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Almas Mortas - Gógol, Nikolai - 9788527308106

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788527308106
ISBN-10852730810
TítuloAlmas Mortas
AutorGógol, Nikolai
EditoraPERSPECTIVA
GêneroLiteratura EstrangeiraRomance

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Almas Mortas - Gógol, Nikolai - 9788527308106 atualmente é R$ 99,92.

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Avaliação dos usuários

4.6

594 avaliações

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Excelente caminho para se aventurar na literatura eslava

Recomendo

Dentre as muitas obras que exaltam a Rússia czarista, Almas Mortas é uma ode ao melhor e ao pior do homem russo, em uma obra inacabada, embora surpreendente, que infortunadamente é composta apenas de sua primeira parte, já que as duas partes finais e ausentes foram queimadas pelo escritor próximo a sua morte. Abordando diversos tipos, Gógol mune-se de seu alter ego e de seu herói Tchítchikov para narrar uma inacreditável história acerca da corrupção da época, dos costumes russos, da indiferença do homem e os seus mais diversos vícios em uma primeira parte que buscou demostrar as fraquezas do país, para só depois exalta-la em sua continuidade. Especulador nato, Tchítchikov que a muito frequentou o funcionalismo público e lá fez diversas tramoias, frequentando os interiores do país, encontra na compra de servos mortos, que ainda não foram objeto do recenseamento do ano e portanto, ainda contabilizados como vivos, podendo inclusive serem penhorados, o meio menos usual e moral para o seu enriquecimento, que acabam a leva-lo a uma teia de confusão e contradição por onde passa. Enquanto viaja pelo país, tanto Tchítchikov, como o alter ego de Gógol estão a postos para desanuviar o véu da servidão em um país semifeudal, composta de uma sociedade praticamente rural e burocrata ao expor os mais diversos tipos que nela habita, mas sempre a pontuar o que é e o que poderia ser do país, caso supere os obstáculos para que possa estar ao patamar de grande nação que era. Ainda que satírico e irônico, é evidente o amor do escritor ao país, de modo que Almas Mortas, ainda que muito aborde do sujeito, é uma obra dedicada à Rússia, sendo uma prazeirosa obra do autor. No mais, o livro possui folhas amarelas de qualidade e excelentes prefácio e posfácio.

Luciana

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Adoro literatura russa, mas Gogol é meio cansativo

Recomendo

Comprei a versão digital para ler pelo aplicativo do Kindle no tablet. Isso salvou a leitura porque o autor (ou tradutor) usa palavras bem eruditas e sendo o livro digital é só clicar em cima das palavras que o significado aparece. Mesmo assim a leitura fica meio lenta porque realmente são muitas palavras desconhecidas até pra mim que sempre li bastante, sou da área de humanas e tenho um conhecimento relativamente bom da língua portuguesa.

Cliente

• Via Amazon

O contexto histórico de "Almas Mortas "

