Um dos melhores trabalhos do Ruy Fausto
Recomendo
Livro escrito com muito rigor, que aborda a mais polêmica questão da tradição marxista, uma questão do tipo metodológico: o "problema" da dialética. O professor Ruy em muitos momentos insiste, tal como Lukács, na potência sugestiva da obra de Marx ao redor na noção de "valor" - trabalho socialmente necessário. Ao contrário dos intérpretes vulgares, que insistem em vesti-la dentro de uma roupagem economicista, Ruy fausto martela em sua consonância "ontológica", em como dentro de uma analitica o "Valor" seria a herença e ao mesmo tempo o destino da sociedade capitalista. Antes de mais nada, o autor faz um longo excurso pela tradição dialética - principalmente por Hegel -, a põe em choque com tendências positivistas e racionalistas e demonstra como a Dialética enquanto tal não se deixa abarcar por nenhum sistema formalizável em sua lógica, lidando ao mesmo tempo paraconsistências em multiplos níveis da linguagem, e sendo o método por excelência para "dar conta" da totalidade da sociedade burguesa e do capitalismo, de suas contradições materiais e "imateriais". A última parte do livro é uma análise efetiva do primeiro livro do Capital, um estudo sobre o rigor do método, uma leitura "exegética" que confronta outras leituras - estruturalistas px. - feitas sobre a obra máxima do marxismo.
Paulo
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