A sociedade no banco dos réus
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Vislumbra-se na aurora de um novo milênio uma miríade exigente e barulhenta que faz uso do vitimísmo social como pseudos argumentações para todas as mazelas que a inventividade humana pode abarcar. Se a natureza do homem é laureada de “bondade” e a sociedade com sua acidez a corrompe, se faz demasiadamente imperativo, em um paradigma orwelliano (“GUERRA É PAZ”) em seus “Dois minutos de Ódio” esquadrinhar e aniquilar esses supostos conspiradores sociais. Em tons monocromáticos, Rousseau abriu os portões do Hades para toda procela que circunda os pensamentos mais radicais. Da “nostalgia” e “paranoica” do Romantismo ao sistema de “reforja” da extinta União Soviética e seus sanguinolentos “expurgos” e “Gulags” buscava-se o inimigo primário do elemento humano. Essa busca de um inimigo que corrompe a sociedade foi a gênese dos charcos de sangue que tingiram o século XX. E, na aurora do século XXI, a busca por esse inimigo ficcional ainda continua com seus rastros de injustiças. Pois, deveras, ao atribuir ao indivíduo “A” ou “B” a culpa do sofrimento impingido, o sujeito, em um ato de iludida defesa, exime-se de qualquer sentimento de culpa e se debruça em um vitimismo sociológico onde o aspecto de culpar a suposta sociedade corrompida é ponto fulcral para qualquer entrevero social. Portanto, debruçamos a pensar neste livro sobre a suposta bondade do homem e, sobejamente, contextualizando com subsídios históricos das quais somos testemunhas em que a suposta bondade e igualdade do homem sempre foi questionada, mesmo em lugares remotos, como exemplarmente nos exorta a Antropologia.
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