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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788577991167
ISBN-108577991164
TítuloPedro Páramo - Ed. De Bolso
AutorRulfo, Juan
EditoraBestbolso
GêneroLiteratura EstrangeiraRomance

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Pedro Páramo - Ed. De Bolso - Rulfo, Juan - 9788577991167 atualmente é R$ 19,90.

Avaliação dos usuários

4.7

2153 avaliações

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Livro novo e excelente, entrega rápida.

MARISTELA

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Imperdível

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Um povoado de mortos, um filho que procura o pai, vozes que recusam o silêncio e ecoam, misturadas, múltiplas. E nomes: Pedro Páramo. Juan Preciado. Susana San Juan. Padre Rentería. Fulgor, Dorotea, Miguel, Anita, Damasio, Damiana, Abundio. Outros tantos. Comala é um povoado repleto de nomes de mortos, de vozes de mortos, de mortos. E quando Juan Preciado chega, porque disseram que ali vivia seu pai, um tal de Pedro Páramo, é isso que ele encontra. Mas também descobre. Quem é Pedro Páramo? O que sustenta tamanha crueldade? De quem é a voz dessa mulher que se queixa? Pedro Páramo é um livro curto, mas é tão denso, tão poderoso. Como Juan Preciado, vamos ouvindo as vozes dos mortos, entrecortadas, à prestação. E isso torna essa história inesgotável em seus sentidos. Esse livro tem tudo que eu gosto num livro e eu recomendo demais

Rute

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Quando as emoções são desertos e pedras

