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A saga The Witcher foi responsável por deixar a desenvolvedora polonesa CD Projekt Red entre as principais na indústria de jogos. Não poderia ser diferente com o sucesso da franquia e o seu ponto alto, The Witcher 3: Wild Hunt. Até 2020, a empresa já tinha contabilizado 28 milhões de cópias vendidas só de título. Sem contar o sucesso do famoso - e criticado - Cyberpunk 2077 no final de 2020. Como o jogo já está no mercado há mais de cinco anos, seus preços estão bastante convidativos quando comparados com os lançamentos.

O game, que foi lançado para PlayStation 4, Xbox One, Stadia e PC, chegou mais tarde para o Nintendo Switch. Mas tem uma boa notícia para os  proprietários do console da Nintendo: desde 28 de janeiro de 2021 é possível adquirir na Nintendo eShop (loja virtual da Nintendo) o jogo e as expansões individualmente. Antes, o título estava disponível para compra apenas com o conteúdo adicional no pacote. Também foi anunciado pela empresa uma versão melhorada para PS5, Xbox Series X e PC em 2021.

The Witcher 3: Wild Hunt vale a pena?

A pergunta que fica é: mesmo depois de cinco anos do lançamento de The Witcher 3: Wild Hunt, vale a pena jogar o jogo? A resposta é simples: Sim! The Witcher é um clássico e para muitos o melhor jogo de sua geração de consoles. Isso ficou eternizado pelos três prêmios que venceu no The Game Awards Shows, importante premiação da indústria de videogames.  O jogo levou o prêmio de "Jogo Mais Aguardado" em 2014 e de "Melhor RPG" e "Jogo do Ano", o mais importante do evento, em 2015.

The Witcher é um bom exemplo de como reunir elementos de estilos diferentes de jogos em um. Ao mesmo tempo em que é um RPG, com sua complexidade para construir itens e armas, é um jogo de mundo aberto com muitas possibilidades de exploração. Há até mesmo um jogo de cartas dentro do jogo. Gwent é um minigame bastante divertido que rende várias missões secundárias para conseguir novas cartas.

Narrativa bem apresentada e personagens carismáticos

A saga de The Witcher é inspirada nos livros de fantasia do autor polônes Andrzej Sapkowski e conta a história do bruxo Geralt de Rivia. A história do jogo se passa depois dos acontecimentos dos livros. Portanto, não se trata de uma adaptação, mas sim de uma história nova criada pelo estúdio que pega como base o que já aconteceu nos textos originais do autor.

Antes de falar diretamente sobre o enredo de The Witcher 3, é bom recapitular o que acontece nos dois primeiros jogos da franquia e também lembrar que daqui para frente terá muito spoiler. Caso não queira receber detalhes indesejados da história, pule direto para o próximo tópico sobre a jogabilidade.

Mitologia e enredo dos jogos de The Witcher

A história se passa em um mundo fantasioso dividido entre os reinos do norte (Temeria, Redenia, Aedirn e Kaedwen) e o império de Nilfgaard ao sul. Nesse universo de fantasia, vivem criaturas como anões, elfos, grifos, humanos e os bruxos.

The Witcher tem a sua própria mitologia (Divulgação/CD Projekt)

Os bruxos são humanos que sofreram mutações para ter mais força e reflexos mais ágeis. Eles também conseguem usar os "sinais", que são magias básicas que ajudam na hora da batalha. Nessa sociedade repleta de feitiços e monstros, o papel dos bruxos é o de caçador e matador de monstros, e eles são contratados por reis e lordes para fazer o serviço sujo.

Devido às suas mutações, os bruxos não são bem vistos na sociedade. Geralt tem habilidades únicas entre os bruxos e a trilogia começa em The Witcher com o protagonista tentando recobrar suas memórias depois de um episódio de amnésia. Aos poucos ele vai se lembrando de eventos e pessoas do passado, como a Triss Merigold, feiticeira que faz par romântico com o protagonista e aparece nos outros jogos da franquia.

