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As Unidades Centrais de Processamento (CPUs, na sigla em inglês) são o cérebro de um computador. É ali que ocorrem todas as operações, a leitura e interpretação de dados, as instruções para tarefas e tudo mais que envolve o funcionamento de uma máquina.

Tudo isso é feito por meio de pequenos transitores elétricos que ligam e desligam para a realização de cálculos. A distância entre os transistores é medida em nanômetros e quanto menor, mais rápido a informação navega pelo chip. Continue a leitura para entender por que os processadores de 7nm representam um grande avanço tecnológico!

O que significa 7nm?

A microarquitetura em 7 nanômetros corresponde à menor distância entre os transistores que conseguimos atingir na fabricação em massa de processadores atualmente. A distância reduzida é o que promove mais rapidez nos cálculos e menor gasto de energia e calor, o que consequentemente leva a um desempenho melhor dos componentes.

Outra característica dos processadores de 7nm é que, com peças cada vez menores, as matrizes também são mais compactas. O resultado é uma boa redução nos custos e o aumento da densidade das CPUs, que cada vez mais conseguirão conter mais núcleos por chip.

A AMD, por exemplo, que segue entre as fabricantes mais atualizadas em relação a esses avanços, já trabalha com servidores de 32 núcleos. A expectativa é que a microarquitetura de 7 nanômetros permita a fabricação de chips com até 64 núcleos.

Por que a fabricação em 7nm é um grande avanço?

A grande sacada da microarquitetura de 7 nanômetros está na maior eficiência energética. A redução no tamanho dos transitores anda lado a lado com o menor gasto de energia, enquanto os resultados nas respostas computacionais seguem cada vez mais rápidos.

A fabricação dos processadores de 7nm também representa um grande salto quando pensamos na fabricação de chips ultravioleta (EUV). Esses componentes requerem a microarquitetura de 5nm ou ainda menos, mas representarão um consumo de até 75% menos energia.

Os avanços vão de encontro a uma grande necessidade da sociedade atualmente: conseguir equilibrar o desenvolvimento tecnológico com a preocupante questão energética. Além disso, quanto menores os transitores, menos a peça aquece e, com isso, o desempenho de processamento flui com mais potência.

Como as grandes marcas estão lidando com essa tecnologia?

Há uma grande expectativa de que a Apple está fabricando processadores de 7nm a partir da série A12, que provavelmente equipará os iPhones lançados a partir de 2019. A Samsung também está envolvida com a microarquitetura de 7 nanômetros desde o início de 2018, assim como a concorrente TSMC.

No entanto, os grandes destaques nesse sentido ficam para a Qualcomm e para a AMD:

Qualcomm

O público mais antenado em tecnologia esperava que a Intel ou a AMD saíssem na frente com os primeiros processadores de 7nm. Apesar de estarem na corrida, a Qualcomm roubou a cena e já tem o primeiro produto com a tecnologia: o Snapdragon 8CX, anunciado ainda em 2018.

O processador foi desenvolvido exclusivamente para notebooks e é o mais potente já fabricado pela marca norte-americana. Como promete a microarquitetura de 7 nanômetros, o componente tem como destaque o baixo consumo de energia — a promessa é que ele gaste até 60% menos bateria do que o Snapdragon 855.

Para completar, o Snapdragon 8CX utiliza uma tecnologia de carregamento rápido e é compatível com os PCs "Aways Connected", com tempo de stand by cerca de 4 a 5 vezes maior do que os computadores vendidos atualmente.

AMD

A AMD segue em segundo lugar na fabricação de processadores de 7nm. A linha Ryzen já é bastante conhecida no mercado e tem modelos com ótima performance em seus chips de 14nm, como o Ryzen 3 2200G, e 12nm, como o Ryzen 5 2600 e o Ryzen 7 2700.

A novidade é que a fabricante já está preparando os modelos Ryzen 3000, que trarão a microarquitetura Zen2 de 7 nanômetros e prometem resultados muito superiores aos dos processadores atuais. Segundo informações divulgadas pela AMD na feira de eletrônicos CES, a linha será lançada ainda em 2019.

As notícias tratam de processadores com 6 até 16 núcleos, incluindo os modelos 3300 e 3600 com médio desempenho, o 3700, para alta performance, e o 3800 (Ryzen 9), para atividades em altíssima velocidade e eficiência.

A linha Ryzen 3000 fará parte da geração Zen2, com um aumento médio de mais de 10% nas instruções por ciclo na microarquitetura de 12nm. A surpresa do público em geral é pelo grande passo da AMD à frente da Intel, uma de suas principais concorrentes.

Intel

A Intel está por último nessa corrida da microarquitetura de 7 nanômetros. A empresa californiana ainda está investindo em processadores com arquitetura de 14nm++, e está enfrentando dificuldades para encontrar fabricantes de seus processadores mais modernos.

Em descompasso em relação às concorrentes Qualcomm, Apple e AMD, a Intel está com lançamento previsto para 2019 do seu processador Cannon Lake. O sucessor direto dos componentes de 14nm ainda contará com transitores de 10nm, enquanto as outras empresas já estão produzindo tecnologias de 7nm.

Além disso, de acordo com os rumores, a Intel trabalhará em uma nova geração dos processadores de 10nm após o lançamento do Cannon Lake. Serão os 10nm+, previstos para 2020.

Gostou da leitura? Como você viu, a microarquitetura de 7 nanômetros traz expectativas muito otimistas para o mercado da computação. Se você está interessando em conhecer mais sobre processadores, se liga nos nossos artigos sobre os melhores processadores AMD Ryzen e os melhores processadores Intel.

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