A racionalidade e razoabilidade da crença cristã
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Nesse livro, Plantinga discute vários argumentos contrários à racionalidade e razoabilidade da crença cristã. No primeiro capítulo, Plantinga rebate o argumento kantiano de que Deus é tão sublime que nossa mente não pode pensar ou aprender sobre Ele. E afirma que Deus pode ter criado pessoas capazes de conhecer verdades importantes sobre Ele. No capítulo dois, Plantinga investiga a objeção de direito que diz que a fé cristã é irracional, injustificada ou imoral. Analisando o fundacionalismo clássico de Locke e as críticas de Marx e Freud à crença cristã, Plantinga afirma que não nenhuma objeção "grave" que se sustente contra a fé cristã, posto que a fé cristã tem "garantia" (crença produzida mediante faculdades cognitivas em pleno funcionamento em meio a ambiente cognitivo adequado, conforme projeto de design que visa com sucesso à verdade, cf. p. 77). No capítulo três, Plantinga desenvolve um modelo a partir de Tomás e Calvino sobre como a crença teísta dispõe de garantia. O homem tem um conhecimento natural de Deus que produz a crença a respeito de Deus. Circunstâncias externas despertam o senso do divino. Essa é uma crença básica que produz conhecimento sobre Deus. No capítulo seguinte, Plantinga aplica seu modelo à plenitude da fé cristã e sustenta que as crenças cristãs são justificadas, racionais e garantidas. No capítulo cinco, Plantinga diz que a fé é o elemento central do modelo Tomás-Calvino. Ela é uma atividade epistêmica que possibilita a crença em proposições que se aplicam a nós. A fé é imediata e formada de modo básico (por meio de evidência intuitiva). A crença é validada pela própria fé cristã e o objeto da crença satisfaz as condições de racionalidade e garantia. No capítulo seis, Plantinga afirma que a fé é conhecimento de Deus revelado à mente e selado no coração. O coração é selado quando os afetos são corretos. Anseio, desejo e eros são sinais do amor de Deus. No capítulo subsequente, Plantinga investiga objeções à experiência religiosa e sugere que "Deus provê os seres humanos com faculdades ou processos de formação de crença geradores dessas crenças que objetivam a verdade com sucesso; quando funcionam como foram projetados, no tipo de ambiente para o qual foram projetados, o resultado é o conhecimento ou a crença garantida" (p. 165). Os três últimos capítulos tratam de anuladores. O primeiro investigado é a alta crítica. Plantinga diz que a alta crítica não anula a fé cristã. Ela assume premissas epistêmicas diferentes daquelas adotadas pelos cristãos. O segundo é o pluralismo religioso. Para Plantinga, o pluralismo não invalida a exclusividade da fé cristã. Ter uma episteme cristã não significa ser arrogante, mas sim acreditar na veracidade de suas crenças. Por fim, o problema do mal não anula ou contradita a existência de Deus.
Anderson
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