Mulheres e Cangaço
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Ler este livro me provocou uma intensa ressaca em relação à visão romantizada que eu tinha sobre o cangaço, sem querer entrar nas questões sociais e políticas que contribuíram para esta parte da nossa História extremamente relevante, mas o enredo do livro nos leva justamente a compreender o processo de como as mulheres começaram a se tornar parte do cangaço. Adriana Negreiros em sua narrativa trás alguns pontos bem relevantes dessas mulheres. Neste contexto ela sinaliza que muitas mulheres ainda com seus 11 e 13 anos eram raptadas de suas famílias, sofriam estupro e eram obrigada a conviver maritalmente com os cangaceiros, sem muitas escolhas, pois era viver ou morrer, esse foi um dos pontos que mais me chocou, já que as mulheres eram tidas como objetos posses de seus homens. Outro aspecto salientando em toda a narrativa foi a Vida de Maria da Déa ( Maria Bonita) e da Dadá, já que uma decidiu fugir com o Lampião e a outra que foi raptada, estuprada e posteriormente casada com Corisco. Um livro bem marcante e que nos leva a uma profunda descontrução da visão romantizada que temos deste período
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