Mulheres são maioria entre gamers no país, aponta Pesquisa Game Brasil
Pesquisa Game Brasil de 2020 mostra que 73,8% dos brasileiros são gamers e as mulheres representam 58,3% da comunidade.

Os videogames deixaram de ser entretenimento para poucas pessoas há muitos anos. A Pesquisa Game Brasil (PGB) divulgou que, em 2020, 73,8% dos brasileiros consomem jogos eletrônicos em qualquer plataforma. Além disso, o estudo quebra o esteriótipo de que jogos são "coisas de menino" e mostra que a maioria entre gamers no Brasil é feminina.
Para efeito de comparação, em 2019 essa porcentagem de jogadores no país era de 66%. Ou seja, em um ano houve um aumento de 7,1% no número de jogadores por todo o país. Nas linhas a seguir, você confere os principais destaques do estudo e detalhes da divisão dos players no Brasil.
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As mulheres são maioria, sim!
A PGB aponta um fato interessante que se repete desde a edição de 2016 da pesquisa: as mulheres são a maioria entre os gamers brasileiros. Elas representam 53,8% da comunidade e estão cada vez mais presentes, principalmente nos jogos para celular. Com isso, não restam dúvidas que videogames nunca foram somente “coisas de menino”.
Por falar em jogos mobile, os smartphones dominam no quesito plataforma preferida para jogar no Brasil com 86,7% de preferência. Enquanto os computadores mantém um público estável e os consoles perdem bastante lugar por conta do final da geração do PS4 e Xbox One, os celulares ganham cada vez mais espaço.
Hoje, os dispositivos móveis permitem jogar até mesmo títulos mais “hardcore” que fogem do padrão encontrado nas lojas de aplicativos há alguns anos. Free Fire, por exemplo, foi o game para celular mais baixado de 2019 e se tornou um fenômeno em todo o país. O Battle Royale é fácil de jogar, leve e roda sem problemas em qualquer celular.

Gamers casuais vs. hardcores
Por fim, a PGB mostra que os jogadores brasileiros ainda se dividem em dois perfis bastante distintos: o gamer casual e o hardcore. Cada um desses grupos tem características próprias e se relacionam com os jogos de maneira diferente
Os casuais são a maioria de 67,5%. Segundo a pesquisa, eles têm o hábito de jogar, mas menos vezes por semana e por menos tempo. Com maioria feminina, o grupo tem pouco impacto no mercado, visto que também gastam menos dinheiro com videogames.
Já o grupo dos hardcores representa 33,5% dos entrevistados. O sócio-CEO do Sioux Group, responsável pela PGB, explica que “ser um ‘hardcore gamer’ tem mais a ver com a importância dos games na vida do jogador, e não necessariamente está relacionado à quantidade de horas jogadas”. Isso significa que eles não precisam gastar horas por dia jogando, mas que esse tempo nos videogames é muito valioso.
Para o mercado de games, os hardcores são mais relevantes e engajados, pois costumam comprar mais de três jogos por ano. Uma parcela ultrapassa a marca de 10 títulos comprados anualmente. Além disso, eles jogam por mais tempo e com mais frequência.

A Pesquisa Game Brasil 2020 entrevistou 5.830 pessoas nos 26 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, em fevereiro deste ano. O estudo foi realizado pelo Sioux Group em parceria com a Go Gamers, EPSM e Blend New Research.