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A memória RAM é um componente essencial para o funcionamento de diversos dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores e consoles. Alguns padrões de memória surgiram com o passar dos anos, a EDO e a SDR moldaram o caminho para que se chegasse ao padrão DDR. Mas o que é a memória DDR? Para que serve e qual opção escolher? Confira esse artigo para saber mais sobre!

Memória RAM

O DDR é uma das características essenciais da memória RAM (Imagem: Shutterstock)

Para entender o que é DDR, é importante saber primeiro mais sobre a memória RAM no geral. Sigla para Random Access Memory, ou "memória de acesso aleatório", a memória RAM é responsável tornar o funcionamento do sistema mais ágil e rápido. Sem ela todos os programas e aplicativos trabalhariam muito lentamente.

A RAM guarda por um tempo as informações que o computador precisa para aquele momento ou para o futuro próximo, diferentemente do HD ou SSD, que é mais lento e faz um armazenamento para longo prazo. Os arquivos armazenados na memória RAM são apagados quando você desliga o computador.

O DDR é parte das três principais características às quais você deve prestar mais atenção na hora de escolher uma memória RAM. São elas: capacidade, clock de memória ou frequência e finalmente o DDR, que indica a geração da memória. O foco deste artigo é o DDR mas, se quiser saber mais sobre RAM, temos um texto explicando detalhadamente para que serve a memória RAM. Também temos um artigo sobre como avaliar o desempenho da RAM.

Origem da DDR

Na década de 1960, ainda no início da computação como conhecemos, foram implementadas as SRAM, sigla para Static Random Access Memory, algo como "memória de acesso aleatório estático". Elas tinham como objetivo acelerar o acesso do sistemas às informações que fossem mais importantes. Com o tempo, as DRAM, Dynamic Random Access Memory ou "memória de acesso aleatório dinâmico", assumiram o lugar das SRAM, sendo bem mais baratas, com maior densidade e usando só 1 transistor por bit de informação.

As DDR são uma evolução das SDR, trabalhando o dobro delas (Imagem: Shutterstock)

A DRAM funciona sem ser sincronizada com outros componentes, algo problemático por não ter uma organização complexa dos dados. Assim, foi desenvolvida a SDRAM, ou Synchronous DRAM, ou seja, uma DRAM que funciona numa frequência sincronizada com o processador, diminuindo problemas de comunicação.

Também chamada de clock, essa frequência trabalha em ciclos, tendo uma quantidade específica de informação enviada e recebida em cada um deles. As primeiras SDRAM, criadas em 1993, operavam com voltagem de 3,3V e frequência entre 66 e 133MHz, e a cada ciclo enviavam um conjunto de informações, sendo chamados de Single Data Rate (SDR), uma "taxa única de dados".

A memória DDR nada mais é do que a Double Data Rate, uma "taxa de dados dobrada", desenvolvida no começo dos anos 2000 como um avanço da "taxa única". Elas ainda funcionam como SDRAM, sincronizadas ao processador e com frequência de transmissão de dados, mas agora enviam dois conjuntos de dados a cada ciclo, no início e no fim de cada um deles. O dobro da SDR, como indicado pelo seu nome.

Com isso, as DDR são mais rápidas e ágeis do que as SDR sem precisar aumentar a frequência de transmissão, diminuindo a densidade de transistores nos chips e o consumo de energia. As primeiras DDR trabalhavam com clock de 100MHz a 200MHz.

Padrões de DDR e qual escolher

Com o passar do tempo e avanço da tecnologia, cada avanço da DDR adicionou um número para indicar o modelo mais recente. Assim, temos DDR2, DDR3, DDR4 e DDR5, o mais avançado até o momento em que este texto é escrito.

As DDR2, as mais antigas em relação às primeiras DDR, trabalhavam com velocidades entre 400 e 1066MHz, suportando módulos com até 4GB de memória e utilizando 1,8 Volts de energia.

Já as DDR3 exigem menos energia, 1,5 Volts, além de apresentarem uma maior da taxa de frequência, de 800 a 2.400MHz, com modelos de até 8GB. Elas dominaram o mercado até 2014, quando surgiram as DDR4. São mais indicadas para quem não precisa de uma máquina tão potente e quer economizar, sendo mais baratas que os modelos mais recentes.

As memórias DDR4 obviamente trabalham numa frequência ainda maior que as dos modelos anteriores, com valores que vão de 2.133 até 4.266MHz. Isso faz com que seja um padrão indicado para que procura um desempenho maior para rodar jogos ou programas mais pesados, já que ela faz mais transferências num espaço de tempo menor.

As DDR4 consomem menos energia, precisando de 1,2 Volts, algo que faz muita diferença em dispositivos à bateria, como notebooks. Além disso, esse modelo funciona com RAMs de 4GB até 32GB. Devido à sua maior potência, ela acaba sendo mais cara do que a DDR3.

As memórias DDR5, as mais recentes, caras e potentes no mercado, são indicadas principalmente para gamers profissionais de jogos competitivos, que precisam do máximo de velocidade de frequência. Usando menos energia, 1,1 Volts, as DDR5 vão de 4.800 MHz até  uma previsão de 8.400 MHz.

A DDR5 já pode ser encontrada em celulares e computadores e tem preços bem salgados por ser a tecnologia mais recente no mercado.

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