Recomendo

Ao adentramos à leitura de “Pedro Páramo” é imperativo destacar que estaremos a vislumbrar um México de uma profunda tradição Católica Escolástica esculpida desde da derrubada do Império Asteca (1519), em que “Céus”, “Purgatório” e “Inferno” são elementos basilares dentro da doutrina. Herdeiros de uma Espanha inquisitorial que usava o vigor religioso dos Dominicanos para combater em seus “autos de fé” contra os hereges. Embora “Pedro Páramo” não tenha uma data plasmada em seu texto, podemos obter possíveis datações por intermédio de fragmentos históricos que o autor deixou no seu progresso de escrita: [...] “E quando já faltava pouco para ele morrer, aconteceram as tais guerras dos ‘CRISTEIROS” (grifo meu) Em 1917 foi promulgada no México um Constituição Federal que subtraia da Igreja Católica a “personalidade jurídica” além de impor diversas medidas restritivas. O ápice deste embate político entre Estado e Igreja foi a “Guerra Cristera”(1926-1929). Tal embate custou a vida de milhares de mexicanos. Quando o único padre local ( dentro do livro), toma consigo a luta armada, sabemos que o Estado e a Igreja estão em conflito. Outro fragmento historiográfico deixado pelo autor é a menção ao idiossincrático Pancho Villa (1878-1923): [...] “Chegaram uns feridos a Comala. Minha mulher ajudou nessa coisa dos curativos. Disseram que eram do pessoal de Damasio e que tinham tido muitos mortos. Parece que se encontraram com uns sujeitos que se dizem de PANCHO VILLA” Se o personagem principal, em sua juventude e velhice, tem em seu contexto dois elementos históricos derivados da Revolução Mexicana, pela análise historiográfica podemos arguir que em sua meninice os eventos ocorrem momentos antes da Revolução Mexicana . Os personagens passam esta Revolução que vai desaguar principalmente na “Guerra Cristera”(1926-1929). Entender o contexto social e político que deram origem a Revolução Mexicana é fulcral para compreender a miséria de Comala e domínio brutal do caudilho que dá título ao livro. Mas o que foi a Revolução Mexicana? [...] “A economia mexicana de maior expressão estava voltada, desde os inícios da colonização, à atividade extrativa, particularmente à produção do açúcar, do sisal, do café e do fumo, com a finalidade de exportação. Havia, no entanto, de forma generalizada, uma produção artesanal de tecidos, de cerâmica etc. em pequena quantidade, para o consumo interno, produção que se encontrava dispersa por grande parte do território mexicano. Ao lado das grandes plantações de cana-de-açúcar havia também uma agricultura arcaica, voltada para o autoconsumo, enfrentando uma série de problemas, como a procura de solos aráveis e, particularmente, a procura da água” [...] “A Revolução Mexicana, desencadeada a partir de 1910 e que mobilizou grandes contingentes populacionais, atingindo amplos setores sociais, é considerada por um grande número de historiadores como a maior comoção social ocorrida na América Latina desde as guerras da independência. Antecedendo mesmo a revolução chinesa e a revolução russa, despertou a atenção de lideranças políticas de vários países latino-americanos, que passaram a ver nesse movimento um modelo a ser imitado. Ultrapassando mesmo o espaço da América, a Revolução Mexicana foi uma revelação para o mundo, uma movimentação inesperada. Entretanto, os caminhos percorridos pelos revolucionários levaram-nos a resultados que nem sempre coincidiram com as propostas iniciais de luta, ou talvez, com aquilo que se idealizara a princípio. O final desconcertante, que, talvez por isso mesmo, não tenha sido aceito como tal por seus idealizadores, sendo transfigurado num constante refazer do movimento, permitiu a criação do fetiche da Revolução Mexicana que não se conclui, que se transforma num processo não-acabado, cada vez mais distante das massas, transformando-se num instrumento de manipulação delas. A emergência de uma multiplicidade de lideranças, legitimas ou não, contraditórias, desencontradas por vezes, permitiu a hegemonia de um grupo que, investindo-se de legitimidade, passou a ver como inimigos antigos companheiros de luta. Assumindo o poder, os vitoriosos passaram a falar em nome dos “revolucionários”, cristalizando sua palavra numa peça institucional, a Constituição de 1917, fazendo da lei sua bandeira de vitória e seu escudo contra as investidas dos opositores. Entretanto, a Constituição de 1917 não representa apenas a vitória de um setor que se tornou hegemônico. Ela tem uma história que não é apenas do povo mexicano. Ela traz em seu bojo artigos que tratam das relações entre o capital e o trabalho. A incorporação dessa legislação à Constituição Mexicana de 1917 só é compreensível levando-se em conta a luta travada anteriormente pela classe trabalhadora em nível mundial. É importante ainda constatar a forma pela qual essa legislação foi incorporada ao texto institucional. Antes de significar uma vitória do trabalho sobre o capital significou a incorporação daquelas determinações legais sob a ‘égide do capital. Por essas razões, 1917 representa o final de um determinado tipo de luta. Resta saber como um movimento, que contou com a mobilização de amplos setores das classes subalternas, com argumentação suficiente para sensibilizar tais setores, que acarretou um milhão de mortes, teve como resultado primeiro uma peça’institucional que, se de um lado garantia direito a trabalhadores rurais e urbanos, tendo neste particular uma postura inovadora, por outro lado, inibia seu acesso ao poder, impedindo a ampliação da luta social, ou seja, impedindo a radicalização das propostas iniciais” Para Susan Sontag: [...] “A narrativa se passa em dois mundos: a Comala do presente, onde Juan Preciado, o “eu” das primeiras frases, passa uma temporada; e a Comala do passado, a aldeia das memórias de sua mãe e da juventude de Pedro Páramo. A narrativa vai e vem entre a primeira e a terceira pessoas, entre o presente e o passado. (As grandes histórias não são só contadas no tempo verbal passado, elas são sobre o passado.) A Comala do passado é uma aldeia dos vivos. A Comala do presente é habitada pelos mortos, e os encontros que Juan Preciado terá quando chegar a Comala serão com fantasmas. Páramo significa em espanhol planície árida, descampado. Não só o pai, a quem busca, está morto, como todos os demais na aldeia. Mortos, eles nada têm a exprimir senão a sua essência” FONTES: SUSAN SONTAG. Where the stress falls: essays [ Questão de Enfase]. 2001 EDITORA SCHWARCZ LTDA. REVOLUÇÃO MEXICANA (1910-1917): Anna Maria Martinez Corrêa é licenciada em História e Geografia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Sedes Sapientiae”, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Mestre em História pela Universidade de São Paulo; Doutora em Ciências (História), pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis (SP). É Professora Assistente Doutora do Instituto de Letras, História e Psicologia de Assis, da Universidade Estadual Paulista, onde exerce, igualmente, a função de Coordenadora do Curso de Pós-graduação de História da América Latina, Período Contemporâneo. Publicou os livros: A Rebelião de 1924 em São Paulo; A América Latina de Colonização Espanhola; e Mariátegui, estes dois últimos em colaboração com o Professor Manoel Leio Bellotto. .

