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Pra muita criança o primeiro contato com a leitura são as histórias em quadrinhos infantis. A literatura, muitas vezes, é apresentada pra esse público através dessas HQs que abordam diversos temas com narrativas super diferentes!

Mas não é porque os quadrinhos infantis são um sucesso que os adultos não tem seu espaço no gênero. As HQs e grafic novels são muito famosas entre o público mais velho e há muitos anos consagra artistas com estilos e narrativas próprias.

Se você é nerd de carteirinha, com certeza já leu alguns quadrinhos, mas se chegou recentemente no mundo das HQs, relaxa que a gente vai dar umas dicas pra você saber por onde começar! Dá um Busca!

Vamos começar com a “santíssima trindade” do Batman:

Batman: Ano Um

Se você nunca leu nada do Batman, conhece o personagem, mas não tão a fundo, sugerimos que comece pela HQ Batman: Ano Um, roteirizada por Frank Miller e ilustrada por David Mazzucchelli. Eles foram responsáveis pela repaginação da origem do cavaleiro das trevas, e fizeram isso de forma brilhante.

Em Batman: Ano Um, conhecemos Bruce Wayne mais profundamente. Acompanhamos seu desenvolvimento físico e psicológico até se tornar o vigilante de Gotham City. Para quem vem do cinema, o diretor Christopher Nolan usou esta HQ como inspiração para a construção narrativa de Batman Begins.

A edição lançada pela Panini conta também com mais de 40 páginas de estudo de personagem, roteiro original, esboços e outras coisas que completam a experiência de ler um quadrinho como esse.

Batman: Cavaleiro das Trevas

Escrita pouco antes de Batman: Ano Um, O Cavaleiro das Trevas é uma das mais importantes HQs do Homem Morcego. O roteiro também é de Frank Miller e, desta vez, ele também fica encarregado das ilustrações.

Com cenas marcantes, nós encontramos um Bruce Wayne que volta à ativa como justiceiro, depois de anos parado, e reencontra alguns dos vilões mais icônicos de Gotham City. A ilustrações sombrias dão tom à história, que é bastante pessimista.

A narrativa era tão diferente do que se vinha fazendo, que a HQ ganhou destaque nos principais jornais americanos, transformando-se em um marco para a história dos quadrinhos. O Cavaleiro das Trevas dava início à era obscura das HQs e provava que era possível criar histórias profundas em páginas desenhadas.

Batman - A Piada Mortal

Alan Moore é um roteirista que não brinca em serviço. Quando ele se propôs a contar a história de um dos maiores vilões do quadrinho, o Coringa, ele não poderia ter feito menos do que um trabalho excelente.

Com desenhos de Brian Bolland, Piada Mortal nos mostra como um comediante frustrado pode ser levado a loucura em um mau dia. Prepare-se para entrar em uma história de loucura, que traça uma linha tênue entre o bem e o mal.

A narrativa é muito direta e, ainda assim, consegue dar conta de toda a profundidade do personagem que vem sendo construída conforme suas ações vão acontecendo.

A questão que não quer calar: who watches the Watchmen?

Continuando com a genialidade do roteirista Allan Moore, vamos falar sobre uma das principais HQs que todo Geek deve ter: Watchmen. Pontapé inicial para um universo mais adulto, Watchmen é um marco histórico quando estamos falando de quadrinhos.

Junto com as histórias de Frank Miller, da mesma época (meados dos anos 80), Alan Moore subverteu tudo o que vinha sendo feito nas narrativas de super-heróis, desmistificando a visão de que o formato era exclusivamente para o público infanto-juvenil.

Em Watchmen, os super-heróis são gente como a gente: eles passam por diversos dilemas éticos e psicológicos. Aliás, eles não podem nem ser considerados super-heróis. Uma das questões que permeia toda a história é: Who watches the watchmen? (quem vigia os vigilantes?), que acaba de vez com a dicotomia entre o bem e o mal.

Frank Miller antes da DC Comics: Demolidor - Amor e Guerra

Antes de revolucionar com os personagens mais famosos da DC, o roteirista e ilustrador Frank Miller fazia suas histórias para a Marvel. Ele já mostrava seus dotes revolucionários na série Demolidor, que inclusive foi salva do cancelamento graças à ele!

Demolidor: Amor e Guerra foi a despedida entre Frank Miller e Matt Murdock. Uma despedida em grande estilo! Na HQ, o já queridinho herói de Hell’s Kitchen enfrenta seu maior inimigo: Wilson Fisk.

