Clássicos referência
Recomendo
O Médico e o Monstro: Os livros são a melhor forma de autoanálise. Não precisei frequentar consultórios psicológicos para tratar tudo o que me afligi. Meus psicólogos são os livros. Este livro trata, basicamente, sobre a briga interna entre o bem e o mal. Gosto de uma frase atribuída ao mestre Stephen King: “Monstros são reais e fantasmas também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem”. Muitos são os monstros/demônios internos que precisamos vencer; somente os possuídos por eles podem nomeá-los, citarei alguns: preconceito; ciúmes; inveja; falta de equilíbrio emocional; gula etc. Os livros curam a alma, assim como os remédios o corpo. Já venci alguns dos meus monstros/demônios, restam alguns que vencerei e, morrerei tentando vencer outros. Clássicos, em minha opinião, são aqueles que abalam nossas estruturas e crenças, fazendo-nos pensar a respeito da existência, dão novos rumos e ampliam nossos horizontes na busca incessante por excelência nos âmbitos pessoal e profissional. Portanto, este é indiscutivelmente um clássico. Cinco estrelas, desejoso em dar dez. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Frankenstein: Li livros e assisti a filmes com citações desta belíssima obra, que acabaram por induzir-me a desenhar em minha mente algo totalmente diferente do que li. Imaginava um monstro vagando pela Londres do século XIX; uma narrativa grosseira e direta. Feliz ledo engano. Para se ter uma ideia, Frankenstein é o cientista e o monstro jamais recebeu um nome de batismo. Acreditava que Frankenstein era o monstro. O texto é refinado, a tradução está à altura da grandiosidade da obra; uma narrativa com foco no humano. Obra clássica que levou-me a refletir sobre a nossa existência. E os clássicos sempre deixam importantes lições; relatarei abaixo as que mais saltaram aos meus olhos: Não devo julgar o livro pela capa, ou seja, tratar a outrem bem, independentemente das nossas diferenças ou opiniões. Às vezes nossas atitudes impensadas, destaco as verbalizadas, marcam negativamente e para sempre a história de outrem; especialmente quando partem de quem amamos e respeitamos; Não deixar que o ego supere a razão; Mas a grande lição aqui, a meu ver, é o fato de que não devo dedicar-me tanto a uma determinada tarefa, sonho ou objetivo, a ponto de negligenciar o que me é mais caro, como por exemplo, minha família. Agradou-me os textos da autora a respeito de ciência e religião. Impossível não dar 5 estrelas. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Drácula: Referência; a obra sobre vampiros mais influente da história. Um ótimo suspense/terror. Utilizando-se de diários, cartas e outros meios de comunicação, cronologicamente dispostos, o autor nos envolve com uma história muito bem escrita. Pouquíssimos autores conseguem unir, de forma magistral: profundidade, trazendo reflexões a respeito dos nossos dilemas e dramas; e entretenimento. Os personagens são atrativos. Em poucos livros deparei-me com personagens tão humanos, amáveis e atenciosos. Todo grande clássico de alguma maneira muda a minha forma de enxergar o mundo. O cativante Van Helsing, um dos principais personagens, como um mantra, enfatizou que é preciso ter a mente aberta a fim de avaliar o que quer que esteja em jogo. A convicção a respeito de algo pode toldar a busca pela verdade. Mente aberta, sempre. Quanto mais leio, mas pequeno sinto-me. Entendi, assim que encerrei a leitura, porque este livro ainda faz tanto sucesso. Nota 1.000.
Ernani
• Via Amazon