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O Motorola One Vision foi anunciado em maio de 2019 com o propósito de se destacar entre os celulares bons para fotos. Para isso, a Motorola investiu em um smartphone com câmera dupla, trazendo sensor principal de 48 megapixels e recursos dignos de celulares avançados, como a tecnologia Quad Pixel e o modo Night Vision.

E a marca não parou por aí: para fazer jus ao segmento intermediário premium, um mercado que está em expansão no Brasil, o One Vision promete agradar até usuários exigentes, com processador eficiente, memória RAM de 4 GB e armazenamento de 128 GB, tudo isso pelo preço inicial de R$ 1.999, que já sofreu redução (confira as melhores ofertas).

Leia também: Os Melhores Celulares Custo-Benefício em 2019

Mas será que o Motorola One Vision é bom mesmo? Vale a pena comprar o celular? Para te ajudar a responder essas questões, nós fizemos testes práticos com o smartphone por 30 dias. O resultado da análise completa você confere nas linhas a seguir.

Motorola One Vision tem tela no padrão 21:9 - Foto: Ana Marques/Buscapé

Prós:

  • Câmera com Modo Noturno (Night Vision) eficiente
  • Estabilização óptica de imagem (OIS)
  • Bom para selfies
  • Formato de tela 21:9 proporciona boa ergonomia
  • Bom desempenho para jogos
  • Design moderno com bordas finas e sem o círculo traseiro para câmera
  • Android One

Contras:

  • Tela IPS (cores menos intensas)
  • Fotos com cores mais puxadas para tons frios
  • Autonomia de bateria poderia ser maior
  • Posicionamento e espessura das bordas do círculo que abriga a câmera frontal

Design

Acabamento premium nas cores bronze e azul

Motorola One Vision na cor azul safira - Foto: Ana Marques/Buscapé


O Motorola One Vision impressiona a um primeiro olhar, e isso se deve bastante à sua construção metálica em vidro 4D. Além de proporcionar um aspecto sofisticado ao smartphone, esse material ajuda na pegada, porque torna todas as extremidades do aparelho curvas, de fácil encaixe nas mãos. O aparelho está disponível nas cores azul safira e bronze.

Contra riscos acidentais, a Motorola empregou a proteção Gorilla Glass. A caixa acompanha ainda uma capa transparente para o smartphone, o que serve como uma proteção extra.

Caixa do Motorola One Vision acompanha capa transparente - Foto: Ana Marques/Buscapé

O leitor de digitais do Motorola One Vision fica na traseira, o que acaba não sendo tão prático para quem costuma desbloquear o celular muitas vezes enquanto o aparelho está sob uma superfície ou em algum suporte. No entanto, é possível habilitar o reconhecimento facial, também presente na linha Moto G7. Vale ressaltar que ele não é tão seguro quanto o Face ID do iPhone, que faz um mapeamento 3D do rosto do usuário.

Entrada P2 para fones de ouvido (esq.) e saída de áudio e porta USB-C do Motorola One Vision (dir.) - Foto: Ana Marques/Buscapé

Na parte superior do aparelho, encontra-se a saída para fones de ouvido no padrão 3,5 mm (P2). Esse posicionamento é interessante para quem costuma apoiar o celular em alguma superfície de contato enquanto usa o smartphone na vertical. A saída de áudio do aparelho fica na parte de baixo, junto à porta USB-C, e entrega volume relativamente alto, o que também contribui para a imersão em games ou outros conteúdos audiovisuais.

Tela

Display “de cinema” no padrão 21:9 ajuda na ergonomia, mas é só isso

O One Vision é mais estreito do que os demais telefones da Motorola – devido à tela no formato 21:9 (“cinematográfica”, segundo a marca), e traz bordas finas, o que também contribui para quem gosta de usar o aparelho com apenas uma mão. E por falar no display, suas 6,3 polegadas deverão agradar à maioria dos usuários que gostam de consumir séries e jogos no smartphone. A resolução Full HD+ garante imagens nítidas, com alto nível de detalhes.

“Furo” na tela que abriga câmera frontal do Motorola One Vision - Foto: Ana Marques/Buscapé

O recorte da câmera no lado superior esquerdo, porém, causou um pouco de estranhamento inicial. Esse entalhe em formato circular tem bordas bem grossas e por algumas vezes se confundiu com um círculo para avatar do Twitter e Instagram, que tradicionalmente ocupam a mesma posição na tela. No Galaxy S10, por exemplo, o recorte fica do lado direito, o que acaba evitando esse problema.

