As maldades extremas de um dos maiores vilões de Shakespeare
Recomendo
William Shakespeare dispensa maiores apresentações, é considerado por muitos o melhor escritor que já existiu, entre eles está o renomado crítico norte-americano Harold Bloom. O maior crítico brasileiro, Otto Maria Carpeaux, o considera o maior dramaturgo e poeta de todos os tempos. Pertencente à fase inicial de Shakespeare, junto com outras, tais como Henrique VI, Ricardo II, A Comédia dos Erros, Titus andronicus , A Megera Domada e Os Dois Cavalheiros de Verona, está longe da perfeição de tragédias posteriores, como Hamlet, Otelo, Macbeth e ReiLear, onde os solilóquios são aprimorados, os personagens escutam a si mesmos, e mudam em virtude de suas reflexões. A peça Ricardo III é muito popular, uma das mais representadas e de efeito mais forte no palco, seu vilão é um dos maiores do autor, mas tem excesso de personagens, fica um pouco difícil de acompanhar, muitas traições , muitas tramas, pressupõe conhecimento de acontecimentos históricos anteriores, narrados em outras peças, como as três partes de Henrique VI, que não li, sendo necessária uma segunda leitura para assimilar melhor o enredo. Por outro lado, como sempre, tem diálogos e falas marcantes, como o solilóquio inicial de Ricardo, a fúria e as pragas da rainha Margaret e a assustadora cena onde os fantasmas dos mortos fazem suas maldições e orações. Enfim , trata-se de uma excelente peça, mesmo não estando entre as melhores do autor, pois sendo de Shakespeare, ou é excelente ou é obra-prima!!
Adaucto
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