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Um Obscuro Encanto - Gnose, Gnosticismo e Poesia Moderna - Willer, Claudio - 9788520009468

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788520009468
ISBN-108520009468
TítuloUm Obscuro Encanto - Gnose, Gnosticismo e Poesia Moderna
AutorWiller, Claudio
EditoraCIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
GêneroLiteratura EstrangeiraEnsaios

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Um Obscuro Encanto - Gnose, Gnosticismo e Poesia Moderna - Willer, Claudio - 9788520009468 atualmente é R$ 54,67.

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Tese de doutorado de Claudio Willer: um marco da crítica literária brasileira

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Lançado em 2010, este livro é uma adaptação da tese de doutorado do poeta Claudio Willer, defendida em 2008 na USP. Em relação a tese, conforme o autor na introdução, o livro tem "reduções, pequenos acréscimos e alguma atualização bibliográfica". A tese tem 402 páginas, e o livro, 461. Claro que deve-se levar em conta diferenças de formato e diagramação, mas isso serve pra mostrar que não há uma diferença substancial. Porém, comparando o primeiro capítulo, percebi cortes no livro que julgo importantes, por isso tiro uma estrela. Esses cortes ocorrem em toda tese quando vira livro, mas por ter tido contato antes com a tese e me interessar muito pelo tema, fiquei particularmente um pouco incomodado aqui. A pesquisa de Willer é de extrema relevância, pois lança luz à relações geralmente desprezadas em estudos literários - o autor acertadamente atribui esse desvio ao cientificismo acadêmico. Embora Harold Bloom, um dos maiores críticos literários, trate da relação entre gnosticismo e literatura, ele é quase uma voz solitária. Willer, obviamente, se vale de Bloom ao longo do trabalho, mas não segue seu cânone, nem sua teoria da angústia da influência. É uma abordagem complementar, visto que Bloom geralmente ignora o Simbolismo e o Surrealismo, que aqui são contemplados a contento. E mais importante do que Bloom aqui, é Octavio Paz. A primeira parte do livro serve para dissipar a nuvem que encobre o gnosticismo. Por um lado, objeto de exploração comercial em torno de polêmicas forçadas, por outro combatido pelo conservadorismo católico em voga no Brasil através da crítica filosófica, encabeçada pelo Eric Voegelin (equivocadamente citado no livro como Kurt Voegelin) e popularizada pelo Olavo de Carvalho (não citado), mas compartilhada por setores católicos contrários a ele também, como a mencionada associação cultural Montfort, fundada por um velho desafeto do Olavo. A crítica pode ser legítima, porém ela faz uma leitura do gnosticismo, e não é papel do Willer analisar isso, mas dar a conhecer o gnosticismo, mesmo que sumariamente, pela exposição dele através das fontes; e é o que o autor realiza muito bem. Infelizmente, a maior parte de suas referências nessa área ou não estão disponíveis no mercado brasileiro ou já estão esgotadas há muito tempo, como os livros da Elaine Pagels. Praticamente a única referência ainda acessível é “As Escrituras Gnósticas” do Bentley Layton. Munido dessa ferramenta de conhecimento que passa a ser instrumento de análise, o leitor pode acompanhar o Willer que, na segunda parte, procede então a um exame minucioso de alguns autores que são praticamente inacessíveis via estruturalismo, formalismo etc., como Nerval, Baudelaire e Blake (este, extremamente preterido no Brasil! O maior estudo sobre ele, Fearful Symmetry, um clássico do Northrop Frye, nunca foi traduzido! E seus livros publicados por aqui carecem de aparato crítico – as gravuras então...! portanto o capítulo sobre o Blake e um outro ensaio sobre ele que o Willer publicou em 2015 são contribuições importantíssimas). Comprei recentemente e parecem ser os últimos exemplares (ainda está na primeira edição/impressão), pois a capa veio meio marcada/suja (compreensível e não dá pra perceber bem pela capa ser escura), por isso é bom adquirir logo, antes que seja esquecido e deixem de reeditar. Mesmo que eu tenha ficado meio decepcionado com alguns cortes em relação a tese, ainda assim trata-se de um marco da crítica literária brasileira e que merecia ser traduzido para o inglês e o francês para ter o reconhecimento merecido - não tenho dúvida de que teria uma repercussão expressiva lá fora.

André

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