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Nos anos 30, Dorothy Vaughan foi a pioneira na NACA (National Advisory Committee for Aeronautics). Como professora de matemática, ela dava aula para sustentar a sua família até que, nos anos 40, se candidatou a um cargo em que acabava com a segregação nas contratações e entrevistas de emprego. Acontece que o que era para ser um avanço, o resultado não foi bom, tudo ficou igual e só aumentou ainda mais a segregação e violência contra os negros. Dorothy tornou-se chefe do setor de computação, e como programadora começou a treinar outras mulheres a operar o Fortran, desenvolvida em 1950, como uma linguagem de programação antiga muito utilizada em sistemas de computação. Mary Jackson era matemática e trabalhava na engenharia de construção de foguetes. Como divulgadora científica, fazia palestras sobre carreira de cientista da NASA em escolas e universidades e sua missão era mostrar às pessoas que as mulheres e negros tinham o mesmo direito nas carreiras como os homens brancos Katherine Johnson era uma mulher negra, morava na Virgínia, viúva com três filhas. Tornou-se muito famosa ao aparecer em jornais de população negra e onde os negros as engrandeciam e perguntavam o porquê de não haver outros cientistas negros no meio. A história se passa no período de 1940 a 1980 e relata a vida de três mulheres matemáticas afro-americanas que trabalharam para a NASA e o sucesso delas que, com coragem e determinação, conseguiram mudar as viagens espaciais americanas. A narrativa é bem lenta, descritiva, reflexiva e com bastante conteúdo histórico. Senti um certo desânimo com a lentidão. Ao mesmo tempo que a história narra a corrida espacial dos EUA vemos também sobre as relações internacionais estabelecidas no período, a segregação e crescimento econômico dos EUA. O livro teve adaptação para o cinema e recebeu três indicações ao Oscar 2017, sendo um deles de melhor filme. “A ideia de que mulheres negras foram recrutadas para trabalhar como matemáticas na instalação da Nasa no sul, durante os dias de segregação, desafia nossas expectativas e muito do que pensamos sobre a História americana.”
Ana
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