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A JBL é uma das marcas mais conhecidas quando falamos em equipamentos de áudio. Seus produtos são criados para diversos públicos, mas o JBL Quantum 100 é um headset pensado no público gamer. Com valor acessível no mercado, ele é uma porta de entrada a se considerar, mas não é a única.

Porém, será que é a melhor? Para respondermos a essa pergunta, testamos o headset gamer por três dias, em tarefas como participar de videoconferências, ouvir música e, mais importante, jogando online. Para começar, confira a seguir de forma resumida quais são os principais prós e contras do JBL Quantum 100.

Prós e contras da JBL Quantum 100

Prós

A primeira vantagem do headset JBL Quantum 100 é que ele é um headset acessível. Custando menos que R$ 200, você pode usá-lo no seu videogame (de qualquer marca), smartphone ou PC, caso ele tenha entrada de 3,5mm.

Além disso, o headset gamer vem com microfone removível, que torna ele mais portátil, caso você queira usá-lo para ouvir músicas ou podcasts no caminho para escola ou trabalho. Assim, você deixa o microfone em casa e usa o headset JBL Quantum 100 apenas para ouvir.

Ao chegar em casa, você pode simplesmente colocar o microfone no headset e curtir seus games favoritos com os amigos. Vale ressaltar que o microfone também é bem flexível, sendo mais fácil de deixá-lo em uma posição confortável no rosto.

O microfone também tem boa captação, além de cancelamento de ruído. Em partidas online e em reuniões, barulhos como os do ventilador ou da rua foram totalmente cancelados, ficando apenas o som da minha voz.

Contras

Apesar de ser acessível e funcionar para quem quer jogar sem incomodar quem está em volta ou simplesmente conversar com amigos enquanto joga, o JBL Quantum 100 deixa a desejar em aspectos importantes. O principal contra é o baixo desempenho do próprio fone, que apresenta ruídos caso o usuário aumente o volume para pouco acima da média. Além disso, o som é pouco nítido e qualquer movimento perto dos cabos já causa interferências.

Isso se estende ao som espacial, que, apesar de funcionar, é bem rudimentar. Ou seja, você até consegue entender a direção do barulho em um jogo, mas de forma pouco precisa. Por fim, o acolchoado da cabeça e das orelhas é bem fino, com chance de, em pouco tempo, se desgastar e deixar de existir.

O que vem na caixa?

  • Headset JBL Quantum 100
  • Microfone removível
  • Espuma para microfone
  • Folheto de garantia

Design e construção

Design do JBL Quantum 100 é simples e portátil, permitindo levá-lo a qualquer lugar (Foto: Mosaico)

Por ser um headset acessível, não espere muito floreio do JBL Quantum 100. Isso, inclusive, nem pode ser exigido dele. Na cor preta ou branca, sua construção é simples e em formato de arco, como a maioria dos headsets gamer. Outro detalhe comum aos equipamentos do tipo é o ajuste para cabeça, com uma camada de acolchoamento no topo e também no espaço para as orelhas.

Porém, achei as camadas demasiadamente finas, o que rende desconforto após algumas horas de uso. Também é importante considerar o desgaste natural do material, que, em pouco tempo, pode se desfazer totalmente e se tornar desconfortável.

Acolchoado do JBL Quantum 100 é bem fino, podendo desgastar rapidamente no futuro (Foto: Mosaico)

Por outro lado, o microfone removível é bastante conveniente, especialmente para quem tem a intenção de pegar o JBL Quantum 100 para além dos jogos. Por ser um headset menor, você pode carregá-lo sem problemas em uma mochila e usá-lo para ouvir músicas ou podcasts, tarefas que não exigem que o microfone esteja acoplado, como mencionei anteriormente.

Ainda assim, o fato dele ser mais portátil acaba revelando outro problema: apesar de ocupar o espaço das orelhas, isso acontece por pouco. Como minhas orelhas são pequenas, isso acabou não sendo um problema, mas para quem tem orelhas maiores, o headset gamer pode causar desconforto.

Além disso, o microfone é flexível, permitindo posicioná-lo onde for mais confortável. A caixa também acompanha uma espuma para o microfone, oferecendo mais proteção e filtragem de ruído. A experiência com o microfone, inclusive, foi mais positiva que a do fone em si, como vou mostrar mais adiante.

Microfone removível do JBL Quantum 100 é flexível, permitindo maior conforto na hora de jogar (Foto: Mosaico)

O JBL Quantum 100 também não parece tanto um acessório gamer por conta da falta da iluminação RGB, além do design demasiadamente simplista. Outros headsets gamers da mesma faixa de preço contam com alguma iluminação, mesmo que básica.

Outro fator que me incomodou, mas pode não ser tão incômodo dependendo dos headsets gamers com o qual vocês estão acostumados, é a posição dos controles de volume do headset. Ao invés de ficar no cabo, como o que uso normalmente, eles ficam direto na parte externa do fone, sendo mais difíceis de alcançar e impossíveis de se ver enquanto o produto está em uso.

Os controles no próprio headset podem ser desconfortáveis e difíceis de acessar no meio de uma partida (Foto: Mosaico)

Desempenho do fone

Um headset gamer deve ser capaz de apresentar boa performance tanto no fone quanto no microfone, já que a comunicação é essencial em alguns jogos multiplayer, principalmente nos jogos competitivos. No entanto, os sons transmitidos pelo JBL Quantum 100 não foram os ideais, mesmo que sejam razoáveis. Um detalhe que prova isso é que o headset gamer já começa a apresentar distorção ou ruído ao aumentar o volume um pouco acima da média.

