O que o islamismo significa para os muçulmanos?
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Para quem pouco conhece dos conflitos que assolam o oriente médio desde remotos tempos, a obra, sem dúvida é certeira, dado que monta um panorama para explicar e distinguir os povos, suas condutas, seu passado de conquistas ou perda de territórios, suas políticas, assim como, sobre a base de suas vidas: a religião. Nesse sentido, Lewis conduz o leitor a conhecer o Império Otomano, os motivos de ressentimentos de uma parte significante dos muçulmanos para com o Ocidente, em especial a países como França, Inglaterra e EUA. Rememora também o impacto que a religião tem na vida de tais povos, de maneira que não trata-se de cunhar primeiro uma Nação e dela se desenvolver os campos da ciência, religião e economia como é o caso do EUA, por exemplo. Para tais povos, a religião é a base da Nação, cabendo a Nação se adequar e viver sobre os preceitos religiosos de fé. Se para o Ocidente há divisões e diferenças dentro de um mesmo credo, ali isso não ocorre. A religião islâmica segue tão somente uma conduta, ainda que uma parte menor dela tende a partir para o extremismo. Desta forma, Lewis nos deixa a par de questões ligadas à Terra Santa (Arábia), aos infiéis (todo aquele que não segue o islamismo), às guerras e conflitos, como a do Golfo Pérsico, as alianças soviéticas com o Egito e assim, culmina em uma obra esclarecedora sobre o que tal povo entende por fé e seu ressentimento para com todo os “globalistas e imperialistas”. Ademais, inevitavelmente a obra se encontra desatualizada, mas ainda dispõe de eficácia.
Luciana
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