A saga leva Geralt atrás dos segredos sobre as mutações realizadas nos bruxos que foram capturados por uma organização chamada Salamandra. Conforme o enredo avança, você descobre que é Jacques de Aldersberg, grão mestre da Order of Flaming Roses, que está por trás da Salamandra e roubou os segredos a fim de criar mutantes para seu exército.

Geralt derrota Jacques de Aldersberg e acaba por salvar a vida do rei. Em The Witcher 2: Assassins of Kings, Geralt é acusado injustamente de matar o rei da Temeria e a sua missão é achar o verdadeiro assassino. A história se passa logo depois os acontecimentos do primeiro jogo e existem diferentes linhas narrativas dependendo das escolhas do jogador.

O fato que não muda é que, no fim, Geralt acaba conhecendo um complô para o assassinato de mais reis do Norte. Letho (personagem presente em The Witcher 3: Wild Hunt) é um outro bruxo e o verdadeiro responsável pelo assassinato do qual Geralt saiu culpado. No fim, Geralt descobre que era o imperador de Nilfgaard que estava encomendando a morte dos reis do Norte para desestruturar a região e forçar novas invasões.

Geralt em The Witcher 3(Divulgação/CD Projekt)

Já em The Witcher 3: Wild Hunt aparecem duas personagens importantes: Ciri e Yen. Yennefer de Vengerberg é o verdadeiro amor de Geralt, apesar da relação do bruxo com Triss, desde o primeiro livro da saga, mas aparece pela primeira vez no terceiro jogo.

O romance dos dois tem altos e baixos, assim como nos livros. Ciri é uma personagem fundamental no terceiro game da saga. Cirilla Fiona Elen Riannon é princesa do reino de Cintra. Geralt tira uma maldição do pai de Ciri e ela acaba se tornando filha adotiva do bruxo depois que o reino de Cintra é destruído por uma invasão. Esse acontecimento é demonstrado na série da Netflix, que é baseada nos livros originais.

Ciri não passou por mutações, mas recebeu treinamento para bruxos e para feiticeiros, aplicados por Geralt e Yennefer. Em The Witcher 3, Ciri é perseguida por uma ordem chamada Wild Hunt (Caçada Selvagem, em português), que dá título ao game. Wild Hunt é um grupo de espectros poderoso que causam terror em todos e raptam pessoas para se juntar a ordem.

Eles estão perseguindo Ciri e, seu objetivo no papel de Geralt é encontrá-la antes dos inimigos, fazendo aliados pelo caminho. A partir daqui, falar mais seria entregar todo o enredo do jogo, portanto, é melhor que você descubra o resto jogando e fazendo suas próprias escolhas para dar andamento à narrativa! Afinal, as decisões de Geralt influenciam o destino do mundo e dos personagens à sua volta.

Ciri é perseguida em The Witcher 3 (Divulgação/ CD Projekt)

Jogabilidade e gameplay bem desenvolvidas

A gameplay é um dos pontos altos do jogo. O jogo se passa em um vasto mundo aberto que oferece uma grande quantidade de missões, muitas delas únicas e que deixam a história do jogo ainda mais interessante. Você vai se deparar com quests em que é preciso dar uma de investigador e solucionar um crime e ir atrás do responsável.

O jogo é um RPG de ação, e isso quer dizer que ao mesmo que tem os elementos de um RPG, as batalhas não são por turnos, mas sim lutas como em um jogo de ação. Geralt carrega duas espadas: uma de prata para monstros e uma de aço para lutar contra humanos. Como um bom RPG, The Witcher 3: Wild Hunt é recheado de itens e diagramas para forjar novos equipamentos, como armaduras, espadas e amuletos.

Combate em The Witcher 3 (Divulgação/ CD Projeckt)

O combate no jogo é bastante dinâmico e a jogabilidade é acessível, progredindo a dificuldade conforme o tempo para que o jogador consiga dominar os comandos. A esquiva é bastante importante e o uso dos ataques com espada combinados com os sinais torna a experiência de combate única. O jogo oferece uma grande quantidade de itens consumíveis tanto para restaurar a vida de Geralt quando para fornecer benefícios temporários.

