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Há alguns anos, o leitor de impressão digital no celular chegou como uma maneira mais prática de manter a segurança de suas informações e desbloquear os smartphones. Afinal, posicionar um dos dedos do sensor é bem mais fácil do que desenhar padrões na tela ou digitar senhas numéricas.

Ao longo do tempo, surgiram outras tecnologias biométricas para o mesmo fim, como o leitor de íris e os sistemas de reconhecimento facial. Mesmo assim, os celulares com leitor de digitais são maioria, ainda que também existam modelos que fazem uma combinação entre outras formas de desbloqueio.

A seguir, veja como funciona o leitor de digitais do celular e quais as vantagens e desvantagens desse recurso no desbloqueio de smartphones.

O que é o leitor de impressões digitais

Como já vimos em incontáveis filmes e séries policiais, não existem duas pessoas com a mesma impressão digital, aquelas linhas das pontas do dedos. Cada um apresenta um padrão único, e por isso as impressões digitais são usadas como uma forma de identificação em inúmeros documentos, como RG e passaporte, por exemplo.

E foi por isso que os leitores de digitais chegaram aos smartphones. Padrões e senhas numéricas, mesmo que complexas, podem ser descobertas por observação ou mesmo pelas marcas nas telas.

Com o leitor de digitais, pelo menos em teoria, apenas quem tivesse as digitais reconhecidas poderiam acessar as funções do telefone.

Leitor de digital com sensor óptico foi o primeiro a aparecer nos smartphones

Os primeiros leitores de impressões digitais em celular usavam um sensor óptico, que pode realizar um mapeamento 2D das linhas dos dedos, mais ou menos como em uma fotografia, com maior ou menor resolução.

A vantagem é que essa tecnologia não tem custo muito alto, o que permitiu que os leitores de digitais estivessem presentes até em smartphones básicos. Por outro lado, o leitor de digital com sensor óptico não é difícil de ser enganado, seja com o uso de uma prótese ou até mesmo com uma foto com boa resolução.

Esse tipo de leitor de impressões digitais quase não é mais visto em smartphones, principalmente em modelos intermediários ou avançados. Mas ainda pode ser encontrado em aparelhos mais antigos ou celulares da categoria de entrada.

Leitor de digital com sensor capacitivo

Como uma maneira de resolver a questão da segurança, os smartphones passaram a usar o leitor de impressão digital com sensor capacitivo. Seu princípio de funcionamento é o mesmo, ou seja, reconhecimento dos padrões das digitais.

Mas a leitura é mais evoluída, já que utiliza pequenos capacitores elétricos no mapeamento das impressões digitais. No momento da identificação, os dedos completam um circuito elétrico, e por isso ele não pode ser burlado com próteses ou fotos.

Assim, o desbloqueio com leitor de impressão digital com sensor capacitivo ganha pontos na questão da segurança, além de permitir a navegação por gestos de alguns smartphones, como no Moto G6.

O lado negativo é que essa capacidade de leitura fica comprometida quando os dedos estão molhados ou engordurados. É por isso que nessas situações você não consegue desbloquear o aparelho pelo leitor de digitais.

Em diferentes níveis de complexidade, esses são os leitores de digitais vistos na maior parte dos smartphones intermediários e nos modelos topo de linha.

Leitor de digitais com sensor ultrassônico

Essa é a tecnologia mais moderna dos leitores de digitais. Os sensores enviam ondas ultrassônicas que são recebidas pelos dedos e então enviadas de volta a um receptor, que consegue perceber outras variações mais detalhadas e que vão além da parte superficial da pele.

Assim, o leitor de digitais ultrassônico é o que oferece maior segurança e não sofre interferência de sujeira, suor ou água nas pontas dos dedos. Mas por conta de seu custo mais alto, esse tipo de leitor de digitais ainda está presente em poucos smartphones.

Um exemplo de celular com leitor de digital ultrassônico é o Galaxy S10, anunciado em fevereiro de 2019 pela Samsung.

O leitor de digitais é mais seguro?

Em relação ao uso de senhas e padrões desenhadas na tela, o leitor de digitais leva a melhor quando usa o sensor capacitivo, como é o caso da maior parte dos modelos intermediários e avançados, mesmo aqueles que também apostam em outros desbloqueios biométricos, como reconhecimento facial e leitor de íris.

Na comparação com esses sistemas, a segurança sempre vai depender da tecnologia usada em cada um dos sensores. Por exemplo, leitor de digitais capacitivo é mais seguro do que os reconhecimentos faciais que usam um mapeamento 2D feito pela câmera frontal.

Já o reconhecimento facial com mapeamento 3D, como visto no iPhone X e nos modelos seguintes da Apple, vai oferecer maior segurança, já que usa milhares de pontos de referência a mais do que é possível nas impressões digitais. Por enquanto, esses modelos estão entre os poucos que abriram mão do leitor de digitais, e mesmo assim, não sabemos até quando.

A maior quantidade de pontos de referência também torna os sistemas avançados de leitores de íris mais seguros, como é o caso dos Samsung Galaxy S9, S9 Plus e Note 9.

Por isso, seja pela praticidade ou pela segurança, o ideal é combinar autenticação por impressões digitais com outros métodos, biométricos ou não, principalmente em aplicativos e ações que exigem maior segurança, como apps de bancos e pagamento pelo celular, por exemplo.

Além disso, sempre que possível é válido habilitar diferentes formas de desbloqueio do aparelho, para que você possa usar o método mais prático de acordo com o momento.

Veja os preços de alguns celulares com leitor de impressões digitais:

Com informações de Android Authority, The Verge e AndroidPIT

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