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Dialética da Secularização - Sobre Razão e Religião - Ratzinger, Joseph; Habermas, Jurgen - 9788598239828

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788598239828
ISBN-108598239828
TítuloDialética da Secularização - Sobre Razão e Religião
AutorRatzinger, Joseph; Habermas, Jurgen
EditoraIdéias & Letras
GêneroReligiãoCristianismo

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Dialética da Secularização - Sobre Razão e Religião - Ratzinger, Joseph; Habermas, Jurgen - 9788598239828 atualmente é R$ 17,50.

Avaliação dos usuários

4.7

188 avaliações

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Recomendo demais

Recomendo

Super-recomendo! Um livro esclarecedor a luz da filosofia e das mazelas espirituais de uma sociedade muitíssimo doente.

marlon

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Surpreendente!

Recomendo

Preciso começar esse review com uma pequena confissão: esse foi o primeiro trabalho que li do Ratzinger. Após o seu falecimento, no final de 2022, descobri que o papa emérito possuía uma vasta produção teológica e decidi que iria me aventurar nas obras deste teólogo alemão. E, como ponto de partida, decidi começar por esta obra, um debate realizado em 19 de janeiro de 2004 entre Ratzinger e o filósofo alemão Habermas sobre como se dá a relação entre a fé e um mundo secularizado. Enquanto Habermas ressalta a importância de ouvir as religiões em nossa sociedade liberal, com suas contribuições, como forma de garantir a necessária integração política de seus cidadãos Ratzinger defende a necessidade de uma correlacionalidade entre fé e razão para lidar com um mundo marcado por questões como o terrorismo e clonagem. Tal debate nos é entregue em uma edição que surpreende em todos os aspectos, com um formato acessível, boa edição gráfica e excelente acabamento. Por tudo isto, este é um trabalho que vale a pena.

Lucas

• Via Amazon

Secularização, razão e religião

Recomendo

Trata-se de um diálogo de 2004 entre Habermas e Ratzinger, na Academia Católica da Baviera, em Munique. Enquanto Habermas defende que o fundamento da sociedade e do Estado constitucional devem ser a razão prática de um pensamento secular pós-metafísico, Ratzinger sustenta que deve ser o fundamento religioso que limita a ação humana. Habermas reconhece que a razão pode aprender com a religião e vice-versa e que os cidadãos religiosos e seculares devem se respeitar mutuamente em um convívio democrático. Ratzinger se preocupa com a perda de fundamento transcendente em uma era secular e não acredita que a razão prática é suficiente para limitar a ação humana.

Anderson

• Via Amazon

Reflexão atual e para além do simples confronto

Recomendo

O diálogo entre Habermas e Ratzinger deu-se poucos anos depois do 11/09, fato apontado como instaurador de uma nova fase no pensamento de Habermas que, pela primeira vez, passa a incluir os elementos da fé nas suas reflexões. Neste "Dialética da Secularização" a ideia era apontar a origem pré-politica dos estado, do direito e da sociedade contemporâneos, por intermédio da reflexão de teóricos da religião e da racionalidade, sempre vistas como opostas dentro do debate público. A clareza e a sofisticação que o então cardeal Ratzinger e o filósofo Habermas demonstram nos seus textos ajuda a compreender o contexto de crise e aponta caminhos principiológicos para orientar as ações no sentido de se sair dessa situação de oposição entre razão e religião. O texto de Habermas, no geral, segue a tese já esboçada no livro "Fé e saber" no qual delineia o quanto tais elementos, fé e saber, podem ser separados quanto ao seu objeto e telos e, ao mesmo tempo, podem convergir por intermédio de um aprendizado recíproco que tornam a vida humana possível fora dos contextos subjetivos de violência. Se para ele o Estado Constitucional é capaz de justificar racionalmente a si mesmo, o que motiva as pessoas a fazê-lo deve ser situado fora de si, pois no caso de interferência externa no processo de formação democrática colocar tudo a perder e esgotando a fonte pré-política de solidariedade, somente uma motivação 'extra' pode retomar o fio democrático. Essa dimensão extra, que muitos buscam na pura religião, Habermas verá na possibilidade da secularização dos conteúdos religiosos. Por exemplo, a igualdade seria a versão secularizada do fato de que todos os homens foram feito à imagem de Deus e, por isso, além de iguais, são todos também dignos, livres e irmãos (solidariedade) etc. Tais conteúdos são, também, racionais. Se por um lado a Religiao não deve interferir nos assuntos de regulação social, fora da forma já expressa, também a Razão deve reconhecer-se limitada a tratar de elemenos subjetivos-sentimentais tais como solidão, morte e doenças. Assim, a secularização dos conteúdos religiosos se aliaria a uma sacralização de elementos sociais não solucionados pela razão, num processo duplo e complementar de aprendizagem. Por incrível que pareça e, de fato, partam de visões e argumentações distintas, o texto de Ratzinger entrega as mesmas conclusões. Para o então cardeal (hoje um ex-papa), a solução para a crise é reforçar o que ele denomina daquilo que 'mantem o mundo unido'. A existência de um núcleo inviolável de direitos é o que permite o controle político do exercício do poder via direito: um desses elementos nucleares é justamente a liberdade religiosa, mas cujo conteúdo foi sendo esvaziado pela secularização racional desde a reforma e o 'descobrimento' da América. Na sua visão, é esse exílio do pensamento religioso da esfera pública que fez retornar, sob a forma de fanatismo e terrorismo, os conteúdos basilares dessas crenças. Isso porque, a razão também não solucionou todos os problemas da humanidade e, aliás, criou outros, como a possibilidade, inédita na história, de autoaniquilação desde 1942. Logo, se a razão serve para limitar a religião esta deve servir de limite àquela, pois a ciência não é capaz de, por si, pensar fins e valores e a religião não é capaz de sair por si só de se próprio círculo hermenêutico. A contraparte dessa limitação recíproca e da consequente humildade que dela deriva (afinal, tanto a religião quanto a racionalidade só são aceitas por parte da humanidade), é justamente uma 'purificação' também recíproca, balanceando avanços técnicos e sociais com a validação moral de seus conteúdos. Em resumo, razão e religião são opostas e ficarão sempre em dissenso, mas é a manutenção desse dissenso não violento que é possíbilitador da vida. O texto de ambos é sintético e deve ser complementado, tanto por outras leituras quanto por um processo de reflexão. Vale a pena.

Alex

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