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Começar um estilo de vida mais saudável pede um olhar atento ao funcionamento corpo - e, claro, ao hábitos que possam ajudar nessa tarefa. É nesse momento que o multivitamínico soa como uma boa opção para repor nutrientes e vitaminas, certo? Afinal, por causa da rotina corrida, a sensação é de que, de fato, não consumimos os nutrientes necessários para manter a saúde em dia.

Além disso, quando se fala em 'projeto saúde', vantagens como fortalecimento dos ossos, prevenção de doenças e até ganho de energia para outras atividades do dia a dia fazem com que um suplemento à base de vitaminas pareça um aliado quase inofensivo. Mas será mesmo que o multivitamínico é bom?

Em um bate-papo com a nutricionista Rita Ribeiro (@rita.ribeiro.nutricionista), nós falamos sobre as vantagens e desvantagens dos multivitamínicos, os maus hábitos alimentares que podem ter conexão com a alta demanda por esse suplemento, e como o multivitamínico pode ser um bom aliado para casos específicos.

Aprenda um pouco mais sobre os multivitamínicos em nosso artigo (Foto: Shutterstock)
"Existem situações em que a suplementação com multivitamínicos é viável e faz sentido, contudo, é preciso avaliar se existe realmente a necessidade ou se é mais por uma questão de conveniência”, destaca Rita.

A mudança nos hábitos alimentares e a influência na suplementação

Os hábitos alimentares mudam com o passar do tempo - até mesmo em sociedades conhecidas por fazer escolhas mais saudáveis no prato, como no Brasil. Prova disso são os resultados encontrados por um levantamento da consultoria Kantar no segundo trimestre de 2021. A pesquisa, feita em sete regiões metropolitanas do país, mostrou que o consumo de batata congelada e empanados cresceu, respectivamente, 6,8 e 5,8 pontos percentuais (pp) em comparação ao mesmo período em 2020.

Dentre as razões para esse resultado, é importante considerar questões econômicas como fator de influência. Afinal, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o preço da cesta básica consome até 65% do salário mínimo atualmente. Assim, com a dificuldade em comprar determinados alimentos saudáveis, muitos procuram uma segunda opção mais barata e, não necessariamente, com o mesmo valor nutricional.

No entanto, graças à rotina agitada do dia a dia, a escolha por alimentos práticos - e, consequentemente, nada saudáveis - já vinha crescendo. Seja pela praticidade dos industrializados ou, por muitas vezes, pela aversão a alimentos como frutas e verduras. E é considerando este cenário que a especialista Rita alerta: utilizar multivitamínicos com a finalidade de corrigir uma alimentação incorreta não é uma atitude interessante.

"Pensando na saúde, caso não exista uma carência nutricional, suplementar com multivitamínicos não vai trazer mais benefícios. Se existir a possibilidade de alterar hábitos alimentares (no sentido de praticar uma alimentação mais rica em fruta e legumes), é esse comportamento que deve ser alterado. Nenhum suplemento ou comprimido substitui uma alimentação correta e equilibrada", explica a nutricionista.

Quando se fala em multivitamínico, para cada caso, uma recomendação

No entanto, é preciso analisar todo o contexto: afinal, quando se fala sobre o uso do multivitamínico, tudo depende do caso específico. A nutricionista lembra que há situações em faz todo sentido suplementar nutrientes e vitaminas. Em geral, alguns grupos têm o uso do multivitamínico recomendado por um tempo.

Por exemplo, mulheres grávidas, determinados pacientes de osteoporose, pessoas com déficit de nutrientes comprovado por análises clínicas, pacientes bariátricos, esportistas em contextos específicos ou pessoas com alguma patologia que comprometa a absorção de nutrientes podem e devem fazer uso do multivitamínico.

Mas não se esqueça de consultar um nutricionista, ok? Rita lembra que é preciso avaliar, junto ao especialista, a real necessidade da reposição desses ativos no organismo.

"Lembrando que qualquer déficit vitamínico ou mineral deve ser avaliado por meio de análises clínicas, acompanhadas por um profissional de saúde (médico e/ou nutricionista), que será responsável por recomendar a melhor conduta", destaca Rita.

Se esse for o seu caso, veja aqui alguns exemplos de produtos com boa indicação para reposição de vitaminas e nutrientes:

Multivitamínico é bom? Vantagens e desvantagens devem ser levadas em conta

O multivitamínico é bom para quem, de fato, precisa da suplementação de vitaminas e nutrientes. Afinal, equilibrar esses níveis no organismo resulta em melhora no humor, ganho de energia, fortalecimento de ossos e até prevenção de doenças. Aqui, só é importante lembrar que, como qualquer outro suplemento, tomá-lo sem indicação/supervisão pode acarretar em possíveis problemas.

"Eventualmente, há risco de sobredosagem, gasto de dinheiro desnecessário, fora a dificuldade num verdadeiro diagnóstico em concreto. Além de que, suplementar altas doses, por exemplo, de antioxidantes, pode ser prejudicial", explica a profissional.

É por isso que, antes de tudo, é importante consultar a opinião do especialista. De acordo com Rita, na maioria das vezes, um maior consumo de fruta e legumes já ajudará a equilibrar os níveis de vitaminas e nutrientes no corpo - se essa for a sua preocupação.

"Quem praticar uma alimentação equilibrada, variada e completa, rica em frutas, legumes, leguminosas, lácteos, carnes e peixes, facilmente obterá os micronutrientes de que necessita. No entanto, para cada caso, há um contexto - por isso, procure a indicação do seu médico", finaliza.

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