Recomendo

O escritor Nikolai Gogol, ainda nas calendas da primeira metade do século XIX publicou o livro “Almas Mortas”. Talvez para um desavisado o título ecoe como um livro de iniciação esotérica, ou de necromancia. Não obstante, o termo “Almas” trazida no título da obra, faz lume a quantos servos existiam dentro de uma determinada propriedade citadina ou rural. No caso em tela, o personagem principal da trama vai em busca destas “Almas Mortas” em uma localidade russa extremamente agrária em que o predomínio local era proporcional ao número de “Almas” ou servos que eram de propriedade do dono do latifúndio. Para entendermos o título e o enredo do livro será imperativo apelarmos a um contexto histórico sobre o que constituía a servidão na Rússia: [...] “Os servos russos não eram escravos no sentido pleno (muito embora a palavra “servo” venha do termo latino para “escravo”). Os donos não podiam matá-los ou vendê-los no estrangeiro. A escravidão absoluta, que existia principalmente para os escravos domésticos, fora abolida por Pedro, o Grande, em 1723. Mas, a partir dos anos 1550, as leis da Moscóvia tinham dado aos proprietários poderes ainda maiores sobre seus camponeses. Um século depois, a servidão plena tornou-se geral nas regiões agrícolas de “terra negra” da Rússia central. Servos eram vinculados aos campos de cultivo e aldeias dos proprietários de terra, castigos severos eram impostos para quem tentasse fugir. Geralmente eram proibidos de casar com alguém de fora da propriedade. Como Tolstói demonstrou, podiam ser comprados e vendidos junto com a terra. Os servos indispensáveis para o cultivo da terra eram mantidos, enquanto os “excedentes” podiam trabalhar para outros. Podiam ser livremente punidos pelos donos —o que incluía castigos corporais. Meninas e mulheres servas com frequência eram estupradas pelos donos. Poucos servos sabiam ler e escrever” Assim sendo, essas “almas” ou servos pertenciam a um senhor que poderia coibir ruinosamente as liberdades individuais de cada uma destas “almas”. A autonomia da vontade era quase inexistente, pois os diplomas legais russos mantinham os servos como se fossem um objeto que poderia ser vendido, transferido e herdado em uma inventário de sucessão. Assim como os negros escravizados e transportados para as Américas que também eram uma propriedade com todos os direitos de sucessão disciplinados pelo ordenamento jurídico. Um aspecto dissonante entre a a escravidão de negros e os servos russos versava na linha demarcatória em que coexistiam. A escravização negra arremessou milhões de cativos em locais insalubres e, muitas vezes, divorciados dos elementos fundamentais de higienização. Deveras, além das jornadas extenuantes de trabalho, havia também a insalubridade das habitações. Neste quesito, a servidão russa trazia em sua conjuntura aspectos peculiares: [...[ “Mas a servidão russa tinha aspectos únicos, que tornavam a Rússia fundamentalmente diferente das sociedades europeias ocidentais. Para começar, não havia uma linha divisória étnica entre patrões e servos. Era tudo a mesma mistura, na maior parte eslava, com qualquer coisa de tártaro e por vezes de alemão. Senhores, senhoras e servos tinham aparência e nomes semelhantes. Servos, vivendo por gerações na mesma terra negra, compartilhando as velhas histórias e a velha música, seguindo a religião ortodoxa com devoção, pareciam, aos olhos de muitos proprietários de terra liberais russos, mais “reais”, mais autenticamente russos do que eles próprios. Para numerosos escritores e intelectuais a Rússia era especialmente amaldiçoada, mas, quando por vezes radicais tentavam “se aproximar” dos servos para fazer amizade, esses camponeses céticos, de mentalidade conservadora, os recebiam com perplexidade ou hostilidade” Os números sobre os servos russos impressiona: “Um censo de 1857, quatro anos antes da libertação dos servos, mostrou que mais de um terço dos russos, cerca de 23 milhões de pessoas, eram servos. Compare-se com os cerca de quatro milhões de escravos negros americanos da época” Para se ter a dimensão da quantidade de servos que poderiam habitar ou pertencer a um único senhor podemos usar a vida do escritor Turguêniev. O escritor Turguêniev nasceu em “berço esplêndido” e jamais precisou dedicar-se ao trabalho penoso. “Podemos imaginar a vastidão das terras de sua mãe pelo número de servos nelas abrigados: quase 5 mil [almas]. Sendo assim, o número de almas que um senhor ou senhora possuía (no caso da mãe de Turguêniev), estava umbilicalmente ligado ao seu “status quo” de poderio financeiro e latifundiário. Muita desta verve entre senhores e servos podem ser vislumbradas no livro do próprio Turguêniev “Pais e Filhos. Sobretudo, pelos comentários ácidos do personagem Bazárov. A libertação deste grande contingente de servos veio nas calendas de 1861 sob as instâncias do czar Alexandre II. Feridas que entre servos e senhores nunca foram definitivamente curadas, pois o advento da Revolução Russa de 1917 trazia em seu bojo muito das velhas magoas Não obstante, antes desta libertação temos o personagem Pavel que encontra uma lacuna no dispositivo legal e passa a adquirir “almas mortas” ou a propriedade de servos mortos que ainda não tinham sido alcançados pelo censo demográfico daquele país. Ele, Pavel, percorre grandes extensões rurais daquela vasta região arrazoando com fazendeiros. Como Pavel usará tais títulos de transferência de propriedade de “Almas Mortas” em algo juridicamente válido está na sagacidade cômica de Gogol em nos dizer. BIBLIOGRAFIA: MARR, ANDREW. Uma história do mundo. Intrínseca Edição digital. E-ISBN 978-85-8057-840-9

Dell

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Excelente!

Recomendo

Excelente trabalho da editora 34. Tradução de Rubens Figueiredo, com ótimas notas explicativas ao decorrer do livro. Letra um pouco pequena, mas com um bom espaçamento então não atrapalha a leitura. Optei por essa edição pois fiquei sabendo que é a melhor da atualidade, e tenho que concordar. Quanto ao conteúdo nem preciso falar nada, é um incrível clássico russo

Michele

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