Conheça o mundo pós-apocalíptico de The Walking Dead

Saindo um pouco do universo dos super-heróis, vamos falar de outra coisa que o mundo nerd se orgulha: zumbis! The Walking Dead nos leva para um mundo pós apocalíptico, onde os mortos se levantam e se alimentam de carne humana.

Tudo aquilo que a gente conhece, principalmente a sociedade de consumo, não existe mais: a meta agora é sobreviver. E é nesse contexto que vamos aprendendo que os vivos podem nos meter mais medo do que os mortos!

A série acabou ficando mais conhecida com a adaptação para a TV, de mesmo nome. The Walking Dead virou um fenômeno, fazendo com que muitas pessoas tivessem contato com os quadrinhos. As mídias são diferentes, claro, mas o roteiro de Robert Kirkman e os desenhos de Tony Moore resultam em cenas tão viscerais quanto o audiovisual pode nos dar!

Absolute Sandman: não dê essa HQ para as crianças!

Quando Neil Gaiman, um dos maiores mestres da fantasia contemporânea, resolve escrever uma história em quadrinhos, o resultado só pode ser espetacular. Assim é Sandman, uma HQ que rompeu com todas as barreiras do gênero e se transformou em uma das séries mais ambiciosas e premiadas da história dos quadrinhos. Mas atenção: é um quadrinho para adultos!

Neil Gaiman nos leva para um mundo de sonhos, controlado por Morfeus, o protagonista de série. Os sonhos, em formato de HQ, foram republicados no Brasil pela Panini, em uma edição totalmente recolorida e cheia de extras: esboço dos personagens, arte desenhada a lápis, roteiro de algumas das histórias e a proposta original da série.

É um prato cheio para quem, além da história, quer ver ilustrações magníficas, consideradas obras de arte.

Aproveite e saiba mais sobre o autor: Neil Gaiman - Conheça os melhores livros do autor de Sandman

Se divirta com Scott Pilgrim - Contra o Mundo

Depois de Sandman, é hora de suavizar as coisas com Scott Pilgrim: uma HQ bem menos ambiciosa, mas ainda assim, muito divertida. O personagem principal é o que dá nome à história, e acompanhamos a sua jornada para derrotar os sete ex-namorados da menina por quem ele se apaixonou.

Além disso, ele ainda tem que lidar com seus próprios relacionamentos do passado, com sua banda de rock, a Sex Bob-Omb e a falta de mobília em sua casa. Nada mal para um garoto de 20 e poucos anos.

A série, escrita pelo canadense Bryan Lee O’Malley conquistou o público e ganhou até uma adaptação cinematográfica em 2010, ajudando a divulgar ainda mais os quadrinhos. Em uma mistura de videogame, música, mangás, pontos turísticos canadenses e cinema, vamos descobrindo a vida adulta de Pilgrim e nos apaixonando cada vez mais pelos personagens que o rodeia.

A luta de gigantes presente em Guerra Civil

O mundo está mudando e agora os super-heróis são obrigados a revelar suas identidades e se registrar no governo para serem supervisionados.

Mas isso não vai passar batido! Alguns super-heróis concordam com a nova lei, outros não! Nesse contexto, temos uma das maiores brigas de titãs do século: Tony Stark (o Homem de Ferro), contra Capitão América! É muito pano pra manga, não é?

Para os fãs do universo compartilhado da Marvel, essa HQ é um deleite! Como tudo o que vem da editora de Stan Lee, a história não fica na superfície. Sempre tem algum embate interessante, que pode ser transposto para a nossa realidade! E nada é preto no branco!

Maus: a realidade passada para o desenho

Se você está procurando uma HQ divertida, cheia de lutas, brigas e ação, fuja de Maus - A História de Um So! Art Spielgeman usa os desenhos para conta a história de seu próprio pai: um judeu polonês sobrevivente de Auschwitz.

Só por aí já dá para notar que de leve essa história não tem nada! Mas escolher o formato de quadrinhos para contar uma história como essa foi uma jogada de mestre de Art. Tão de mestre que foi a primeira HQ a ganhar o Prêmio Pulitzer de literatura.

Uma nova forma de registrar as memórias surgiu com Maus. Ver os nazistas como gatos e os judeus como ratos evidencia a brutalidade do Holocausto e nos faz refletir sobre a existência humana e a banalidade do mal.

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