Logo Zoom
Logo Zoom

A memória RAM DDR3 ainda vale a pena? Se fizermos uma rápida busca nos fóruns de tecnologia na internet, possivelmente iremos nos deparar com essa pergunta. Na verdade, ela é até mesmo justa, principalmente porque muitas pessoas ainda possuem esse padrão em seus computadores.

Como a gente não gosta de enrolação, a resposta vai ser bem direta (embora, possa soar frustrante caso você não leia todo o conteúdo): depende! Muita gente procura uma resposta imediata para esse tipo de questão, mas é importante saber avaliar tudo que envolve as mudanças tecnológicas e até mesmo a sua própria realidade, concorda?

Por isso, preparamos um guia que irá explicar melhor sobre memória RAM DDR3 e o que a diferencia do padrão DDR4.

O que é memória RAM DDR3?

Se você está em dúvida se vale a pena ou não continuar usando a memória RAM DDR3, é importante entender o que ela de fato é. A sigla ‘DDR’ se refere a “Double-Data-Rate” – traduzindo, o termo quer dizer Taxa Dupla de Transferência. Se ainda não estamos falando a sua língua, isso significa que esse padrão permite que dois dados possam ser transferidos de forma simultânea. Ah! E sem prejudicar a eficiência da RAM.

A memória RAM DDR3 é a terceira evolução da DDR lançada nos anos 2000 (Foto: Shutterstock)

Se isso tudo parece uma novidade para você, saiba que estamos falando de uma tecnologia que chegou ao mercado em 2000 e representou uma virada de chave na época. Só que, lá se foram 22 anos, né? Portanto, é extremamente pertinente que as pessoas fiquem em dúvida se é algo que ainda faz sentido.

Até mesmo porque, a memória DDR foi desenvolvida justamente para suprir a demanda de programas cada vez mais robustos, além de sistemas complexos que começaram a pipocar na época. Se formos pensar de forma prática, quanta coisa mudou de lá para cá?

Uma breve cronologia dos fatos

Se a DDR surgiu nos anos 2000, foi questão de tempo para que ela passasse por evoluções. Em 2003 chegou ao mercado o padrão DDR2, com aumento da frequência e capacidade de transferência. Na época, ela possuía 240 pinos que ajudavam a estabelecer a comunicação com a placa-mãe. Eis que, finalmente, nos deparamos com a memória RAM DDR3, que é um padrão mais recente comparado à versão anterior, embora já tenhamos a DDR4 à disposição.

Essa terceira versão tinha como maior vantagem a latência aprimorada e o ganho do desempenho, que chegou a quase o dobro da DDR2. Abaixo, algumas placas-mãe que aceitam memórias DDR3.

A diferença entre a DDR3 e a DDR4

As principais diferenças entre a memória RAM DDR3 e a DDR4 podem ser percebidas a olho nu, ou seja, elas são também físicas. A principal delas é a forma de contato entre os pinos – aqueles dentinhos de ouro que se conectam na placa-mãe. Enquanto a primeira versão tem 240 pinos, a segunda conta com 288 pontos de contato.

A diferença entre a memória RAM DDR3 e a DDR4 são físicas e, principalmente, no ganho de desempenho (Foto: Shutterstock)

Mas, logicamente, isso não se limita ao visual das duas. A performance é o maior destaque. A DDR4 tem uma taxa de transferência superior, embora isso acabe refletindo na latência. Para não sermos muito técnicos, estamos nos referindo ao tempo para inicializar a leitura.

Em outras palavras, pense o seguinte: o ganho de desempenho da DDR4 é mais promissor para jogos e uso de aplicativos que precisam de maior memória para rodar. Bons exemplos são o Adobe Premiere, AutoCad e até mesmo o Google Chrome. Além disso, a versão mais atual entrega maior estabilidade, já que depende de uma voltagem relativamente mais baixa.

Quando percebemos essa diferença?

As vantagens da DDR4 em relação à memória RAM DDR3 ficam mais evidentes quando você exige mais do computador. Nesse caso, quem precisa renderizar vídeos, compilar softwares ou até mesmo jogar títulos com gráficos complexos e pesados terá maior percepção dos benefícios de optar pela versão mais atual. Veja algumas opções de memória RAM DDR4 abaixo!

Agora, uma estabilidade aprimorada não é tão necessária se a sua rotina envolve, por exemplo, assistir filmes, ouvir músicas, editar documentos ou simplesmente navegar na internet. Para isso, a memória RAM DDR3 é suficiente.

Veredito: vale a pena permanecer com a memória RAM DDR3?

Quem já possui um dispositivo com memória RAM DDR3 e não enfrenta problemas, deve avaliar mais adiante um possível upgrade (Foto: Shuttertock)

Supondo que seu computador já venha equipado com o padrão de memória RAM 8GB DDR3 ou até mesmo com uma memória RAM 4GB DDR3 (que são os mais comuns e recomendados atualmente) não há motivos para achar que seu PC já está tão obsoleto assim.

Nesse caso, vale analisar se o seu dispositivo está apresentando algum problema que impeça um uso eficiente. Agora, se você está pensando em trocar de dispositivo, é mais interessante já pensarem adquirir um modelo que venha com a versão atualizada sim.

Até mesmo porque um notebook que já tenha o padrão DDR4 demanda um modelo realmente recente e que atende as principais mudanças tecnológicas do mercado. Além disso, essa versão somente é compatível com processadores e placas recentes. Considerando o lançamento recente das memórias RAM DDR5, hoje é raro encontrar notebooks novos com memória DDR3.

Um upgrade é necessário? Como saber?

Pode ser que você esteja pensando em fazer um upgrade para uma memória RAM mais atual. Isso deve ser avaliado caso seu dispositivo comece a apresentar lentidão na hora de rodar programas pesados.

Além disso, usuários que precisam manter várias aplicações rodando simultaneamente podem se beneficiar dessa troca sim. Entretanto, é fundamental certificar que o seu notebook ou PC permita esse upgrade, já que há modelos de placa-mãe que possuem memória RAM soldada, ou seja, fixadas de forma permanente na placa-mãe.