PATRIOTISMO
Recomendo
Do começo ao fim do livro, eu só tive uma certeza: Marighella é muito valente. Além de corajoso, otimista, patriota... e poeta. O que mais me deixou reflexiva é o quão recente essa escrita é, mesmo sendo publicada em 2012. Conseguimos fazer várias analogias com atualidade do Brasil após uma polarização de esquerda e direita nas últimas eleições. É irônico notar os comunistas serem chamados de traidores da pátria por defenderam um novo sistema econômico e por lutarem contra um governo autoritário e sanguinário. É irônico, pois os que auto se consideram 'patriotas' são os que rasgam a constituição e clamam por mortes das pessoas da esquerda – perseguida desde sempre. Marighella é um revolucionário a favor da luta armada e ele a defende com unhas e dentes, afinal não existe revolução sem sangues e mortes. Conhecido como "inimigo público número um", o "terrorista" e o homem mais caçado do mundo. Bem, conhecido dessa forma pela direita que sempre tenta distorcer os ideais socialistas/comunistas, como: esquerdistas são contra a família e religião, terroristas e qualquer outra baboseira que inventarem. Marighella foi um revolucionário, lutou a favor e pelo povo. Ele incendiava o mundo se fosse necessário, faria isso se essa medida tão radical trouxesse mais pessoas para lutar ao seu lado pela democracia. Ah, vale ressaltar: Marighella pregava violência somente com quem era conivente com a ditadura e o fascismo. Não espalhe notícias falsas sem antes saber ou consultar. "O governo demonizava Marighella, que retrucou: 'a pecha de assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado, pois significa exatamente a atitude digna do revolucionário que luta à mão armada contra a vergonha e a monstruosidade da atual ditadura militar'".
Heleninha
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