Muito bom livro
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Esse livro foi publicado após a morte de Hemingway, e não usa personagens fictícios. Fala dos amigos da época em que se auto exilou em Paris.
Elizeu
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ISBN | 9788528618006 |
---|---|
ISBN-10 | 8528618005 |
Título | Paris É Uma Festa |
Autor | Ernest Hemingway |
Gênero | Literatura NacionalBiografias e Memórias |
Editora | Bertrand |
O menor preço encontrado no Brasil para Paris É Uma Festa - Ernest Hemingway - 9788528618006 atualmente é R$ 31,99.
Avaliação dos usuários
4.6
459 avaliações
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Muito bom livro
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Esse livro foi publicado após a morte de Hemingway, e não usa personagens fictícios. Fala dos amigos da época em que se auto exilou em Paris.
Elizeu
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Muito bom.
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Belo livro. O filme Meia-noite em Paris, de Wood Allen é um excelente acompanhante da obra. Vale a pena assistir
Guilherme
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Envolvente
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Estória envolvente e cativante . Difícil parar de ler.
Rubizinha
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O que resta é silêncio
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Há algo de melancólico em “Paris é uma Festa”, obra em que Hemingway desnuda sua juventude na capital francesa, revelando os dias em que buscava romper o círculo de frustração que acompanha qualquer escritor desconhecido. Lá estão os cafés, os apartamentos decrépitos, os endereços suspeitos e a falta de dinheiro. Hemingway não era Hemingway ainda. Estamos nos anos 1920. Hemingway tem 25 anos, é um sujeito comum, casado com Hadley, Richardson, com quem tem um filho, o pequeno Mr. Bumby. Hemingway é cínico o suficiente para ser um bom observador. Tem a companhia dos americanos expatriados, assim como ele, autores em busca da redenção literária. Aprecia sinceramente Gertrude Stein e Ezra Pound, mas guarda muitas reservas em relação a Ford Madox Ford. Escreve contos em bares esfumaçados, lê Tolstoi, Turgueniev e Dostoievski compulsivamente e dá a seu primeiro romance os contornos iniciais. A arte, o Louvre e os impressionistas são testemunhas desse parto. Picasso e Joyce lhe servem como referência. Tudo é uma festa móvel. O mundo parece prestes a ser conquistado. Então surge Scott Fitzgerald. É nesse momento que a essência da escrita de Hemingway explode sem aviso. A amizade com o já afamado autor de “O Grande Gatsby” nasce de forma natural, de uma admiração quase infantil. Juntos viajam, discutem, brigam e se reaproximam, mas o álcool em doses inconcebíveis está sempre ali, a envenenar o talento de Fitzgerald, algo potencializado pela loucura corrosiva de sua esposa Zelda. Nos anos que se seguiriam, Hemingway assistiria à demolição do amigo, quase impotente, como quem testemunha uma obra de Cézanne derretendo diante de um fogo inelutável, as cores e a vitalidade desaparecendo em espasmos. É esse tom amargo que torna o livro tão bom, ainda mais quando se percebe ter sido um dos últimos escritos por ele, pouco antes de seu suicídio. Não há nostalgia, mas uma espécie de resgate, algo que tenta escusar os acontecimentos dos trinta anos seguintes, com Hemingway laureado com o Nobel de Literatura e Fitzgerald morto, sem jamais recuperar o brilho de seu alvorecer. Sim, como a vida Paris é uma festa, mas isso não evita o silêncio ao final de tudo. Até de Hemingway.
Gustavo
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