Dell

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Tal embate custou a vida de milhares de mexicanos. Quando o único padre local ( dentro do livro), toma consigo a luta armada, sabemos que o Estado e a Igreja estão em conflito. Outro fragmento historiográfico deixado pelo autor é a menção ao idiossincrático Pancho Villa (1878-1923): [...] “Chegaram uns feridos a Comala. Minha mulher ajudou nessa coisa dos curativos. Disseram que eram do pessoal de Damasio e que tinham tido muitos mortos. Parece que se encontraram com uns sujeitos que se dizem de PANCHO VILLA” Se o personagem principal, em sua juventude e velhice, tem em seu contexto dois elementos históricos derivados da Revolução Mexicana, pela análise historiográfica podemos arguir que em sua meninice os eventos ocorrem momentos antes da Revolução Mexicana . Os personagens passam esta Revolução que vai desaguar principalmente na “Guerra Cristera”(1926-1929). Entender o contexto social e político que deram origem a Revolução Mexicana é fulcral para compreender a miséria de Comala e domínio brutal do caudilho que dá título ao livro. Mas o que foi a Revolução Mexicana? [...] “A economia mexicana de maior expressão estava voltada, desde os inícios da colonização, à atividade extrativa, particularmente à produção do açúcar, do sisal, do café e do fumo, com a finalidade de exportação. Havia, no entanto, de forma generalizada, uma produção artesanal de tecidos, de cerâmica etc. em pequena quantidade, para o consumo interno, produção que se encontrava dispersa por grande parte do território mexicano. Ao lado das grandes plantações de cana-de-açúcar havia também uma agricultura arcaica, voltada para o autoconsumo, enfrentando uma série de problemas, como a procura de solos aráveis e, particularmente, a procura da água” [...] “A Revolução Mexicana, desencadeada a partir de 1910 e que mobilizou grandes contingentes populacionais, atingindo amplos setores sociais, é considerada por um grande número de historiadores como a maior comoção social ocorrida na América Latina desde as guerras da independência. Antecedendo mesmo a revolução chinesa e a revolução russa, despertou a atenção de lideranças políticas de vários países latino-americanos, que passaram a ver nesse movimento um modelo a ser imitado. Ultrapassando mesmo o espaço da América, a Revolução Mexicana foi uma revelação para o mundo, uma movimentação inesperada. Entretanto, os caminhos percorridos pelos revolucionários levaram-nos a resultados que nem sempre coincidiram com as propostas iniciais de luta, ou talvez, com aquilo que se idealizara a princípio. O final desconcertante, que, talvez por isso mesmo, não tenha sido aceito como tal por seus idealizadores, sendo transfigurado num constante refazer do movimento, permitiu a criação do fetiche da Revolução Mexicana que não se conclui, que se transforma num processo não-acabado, cada vez mais distante das massas, transformando-se num instrumento de manipulação delas. A emergência de uma multiplicidade de lideranças, legitimas ou não, contraditórias, desencontradas por vezes, permitiu a hegemonia de um grupo que, investindo-se de legitimidade, passou a ver como inimigos antigos companheiros de luta. Assumindo o poder, os vitoriosos passaram a falar em nome dos “revolucionários”, cristalizando sua palavra numa peça institucional, a Constituição de 1917, fazendo da lei sua bandeira de vitória e seu escudo contra as investidas dos opositores. Entretanto, a Constituição de 1917 não representa apenas a vitória de um setor que se tornou hegemônico. Ela tem uma história que não é apenas do povo mexicano. Ela traz em seu bojo artigos que tratam das relações entre o capital e o trabalho. A incorporação dessa legislação à Constituição Mexicana de 1917 só é compreensível levando-se em conta a luta travada anteriormente pela classe trabalhadora em nível mundial. É importante ainda constatar a forma pela qual essa legislação foi incorporada ao texto institucional. Antes de significar uma vitória do trabalho sobre o capital significou a incorporação daquelas determinações legais sob a ‘égide do capital. Por essas razões, 1917 representa o final de um determinado tipo de luta. Resta saber como um movimento, que contou com a mobilização de amplos setores das classes subalternas, com argumentação suficiente para sensibilizar tais setores, que acarretou um milhão de mortes, teve como resultado primeiro uma peça’institucional que, se de um lado garantia direito a trabalhadores rurais e urbanos, tendo neste particular uma postura inovadora, por outro lado, inibia seu acesso ao poder, impedindo a ampliação da luta social, ou seja, impedindo a radicalização das propostas iniciais” Para Susan Sontag: [...] “A narrativa se passa em dois mundos: a Comala do presente, onde Juan Preciado, o “eu” das primeiras frases, passa uma temporada; e a Comala do passado, a aldeia das memórias de sua mãe e da juventude de Pedro Páramo. A narrativa vai e vem entre a primeira e a terceira pessoas, entre o presente e o passado. (As grandes histórias não são só contadas no tempo verbal passado, elas são sobre o passado.) A Comala do passado é uma aldeia dos vivos. A Comala do presente é habitada pelos mortos, e os encontros que Juan Preciado terá quando chegar a Comala serão com fantasmas. Páramo significa em espanhol planície árida, descampado. Não só o pai, a quem busca, está morto, como todos os demais na aldeia. Mortos, eles nada têm a exprimir senão a sua essência” FONTES: SUSAN SONTAG. Where the stress falls: essays [ Questão de Enfase]. 2001 EDITORA SCHWARCZ LTDA. REVOLUÇÃO MEXICANA (1910-1917): Anna Maria Martinez Corrêa é licenciada em História e Geografia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Sedes Sapientiae”, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Mestre em História pela Universidade de São Paulo; Doutora em Ciências (História), pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis (SP). É Professora Assistente Doutora do Instituto de Letras, História e Psicologia de Assis, da Universidade Estadual Paulista, onde exerce, igualmente, a função de Coordenadora do Curso de Pós-graduação de História da América Latina, Período Contemporâneo. Publicou os livros: A Rebelião de 1924 em São Paulo; A América Latina de Colonização Espanhola; e Mariátegui, estes dois últimos em colaboração com o Professor Manoel Leio Bellotto. .

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