Quanto à tecnologia utilizada, a Motorola apostou na IPS LCD, que é menos econômica e tem cores menos vivas do que as imagens em telas Super AMOLED (como a do Galaxy A50, concorrente fabricado pela Samsung). Eu, como grande fã dos contrastes mais intensos, fiquei um pouco decepcionada.

Desempenho

Motorola One Vision é bom para jogos

O Motorola One Vision traz o processador Exynos 9609, um octa-core de até 2,2 GHz construído em um processo de 10 nanômetros. Esse chip garante boa velocidade para rodar até mesmo aplicativos pesados da Play Store, como o jogo PUBG Mobile e o Harry Potter: Wizards Unite com o recurso de Realidade Aumentada ativado.

O trabalho em multitarefa também teve ótimos resultados. Apesar de já existirem smartphones com 6 GB, 8 GB e até 12 GB de memória RAM no mercado, os 4 GB do One Vision foram o suficiente para um uso sem travamentos ou desligamentos repentinos durante o período desta análise.

Motorola One Vision tem armazenamento de 128 GB - Foto: Ana Marques/Buscapé

Com espaço interno de 128 GB para armazenar fotos, vídeos e outros arquivos, você dificilmente precisará recorrer a um cartão de memória. Ainda assim, caso julgue necessário, esse smartphone Motorola oferece suporte a cartões microSD de até 512 GB.

Câmera

Modo Noturno empolga (ainda mais em um celular intermediário)

A Motorola apostou em uma câmera dupla com sensor principal de 48 megapixels com abertura de lente f/1.7 e um secundário de 5 MP (f/2.2). O sistema conta com a tecnologia Quad Pixel, que combina quatro pixels distintos em um só, aumentando em quatro vezes a taxa de sensibilidade à luz. Isso quer dizer que na prática, suas imagens feitas com o sensor principal traseiro terão 12 MP, e não 48 MP.

Os resultados das fotos tiradas em locais muito escuros ou durante à noite são realmente impressionantes. Com o auxílio do recurso Night Vision (modo noturno da Motorola), o smartphone consegue fazer um tratamento de imagem (que ocorre segundos após a captura) para torná-la mais nítidas e clara. O recurso fica atrás do que é visto em smartphones top de linha, como o Huawei P30 Pro, mas cumpre bem seu papel ao considerarmos o preço e o segmento do One Vision. Ponto para a Motorola!

Foto tirada sem Night Vision (esq.) e com Night Vision (dir.) / repare no detalhe das grades no teto da arena. - Foto: Ana Marques/Buscapé


Foto tirada à noite com a câmera traseira do Motorola One Vision em Modo Night Vision - Foto: Ana Marques/Buscapé


Durante o dia, a câmera traseira faz fotos com bom nível de detalhes, mas as cores deixam um pouco a desejar, puxando para tons frios (nada que um filtro do Instagram não resolva). É bom ficar atento também aos locais muito iluminados, pois há chances da alta sensibilidade à luz causar uma superexposição deixando a foto “estourada”.

Imagem capturada com a câmera traseira do Motorola One Vision, em modo automático, durante a tarde - Foto: Ana Marques/Buscapé
Imagem capturada com a câmera traseira do Motorola One Vision, em modo automático - Foto: Ana Marques/Buscapé

Já o sensor frontal é de 25 MP (f/2.0), também com a tecnologia Quad Pixel. As selfies tiradas com esse smartphone também apresentam ótima qualidade para o segmento. O Modo Retrato é feito por meio de inteligência artificial e se mostrou bastante preciso considerando que é feito apenas por software (já que não há câmera dupla na frente).

Selfies com Modo Retrato feitas com o Motorola One Vision durante à tarde (esq.) e à noite (dir.) - Foto: Ana Marques/Buscapé

E por falar em IA, ela está presente de forma bastante eficiente fazendo sugestões de ajustes para melhorias da cena. A gravação de vídeos é feita em 4K a 30 quadros por segundo, e há estabilização óptica de imagem (OIS), o que contribui para registros sem trepidações.

Os tradicionais recursos para fotos da Motorola, “Cinemagraph”, “Cor em destaque” e “Panorama”, estão presentes no One Vision. Para vídeos, há ainda câmera lenta e time-lapse.

