Arquitetura é assunto de plástica, não de romantismo. LE CORBUSIER
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[A arquitetura é o jogo sábio, correto, e magnífico dos volumes reunidos sob a luz. Nossos olhos são feitos para ver formas sob a luz; as sombras e os claros revelam as formas; os cubos, os cones, as esferas, os cilindros ou as pirâmides são as grandes formas primárias que a luz revela bem; suas imagens não são nítidas e tangíveis, sem ambiguidades. É por isso que são belas formas, as mais belas formas. Todo mundo está de acordo com isso, a criança, o selvagem e o metafísico. É a própria condição das artes plásticas.] Esse é o axioma de Corbusier! Dessa forma, a arquitetura gótica não é tão bela, pois não é fundamentalmente feita de formas simples, as mais belas formas. Assim sendo, [... a catedral não é uma obra plástica, é um drama... .] Para ele [a arquitetura não tem nada a ver com "estilos"]. [Os Luís XIV, XV, XVI ou o Gótico, são para a arquitetura o que é uma pena na cabeça de uma mulher; às vezes é bonito, mas nem sempre e nada mais.] Nem mesmo a arquitetura romana escapa da navalha do mestre. Ele diz que [ Roma é um pitoresco bazar ao ar livre. Há de todos os horrores e o mau gosto da renascença, ...]. e ainda nos atenta dizendo que [ A lição de Roma é para os sábios, aqueles que sabem e podem apreciar, aqueles que podem resistir, aqueles que podem controlar...]. Um exemplo do mau gosto romano: [ Quando eles tinham conquistado a Grécia e, como bons bárbaros, tinham achado o coríntio mais belo que o dórico, porque era mais florido. Adiante então, os os capitéis de acanto, os entablamentos decorados sem grande medida, nem gosto! ...]. Corbusier tem a a Grécia como o baluarte da arquitetura e nos da um contra exemplo, fiel a grande arquitetura: [... gregos de origem vêm construindo Santa Maria de Cosmedin. Uma Grécia bem longe de Fídias, mas que conserva a semente dele, isto é, sentido das relações, a matemática graças à qual a perfeição torna-se acessível. ...]. Nos faz relembrar sua icônica frase: "A arquitetura deve ser como música e se desenrolar no tempo", nessa passagem: [ A Grécia através de Bizâncio, pura criação do espírito. A arquitetura não somente feita de ordenação, de belos prismas sob a luz. Há uma coisa que nos arrebata, é a medida. Medir. Repartir em quantidades ritmadas, animadas por um sopro igual, passar em toda parte a relação unitária e sutil, equilibrar, resolver a equação...]. Por vezes, o autor nos alerta para a incompetência da arquitetura que se fazia naquela época e enaltece os engenheiros americanos: [ (os arquitetos) não adquiriram a concepção dos volumes primários. Nunca ninguém lhes ensinou isso na Escola de Belas-Artes. (No entanto) sem perseguir uma ideia arquitetural, porém simplesmente seguidos pelos efeitos do cálculo ( derivados dos princípios que geram nosso universo) e a concepção de UM ÓRGÃO VIÁVEL, os ENGENHEIROS de hoje empregam elementos primários e, coordenado-os segundo regras, provocando em nós emoções arquiteturais, fazendo ressoar assim a obra humana com a ordem universal]. Através dessa concepção arquitetônica a casa em série é algo desejável, pois " a série da unidade e a perfeição dos detalhes". Desse modo, ainda nos trás sua visão sobre padrões, que para ele permeiam o mundo: [ estabelecer um padrão, é esgotar todas as possibilidades práticas e razoáveis, deduzir um tipo reconhecido conforme as funções, com rendimento máximo, com emprego mínimo de meios, mão de obra e matéria, palavras, formas, cores, sons. ]. Como já disse em entrevista à imprensa francesa: " Todo meu trabalho consiste em humanizar as coisas falando de padrões e produção em massa".
Guilherme
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