ROMPEDOR DE PARADIGMAS
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A obra escrita pelo pensador germânico marxista, Herbert Marcuse, é dividida em três partes. Na primeira, que reputo a mais importante, ele investiga a sociedade industrial como instrumento de controle e repressão. Seguindo, na parte seguinte, apresenta o processo histórico de lógica de dominação, e na terceira oferece soluções aos problemas apresentados. A sociedade industrial absorve o indivíduo e o fez perder a sua natureza personalista. Ele se torna, assim como um parafuso dentro de uma máquina que apenas colabora para o todo, sendo o poder político aquele opera o instrumento industrial, eliminando as reais liberdades do ser. A vida no organismo coletivo impõe necessidades materiais e intelectuais ao indivíduo, que somente podem ser atendidas se você é integrado ao sistema social. Podem ser as necessidades divididas em: necessidades falsas, aquelas impostas ao indivíduo por interesses sociais particulares, e necessidades verídicas, que sintetizadas na sobrevivência biológica. No momento em que o indivíduo tem as suas necessidades satisfeitas pela sociedade industrial, ele pensa que é livre, mas o sistema cria novas necessidades, que precisam, novamente, ser satisfeitas, criando um círculo que não consegue ser desfeito, verdadeiro controle social. Assume importância o controle da sociedade sobre o indivíduo, porque ele se identifica com a existência que ela lhe impõe. É o pensamento unidimensional, na qual o indivíduo concorda com a forma que a sociedade se desenvolve; afinal, os seus desejos materiais são, integralmente, satisfeitos. Os princípios da identidade, da não contradição e do terceiro excluído, integrantes da Lógica Formal, eliminaram a contradição, e criaram um sistema fechado, impedindo a lógica do protesto, do inconformismo, da rebelião. Finalmente, uma sociedade na qual os indivíduos são livres, somente poderá ser atingida por intermédio de uma luta contra o sistema vigente, sendo o proletariado o elemento subjetivo dessa modificação.
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