Boas reflexões!
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É um livro com ótimas reflexões. Meio autoajuda meio religioso mas com uma boa mensagem central.
Vinicius
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ISBN | 9788595810563 |
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ISBN-10 | 8595810567 |
Título | Rumo Ao Sul. Southernmost |
Autor | Silas House |
Editora | Faro |
O menor preço encontrado no Brasil para Rumo Ao Sul. Southernmost - Silas House - 9788595810563 atualmente é R$ 14,90.
Avaliação dos usuários
4.4
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Boas reflexões!
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É um livro com ótimas reflexões. Meio autoajuda meio religioso mas com uma boa mensagem central.
Vinicius
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O conteúdo é bom, mas o livro veio com páginas amassadas.
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Sobre o livro, ele é maravilhoso, mas veio com algumas avarias. Páginas amassadas.
Cliente
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Arrebatador!
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"Rumo ao Sul" conta a história de Asher Sharp, pastor de uma pequena comunidade em Cumberland Valley, próximo à Nashville. Asher desde cedo foi uma pessoa devota, seguindo os preceitos da Igreja, mesmo que isso tenha custado o relacionamento com o seu irmão, que foi rejeitado pela família por conta de sua opção sexual e foi embora. “— Tudo que ele queria era que eu o amasse como ele era, e eu não consegui. — Asher respirou profundamente. — Jamais soube de uma mentira contada por meu irmão. Mas quando ele me disse que havia nascido daquele jeito, eu o acusei de estar mentindo. Disse que ele havia se entregado a uma ideia infame. Porque era isso o que haviam me ensinado. E então perdi meu irmão. Não por causa da escolha que ele fez, mas porque decidi lhe dar as costas.” Quando adulto, casou-se com Lydia, filha de um pastor e formou uma família, tendo um filho de oito anos de idade chamado Justin e uma sogra amorosa chamada Zelda. Os anos passaram e ele se tornou um líder carismático e querido de sua comunidade, até que um evento muda tudo. Cumberland Valley sofre com enchentes, mas dessa vez, o estrago foi maior. Durante a cheia, um episódio em particular chama a atenção: Caleb Carey e sua filha Rosalee, dois membros de sua congregação, quase morrem afogados, quando o casal Jimmy e Stephen arriscam suas próprias vidas para salvá-los. O casal perde a casa durante a enchente e Asher oferece aos dois o quarto de hóspedes por uma noite, para que eles possam ter um lugar seco e seguro para ficar, mas Lydia imediatamente retira o convite, por conta da orientação sexual do casal. Asher fica aturdido. Afinal de contas, aqueles homens salvaram dois estranhos e acabaram de perder tudo e a esposa quer expulsá-los no meio de uma tempestade? “— Lydia, escute. Você está confundindo crença com julgamento. Não estamo aqui para julgar. Você deixou que todos esses julgamentos da igreja tomassem conta de você. Que lhe tirassem a alegria.” Asher começa a pensar em seu irmão Luke e na rejeição que ele sofreu e o que ele e sua esposa estão ensinando ao filho Justin sobre intolerância. É nesse momento que Asher tenta abrir a mente de sua comunidade em seu discurso na Igreja, apenas para ser rejeitado e expulso da congregação. Por se tratar de uma comunidade conservadora, Asher logo se vê diante da possibilidade de perder o filho e decide sair rumo ao sul, com o propósito de encontrar o irmão e conseguir o seu perdão e de ensinar a Justin sobre a tolerância e os diferentes tipos de pessoas que existem no mundo. O livro é dividido em quatro partes + epílogo. Parte 1. Você, mãe; Parte 2. Caminho livre; Parte 3. Canção para uma gaivota e Parte 4. Os últimos dias. Narrado em terceira pessoa, Asher e Justin embarcam em uma jornada até Key West e pelo percurso, irão conhecer pessoas maravilhosas, como Bell e Evona, duas mulheres que tiveram sua própria cota de sofrimento. O enredo é extremamente reflexivo, pois Asher reflete sobre os seus erros do passado, medos do presente e inseguranças do futuro. E também temos a jornada pessoal de Justin, um garotinho sensível e inteligente, que é capaz de sentir empatia por tudo e todos ao seu redor, e de certa forma, aquele que mais aprecia o "Tudo" que é tão desejado na obra. “Com a cabeça virada para cima observa o céu novamente. É assim que as pessoas deviam fazer suas orações, ele pensa. em vez de abaixar a cabeça, enfiando o queixo no peito. Elas deveriam olhar para cima e expor o rosto para o céu. Justin observa as nuvens deslizando, mudando de forma, de cor, do esverdeado para um cinza profundo; e o céu amarelado adquirindo os tons rosados do inicio da noite.”
Carolina
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Sensível e necessário!
