas

Ordenar por

Histórico de Preços

O preço está bom

Com base nos últimos 40 dias, o valor está próximo da média de R$ 40,38

Quer pagar mais barato?

Avisamos quando o preço baixar

Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788532507600
ISBN-108532507603
TítuloCarnavais, Malandros e Heróis
AutorMatta, Roberto
EditoraROCCO
GêneroCiências Humanas e SociaisSociologia

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Carnavais, Malandros e Heróis - Matta, Roberto - 9788532507600 atualmente é R$ 40,38.

Avaliação dos usuários

4.6

166 avaliações

Exibimos as avaliações mais relevantes da Amazon

INCONGRUENTE

Não Recomendo

O sociólogo Roberto da Matta parte do aspecto coletivo do comportamento brasileiro para qualificar a atitude individual. Ele disse que a sociedade brasileira é, profundamente, hierarquizada. É fato incontestável. Esse situação decorre do próprio caráter coletivo do brasileiro, que se revela individualista, avesso à hierarquia, arredio à disciplina, desobediente a regras sociais e afeito ao paternalismo e ao compadrio, defeitos impróprios para uma vida civilizada dentro do regime democrático. Note-se, ainda, que essa ordenação de indivíduos na sociedade brasileira, não ocorre de forma, permanente. Aquele que ocupa uma posição saliente na estrutura social, ainda que de forma temporária, não hesita em adotar o comportamento daquele que está em uma situação superior. O malandro anotado na obra, não é aquele que está disposto à construção da sociedade, mas aquele que, sem planejamento, persegue a satisfação de necessidades momentâneas. É o adepto do "jeitinho". Assim, para manter-se o mínimo de coesão social é necessária a hierarquização, porque o brasileiro detesta o chefe, seguir ordens, adotar comportamento que respeite os interesses de outros, inclusive daquele que é da mesma classe social. A obra também analisa as relações entre o patrão e o empregado, mas sem intensidade objetiva.

