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Em 2018, Hilda Hilst foi a autora homenageada na FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). A escolha de homenageá-la reforça a ideia de que a literatura da autora extrapola fronteiras e influencia toda uma cena artística contemporânea.

Sabendo que Hilst é uma das maiores escritoras brasileiras, trouxemos quatro obras da autora que resumem e apontam muito bem o quão importante é a voz dessa escritora paulista para a literatura nacional. Mas antes vamos saber um pouquinho mais sobre ela! Dá um Busca!

Clique aqui e descubra o autor homenageado da FLIP 2019

Conhecendo a autora

Hilst foi uma cronista, poeta, ficcionista e dramaturga brasileira considerada uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. Em seus quase cinquenta anos de carreira Hilda recebeu diversos prêmios como o prêmio APCA, importante prêmio oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti.

Sua literatura é repleta de fraturas e abismos, muita das vezes apontando questionamentos filosóficos que obrigam o leitor a mergulhar de cabeça em sua narrativa. Ler o o universo literário de Hilda Hilst é mergulhar em um mar denso e profundo.

Sua escrita oscila entre o violento, o erudito, o pornográfico, o chulo e o lírico. O sagrado e o profano permeiam toda sua obra, suas personagens são moralmente questionáveis, assim como seus devaneios.

Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão foi o livro mais vendido da Feira Literária Internacional de Paraty de 2018

Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão foi lançado pela primeira vez em 1974. Esse é o primeiro livro de poesias de Hilda, após a autora estrear na ficção. O livro funciona muito bem como uma introdução ao universo de Hilst, pois apresenta temas que a consagraram como uma grande escritora.

A devoção mística, a ansiedade pelo encontro, a entrega passional e o temor da morte se fazem presentes nas páginas de Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão podendo aqui o leitor se deliciar com um primeiro contato com as contradições e tensionamentos de uma das maiores escritores de nossa língua.

Em 132 Crônicas estão presentes textos inéditos de Hilda Hilst

132 Crônicas: Cascos & Carícias e Outros Escritos é a reunião mais completa das crônicas de Hilda Hilst até o momento. As crônicas de Hilda fazem-se de um lado comentário da conturbada vida política de seu tempo, do outro, revelam o estilo transgressor e irreverente da autora.

As crônicas apresentadas no livro foram produzidas entre 1992 e 1995, no Correio Popular de Campinas. Isso sem falar em dois textos inéditos encomendados pela Playboy e nunca publicados. Um livro repleto de textos ácidos, lúcidos e bem-humorados, todos com a exclusiva assinatura de Hilda Hilst.

Da Prosa conta com textos de apoio de escritores da nova geração

Da Prosa reúne pela primeira vez toda a obra ficcional de Hilda Hilst. Contando com textos de apoio de Carola Saavedra e Daniel Galera, dois aclamados escritores da nova geração e ambos apreciadores do trabalho de Hilda. Em ordem cronológica, Da Prosa é organizado em dois volumes, vendidos juntos em um único box.

A escrita ficcional da autora inicia-se nos anos 1970 com Fluxo-floema e se desenvolve ao longo dos anos. Dentro das obras presentes em Da Prosa vale ressaltar o controverso e polêmico O Caderno Rosa de Lori Lamby (1990), escrito a partir do ponto de vista de uma menina de oito anos que vende seu corpo incentivada pelos pais e Cartas de um Sedutor (1991), uma das obras mais conhecidas da autora livro que faz parte da tetralogia obscena de Hilda Hilst, que descreve o dia-a-dia de Karl, um homem rico, imoral e que busca explicações para a sua vida no sexo.

Da Prosa é o livro definitivo para fãs fervorosos e curiosos que pretendem se aventurar de um modo mais intenso no universo chulo e lírico de Hilda Hilst.

Teatro Completo reúne toda a obra dramatúrgica da autora

A dramaturgia de Hilda Hilst infelizmente não é tão valorizada quanto sua prosa e poesia, por isso Teatro Completo se faz presente nessa lista. Toda a produção dramatúrgica da autora é composta por oito obras escritas entre 1967 e 1969, vale ressaltar que é nessa época que o teatro universitário ganha uma ênfase cultural no país, sendo um símbolo de resistência contra a ditadura militar.

Havia uma urgência na autora de se comunicar de forma mais rápida com as pessoas, por isso o direcionamento para o teatro. Seus textos dramatúrgicos apresentam uma relação entre o ético e o poético, com construções de alegorias onde o político se faz pano de fundo. Vale ressaltar aqui as peças O Rato no Muro e As Aves da Noite.

É um teatro solitário, pois se desenvolve na virada da autora da cidade para o campo e que representa uma difícil revolução poética, pois se utiliza da poesia própria do humano como instrumento de mudança.

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