A nitidez também não é um ponto forte do headset, já que, mesmo em volumes medianos, os sons não eram tão claros. Notei também um desequilíbrio entre o som de vozes, músicas e efeitos sonoros, com a primeira ficando bastante em segundo plano, mesmo configurando para que os três elementos de som fossem emitidos em proporção igualitária.

O cancelamento de ruído do fone também não funciona muito bem. Mesmo ruídos externos em baixo volume (como um estalar de dedos) podem ser ouvido pelo fone. Nesse caso, é mais seguro dizer que o headset JBL Quantum 100 abafa os ruídos, ao invés de cancelá-los.

O som espacial está presente, mas, assim como a nitidez, se dá de forma bem rudimentar. O que digo com isso é que, embora dê para perceber a direção de que um tiro ou ataque esteja vindo ao jogar, o direcionamento é um tanto "genérico". Por exemplo, um tiro que vem por trás em uma diagonal direita vai parecer apenas que veio pela direita.

Em reuniões e videoconferências, no entanto, o conjunto se comportou bem e proveu uma experiência satisfatória, me permitindo ouvir e ser ouvido sem problemas.

Por ser um headset gamer de entrada, vale mencionar que o JBL Quantum 100 não possui sistema surround, mas isso é esperado de um fone dessa categoria. Portanto, não retirei pontos dele por conta disso.

Desempenho do microfone

Com boa captação e cancelamento, você consegue ser bem ouvido ao jogar e participar de reuniões online (Foto: Mosaico)

Enquanto tive minhas ressalvas em relação ao baixo desempenho do fone, não posso dizer o mesmo do microfone. Na verdade, foi na performance do microfone que o JBL Quantum 100 se saiu melhor.

Sua captação foi sem erros ou defeitos, tanto em situações calmas como reuniões e videoconferências quanto em partidas agitadas de Fortnite. Em ambas as situações, meus colegas de trabalho e partida puderam me ouvir bem e sem ruído.

Além disso e considerando os efeitos devastadores do verão carioca, foi impossível testar o fone sem estar com um ventilador ligado. Mesmo com um ventilador de teto antigo e um tanto barulhento, fui ouvido sem problemas, sem que o som vazasse nessas duas situações.

Outros ruídos externos como os vindos da rua ou os da própria casa também não passaram pelo filtro antirruído do microfone do JBL Quantum 100, e ele é facilmente o melhor item do conjunto.

Conectividade e compatibilidade

O JBL Quantum 100 se conecta apenas pela entrada de 3,5mm, que felizmente está presente na maioria dos aparelhos atuais (Foto: Mosaico)

Não há muito o que falar sobre a conectividade do JBL Quantum 100. Exclusivamente cabeado, ele pode ser usado em qualquer celular, console, controle ou PC que tenha entrada de 3,5mm. Isso já dá ao headset gamer uma boa compatibilidade, independentemente da marca de que você é fã.

Por outro lado, um problema que tive com os cabos é que, ao menor esbarrão, o som se distorce. Com o desgaste natural, é possível que problemas de mau contato surjam. Isso também significa que, se você for um jogador muito emocionado e que gesticula, pode acabar se atrapalhando com o fone.

Ficha técnica do JBL Quantum 100

Produtos similares

Multilaser Warrior PH219

Esse headset gamer da Multilaser é o que uso no dia a dia. Pertencendo à mesma categoria do JBL Quantum 100, considero este modelo melhor por ter melhor acolchoamento e por conta do fone ser mais nítido. Em contrapartida, o microfone não é removível, nem flexível, embora também tenha bom desempenho.

Além disso, o Multilaser Warrior vem nas cores vermelho e preto, além de contar com uma entrada USB que permite acender o LED da cor vermelha, entrando mais na estética gamer. O fato de ser mais barato que o headset JBL Quantum 100 acaba adicionando mais peso às diferenças entre eles.

HyperX Cloud Stinger

Escolha da nossa assistente Thayná Cruz, que inclusive escreveu um relato sobre o HyperX Cloud Stinger, pertence a uma classe mais intermediária de headset gamer. Compatível com PS4 e PC, ele é um headset gamer leve com entrada P2. Seu microfone também apresenta excelente captação e cancelamento de ruído. Embora também seja fixo, sua estrutura é mais maleável do que o headset anterior.

O fone também vem nas cores preto e vermelho, com o logo da HyperX. Em alguns modelos, como o feito para consoles Xbox, a cor é preto e verde, mais próxima à marca da Microsoft.

JBL Quantum 100: o que achamos dele?

O JBL Quantum 100 é um bom headset de entrada ou um substituto do seu fone principal. Porém, ele não oferece a melhor experiência, servindo como uma opção econômica, mas que, caso esteja com um orçamento melhor, vale investir em um produto mais caro, mas com maior qualidade.

Falta a ele também uma estética mais "gamer", já que sua estrutura e desenho acabam sendo simples demais. Isso seria facilmente resolvido com uma segunda cor ou com iluminação rudimentar, como no modelo Warrior citado. Se o fone tivesse melhor qualidade, seria algo a relevar, já que é o desempenho que conta. Como não é o caso, a falta de um desenho melhor acaba pesando junto. Agora, se você pretende participar de reuniões ou qualquer atividade que exija um bom microfone de headset, o JBL Quantum 100 te atenderá bem.

Considerando tudo o que falamos sobre o modelo até aqui, nossa nota para ele é de 7,5. Para conhecer outros modelos de fone para jogos, confira nossa lista com os melhores headsets gamers!