Uma mecânica interessante do game são os óleos que você pode produzir e passar na espada antes de enfrentar um inimigo. Os óleos são específicos para cada tipo de criatura e geram fraquezas, ajudando Geralt em sua jornada de matador de monstros. Aliás, é no bestiário que você consegue verificar qual óleo é eficaz em cada inimigo e outras informações úteis para derrotar os monstros. O bestiário é um dos seus grandes aliados nessa jornada.

Mas o jogo não tem só elogios

Assim como as críticas que a empresa recebeu com o lançamento de Cyberpunk 2077, a CD Projekt Red lançou The Witcher 3: Wild Hunt com alguns problemas. O jogou apresentou vários bugs e erros nas mecânicas de combate na sua primeira versão.

Com o tempo, foram lançados patches e atualizações para corrigir o problema. Um dos elementos que até hoje não foi totalmente corrigido são os bugs gerados pelo cavalo de Geralt. Como principal meio de transporte pelo imenso mapa, é comum você se prender com ele nas árvores ou outros erros até mesmo engraçados e que geraram diversos memes.

The Witcher 3: Hearts of Stone

Expansão Hearts of Stone (Divulgação/ CD Projekt)

O jogo é longo, mas a história não acaba por aí. No mesmo ano do lançamento do game, 2015, a CD Projekt Red lançou Hearts of Stone, uma história nova que não tem relação direta com a trama principal de The Witcher 3: Wild Hunt. O enredo começa com Geralt aceitando o contrato de Olgierd von Everec, um homem com o poder da imortalidade.

Geralt acaba fazendo um pacto com esse personagem e precisa atender três desejos de Olgierd. O enredo te leva a conhecer a vida desse homem misterioso com uma história bem interessante que vai te deixar confuso pra saber se você gosta ou não dele. Durante a expansão, você ainda encontra Shani, uma médica que aparece no primeiro jogo da trilogia e também uma antiga paquera do bruxo conquistador.

The Witcher 3: Blood and Wine

Expansão Blood and Wine (Divulgação/CD Projekt)

Como se ainda não bastasse as muitas horas de gameplay ofertadas por The Witcher 3: Wild Hunt e Hearts of Stone, a CD Projekt Red lançou em 2016 mais uma expansão para não deixar os fãs sem conteúdo. Blood and Wine se diferencia de Hearts of Stone porque a expansão mais recente acontece depois do final de Wild Hunt, diferente da primeira que é independente da história principal.

A expansão adiciona um novo mapa ao jogo, o reino de Toussaint, e oferece cerca de mais 30 horas de jogo e ainda mais missões secundárias. É como se fosse um jogo inteiro de material extra. O bruxo recebe uma missão de Anna Henrietta, uma condessa, para matar um monstro na nova área. Como o nome da expansão denuncia, boa parte da narrativa gira em torno de um vampiro superior conhecido como Detlaff. O novo ambiente de Toussaint possui um visual requintado e misturado com os elementos fantasiosos e aterrorizantes gerou uma história única para o já completo enredo de The Witcher.

Série na Netflix

The Witcher também virou série no serviço de streaming Netflix. Lançada no final de 2019, a primeira temporada trouxe o ator Henry Cavill (famoso por interpretar Superman nos filmes recentes da DC) no papel de Geralt de Rivia. A série traz novos elementos para o universo de The Witcher.

Ao contrário dos jogos, que possuem história original passada após os eventos dos livros, a série da Netflix é uma adaptação dos textos originais do polonês Andrzej Sapkowski. Os acontecimentos não são exatamente iguais e alguns elementos foram adicionados, como a história de origem da Yennefer de Vengerberg, mas o material de referência utilizado são os livros.

A segunda temporada foi anunciada e tem lançamento previsto ainda para 2021.

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