Reviravoltas, humor, devaneios e muita sensibilidade
Recomendo
O "Primeiro Homem Mau" segue a linha de “É Claro Que Você Sabe Do Que Estou Falando”: personagens estranhos, que muitas vezes são bizarros e ao mesmo tempo são “gente como a gente". O enredo é bem "Miranda July". Cheio de surpresas, reviravoltas, humor, devaneios e muita sensibilidade – sobretudo do meio para o fim quando aborda a maternidade. A personagem principal é uma mulher sozinha, depressiva, bastante passiva que, apesar de tudo isso (ou talvez por isso mesmo), é bem carismática. O livro tem uma parte bem sexual que pode assustar aos leitores mais conservadores e faz um jogo de narrativa entre realidade e fantasia que pode confundir, mas nada que uma leitura concentrada não consiga dar conta. Gostei e recomendo. Para mim, Miranda July é a grande escritora contemporânea. Ela vai além do “mais do mesmo” e aborda temas bastante atuais (como distúrbios psicológicos e homossexualidade) e vai fundo na estranheza humana sempre com humor, sensibilidade e uma criatividade absurda.
Fernanda
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