Sistema

Android One promete atualizações mais rápidas e frequentes

No que diz respeito à interface, o Android One não traz tanta diferença em relação ao Android “clean” que a Motorola já traz na linha Moto G. Há poucos aplicativos pré-instalados, mas as Moto Ações (gestos que ativam funções no smartphone) ainda estão presentes no sistema.

A grande vantagem do Android One nesse caso fica por conta das atualizações mais rápidas e frequentes prometidas pelo Google. De acordo com a Motorola, o One Vision tem garantia de update até a versão 11 R do Android – o que, além de longevidade para suportar aplicativos e serviços por mais tempo, também garante maior segurança para o aparelho.

Interface “pura” do Android presente no Motorola One Vision - Foto: Ana Marques/Buscapé

Bateria

Autonomia para uma jornada de trabalho

O Motorola One Vision tem capacidade para até 3.500 mAh de bateria, quantidade que garantiu resistência a uma jornada de trabalho longe das tomadas. Em nossos testes, o smartphone foi retirado da tomada, com 100% de carga, às 16h e descarregou completamente às 13h do dia seguinte.

Durante esse período, foram usados aplicativos de streaming de música (aproximadamente 4 horas), apps de redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter), mensageiros (WhatsApp e Telegram), gerenciador de e-mails e jogos (cerca de 1 hora de jogatina). Considera-se também o período regular de sono (oito horas) no qual o celular trabalha com atividade baixa em segundo plano.

O carregamento rápido é feito por meio da tecnologia TurboPower. Verificamos em nossa análise que o celular conseguiu 15% de carga em apenas 10 minutos junto à tomada. Já para atingir a carga completa (100%), o One Vision demorou cerca de 2 horas.

Ou seja, o Motorola One Vision é aquele celular que vai te dar uma autonomia bacana para um dia comum de trabalho, mas não espere fôlego para um período muito maior que esee. Seu objetivo principal é ficar dois dias longe das tomadas? A Motorola tem uma opção melhor para isso.

Custo-benefício

Vale a pena comprar o Motorola One Vision?

O Motorola One Vision faz bonito quando o quesito é fotografia. O smartphone saiu na frente de concorrentes que testamos aqui, como os Samsung Galaxy A7 (2018) e o Galaxy A9 – modelos que têm mais câmeras traseiras e também se enquadram no segmento de intermediários premium.

Os registros feitos com o celular da Motorola apresentam alta nitidez, apesar de pecarem um pouco em cor (puxando mais para tons frios). Para quem costuma fazer capturas à noite, o Night Vision é certamente um excelente diferencial desse modelo, entregando fotos muito boas e com detalhes.

Se você procura um celular na faixa de R$ 1,5 mil que fotografe bem, o One Vision é certamente uma ótima escolha. Ele também entrega bom desempenho para tarefas exigentes e encaixa bem nas mãos, o que o torna interessante de um ponto de vista ergonômico.

Compare preços

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No entanto, se você ainda não estiver decidido quanto ao seu próximo celular, vale a pena conferir outros smartphones com especificações parecidas, como o Redmi Note 7, da Xiaomi, que tem câmera de 48 megapixels e bateria de 4.000 mAh.

E se o seu negócio é criação de conteúdo em vídeo, vale conferir o mais recente lançamento da Motorola, o One Action, que tem especificações semelhantes às do One Vision, com exceção da câmera, que é tripla e conta com um sensor exclusivo para gravação.

Ficha técnica

Conheça todas as especificações do Motorola One Vision

  • Tela de 6,3 polegadas com formato 21:9 e resolução Full HD+
  • Processador Exynos 9609 octa-core de até 2,2 GHz
  • Memória RAM de 4 GB
  • Armazenamento de 128 GB (microSD de até 512 GB)
  • Câmera dupla traseira com sensor principal de 48 MP com tecnologia Quad Pixel (OIS) e Night Vision
  • Câmera frontal de 25 MP
  • Leitor de impressões digitais
  • Bateria de 3.500 mAh com carregamento rápido -  7 horas com 15 minutos de carga (TurboPower)
  • Cores: azul safira e bronze
  • Android 9 Pie (One Edition)
  • Preço de lançamento: R$ 1.999
  • Data de lançamento: 15 de abril de 2019

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