Cliente

• Via Amazon

Uma abordagem descritiva do dilema nacional

Recomendo

O trabalho do prof. DaMatta tenta, na esteira da obra clássica de Gunnar Myrdal sobre o sistema de casta norteamericano, explicar o fenômeno do "dilema brasileiro", isto é, a operação de uma dupla ética que nos governa, por meio da análise de três rituais: o carnaval, a parada militar e a procissão católica e dos personagens típicos que emergem de cada um deles (o malandro, o caxias e o denunciador. Esquematicamente, o livro vai primeiro mostrar a importância do rito como momento privilegiado de acesso aos valores mais profundos de uma sociedade e que mostra, na sua própria escolha e formação, a natureza mesma da sociedade na qual se insere: ritos de exaltação coletiva e que evocam o senso de comunidade são típicos se sociedades modernas e focada no indivíduo; já os que exaltam o indivíduo são típicos se sociedades tradicionais. No caso brasileiro, o antropólogo vai cair na velha história de que o Brasil é sui generis, jaboticaba social na qual os dois domínios são articulados. Mas voltemos ao texto. Com a importância do rito em mente, DaMatta análise 3 momentos fundamentais para nossa sociedade: o carnaval, marcado pela inversão das hierarquias sociais como mecanismo de articulação da realidade, na qual o marginal se torna central e pela qual as dicotomias cotidianas se tornam fluidias; a parada militar (há que se lembrar que o livro fora escrito ainda sob o regime militar, mas ainda é atual nesse ponto, em alguma medida) marcada pelo reforço da hierarquia social exposada pelo culto à autoridade e reificacão da estrutura de poder vigente e, por fim; a Procissão, momento de articulação da estrutura na qual a hierarquia é refeita, com o santo acima da lógica terrena (invertida ou reforçada) e que abre a uma forma diversa de convívio social, unindo, de certa forma, os dois ritos anteriores. O ponto focal da análise desses ritos é a articulação de dois domínios: a casa e suas relações entre pessoas e a rua com suas relações entre indivíduos. Se no carnaval a casa invade a rua, na parada a rua invade a casa. A procissão é o meio termo. Continuando sua descrição analítica, o autor irá mostrar que desses ritos surgem personagens típicos, protótipos de heróis, como o malandro, o caxias e o santo (renunciador). Após, o autor vai comparar os carnavais do Brasil (Rio de Janeiro) e dos EUA (Nova Orleans) e mostrar que aqui, sociedade hierarquizada, o carnaval integra e lá, sociedade igualizada, o carnaval separa (não entremos no preconceito explícito e flagrante superficialismo disso, pois quase invalida a análise em si, pois DaMatta escorrega nesses pressupostos). Em seguida, começa a falar da tese principal do livro: a dupla lógica presente no Brasil (e só no Brasil, essa singularidade na visão do autor) e que estrutura nossa vida social: a lógica da casa, pessoal e hierarquizada e a lógica da rua, individual e de igualdade legal/formal. Ou seja, cada um de nós é uma pessoa, com relações familiares, de clã, raça e credo e, ao mesmo tempo, somos indivíduos, portadores de direitos iguais e de obrigações legais uns com os outros e com a totalidade. Para o autor, sociedades do centro capitalista (ele cita o EUA) são articulados pela lógica do indivíduo, impessoal. Países como a Índia, com seu sistema fixo de casta, abrigaria uma sociedade articulada pela ideia de pessoa, com relações pessoais que definiriam seu lugar na própria estrutura. No caso do Brasil, a oposição indivíduo (rua) e pessoa (casa) daria a tônica da própria sociedade: assim, somos jogados na lógica não problemática das relações sociais como indivíduos. Mas, assim que surge um conflito (um drama social) entre indivíduos, não é pela impessoalidade da lei e da constituição que que resolve, nas na articulação pessoal, isto não é, na referência a uma estrutura de hierarquia implícita que é trazida à tona pelo famoso "Sabe com quem está falando?", buscando - a pessoa que assim fala - restabelece uma hierarquia que faz excepcionar a aplicação da lei devido a relações pessoais e pela posição hierarquica na sociedade. Para o autor, não apenas a elite, mas também os seus empregados a usam (sou funcionário do deputado tal...), Sempre no intuito de criar uma curva nas regras gerais para comportar vontades pessoais. A descrição do fenômeno dada pelo autor é primorosa; o problema é que ele não explica o básico: como e porque as pessoas estão nessa posição de vantagem, ou seja, quais processos sócio-historicos são engendrados para que uma parcela da população se sinta com esse direito e efetivamente o use, o que não deixa de ser frustante para o leitor. É uma descrição sem análise (a pseudoanalise está na articulação em si, isto é, dos efeitos e não na busca de suas causas). Nesse sentido, DaMatta é preconceituoso e limitado. Nos dois capítulos finais temos uma bela análise dos tipos heróicos nacionais, o malandro nas histórias de Pedro Malasartes (folclórico) e o renunciador no caso de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa. Aqui sim, a análise é primorosa, mostrando como a narrativa heróica no caso do malandro não almeja alterar ou criar nova realidade (o malandro dobra as regras, mas não quer muda-las), sendo sua vingança estéril do ponto de vista social); diferentemente, temos o caso do renunciador, que ao negar a regra social (sem dobra-la) cria a possibilidade de novas realidades, de novas estruturas. Num caso temos a revolta, pessoal; no outro, a revolução, sempre apontando para a coletividade. Diante disso, minha opinião é que o livro deve ser lido como o clássico que é, mas sempre em mente deve ficar suas limitações intrínsecas e relacionais.

Alex

• Via Amazon

Ótimo livro! Realista!

Recomendo

Mostra o pq do comportamento do brasileiro!

Cliente

• Via Amazon

LIVRO

Recomendo

MUITO BOM

MARCELO

• Via Amazon