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Às vezes a vida leva o caminho mais longo e tortuoso para passar suas lições. Não que isso signifique que todas as pessoas vão entender, receber a mensagem completa ou, quem sabe, conseguir interpretá-la. É provável que tudo dependa do quanto você irá conseguir abrir seus olhos para aqueles que estão ao seu redor e para si mesmo. Asher está passando exatamente por esse caminho tortuoso. Depois de ver um rio de lama soterrar quase tudo na pequena cidade do Tennessee onde ele é pastor há anos, ele se vê diante de uma encruzilhada: sua vida e suas crenças não são mais as mesmas. E isso inclui sua posição diante do repúdio que um casal homossexual sofre na cidade e de sua esposa. Apesar de ainda não saber ao certo o motivo de toda a mudança que sente, não há duvidas de que seu passado tem parte nisso, em especial, com seu irmão Luke. De uma só vez, tudo ao redor de Asher começa a desmoronar junto da lama que ainda cobre a cidade: o casamento, a família, a comunidade, o emprego, a religião. Fragmentam-se como se ele fosse um estranho, alguém em quem não se pode mais confiar. É neste momento que ele parte, junto de seu filho, rumo ao sul. O trajeto é tão barulhento como silencioso, mas a verdadeira jornada de pai e filho se dá na calmaria da cidade de Key West. À beira-mar, numa pousada acolhedora chamada Canção para uma Gaivota, ele encontra duas almas parecidas à sua, ainda que, à primeira vista, possam parecer completamente distintas. Entre a rotina do trabalho, os medos e anseios de um adulto parecem, para uma criança de oito anos, pequenos demais. Já para Asher, são a razão de temer cada dia e de querer aproveitar cada segundo de sua existência, da companhia do pequeno Justin. Assim, vivemos os dias em Key West junto a Asher e Justin, em busca de respostas, mesmo que em dados momentos não tenhamos sequer as perguntas. Buscamos entender todos os lados, os pensamentos, crenças e ideologias. É impossível não repudiar várias ações dos personagens, não tomar partido de um lado ou de outro, dizer que um ou outro estão errados, ou que todos estão. E é exatamente no desenvolver da trama que percebemos o quanto é fácil revestir uma ou outra pessoa de herói ou vilão, em como um simples fato pode parecer definir toda a pessoa, quando, na verdade, não define. A questão é que ninguém se resume à um nome, idade ou à sua orientação sexual. E menos ainda, ninguém se define por um erro ou por um acerto. Sem dúvidas Rumo ao Sul foi um livro de surpresas calmas, lido em dois dias porque a história pedia para ser conhecida, ouvida, compreendida. Não por haver um grande mistério ou suspense envolvido, mas porque o ritmo da narrativa, dos acontecimentos, das descobertas, das incertezas, pede que se viva os dias dos personagens mais rápido do que se vive o próprio. Mas não se engane, ainda há sim um quê de surpresa inquietante na trama. Um dos pontos que mais encantou na história foi a discussão sobre religião e crença que existe embutida em todas as partes que dividem a história: Parte 1 Você, Mãe; Parte 2 Caminho Livre, Parte 3 Canção para Uma Gaivota e Parte 4 Os Últimos Dias. Isso porque ela está entremeada à trama, cheia de reflexões e questionamentos, bem mais do que respostas e ditados. Não sou fã de leituras que se direcionam à defender um posicionamento religioso de maneira impositiva, mas gosto de livros com viés que discutam a religião e a crença das pessoas e seus pontos altos e baixos. E Rumo ao Sul é exatamente assim, um livro para questionar tanto os personagens como a si mesmo. Acima de tudo, a história mostra o quanto é fácil cair em erros quando se defende o que se julga certo. É sempre mais cômodo julgar os erros alheios, o difícil é reconhecer aqueles que cometemos. E, errados, todos estão(mos) em algum momento: é tentador julgar o pecador e não o pecado, como diria o próprio Asher. É essa uma das belezas de Rumo ao Sul, não há vilões e heróis, não há bem versus o mal, existem pessoas, falhas, incompletas que buscam o que desejam e o que acreditam da maneira que conhecem. É claro que muitas atitudes são extremas e até criminosas, e o fato não é julgar quem levou quem a fazer o quê e sim toda a construção de descoberta, perdão, razão, fé, amor, família e respeito ao próximo pelas quais os personagens trilham. Não há mudança que ocorra da noite para o dia. Sejam quais forem as alterações no modo de pensar e agir dos personagens, elas vêm de uma construção, da quebra paulatina de paradigmas os quais cada um deles é submetido. Rumo ao Sul é uma história para inspirar, fazer crer em um mundo melhor através de pessoas melhores. É uma jornada para a autodescoberta, tanto dos personagens quanto do leitor! Uma leitura que, sem dúvidas, recomendo!
Retipatia
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