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Morreste-Me - Peixoto, José Luís - 9788583180579

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788583180579
ISBN-108583180571
TítuloMorreste-Me
AutorPeixoto, José Luís
EditoraDublinense

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Morreste-Me - Peixoto, José Luís - 9788583180579 atualmente é R$ 47,41.

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Avaliação dos usuários

4.6

667 avaliações

Exibimos as avaliações mais relevantes da Amazon

poesia do luto

Recomendo

Uma poesia sobre o luto. Peixoto descreve suas sensações,suas memórias, de sua convivência com seu pai de forma poética .

DOMINIQUE

• Via Amazon

Impressionante!

Recomendo

O autor desnuda sua alma, expõe seus sentimentos e nos toca de uma maneira que é impossível continuar sendo a mesma pessoa depois de lê-lo. Recomendo

Guímel

• Via Amazon

Pai, meu pequeno filho.

Recomendo

Meu encanto por esta obra do escritor português José Luís Peixoto teve início no momento que pousei meu olhar sobre o título: Morreste-me! A utilização pronominal do termo é incomum no português falado no Brasil e carrega um significado importante sobre a perda de um ente querido. O processo da morte não se limita apenas àquele que deixa esta vida, uma vez que sempre se morre para alguém, seja um familiar, um amigo, um bichinho de estimação, a humanidade. A percepção provocada pelo título foi o que me guiou durante a leitura da história, que retrata o luto de um filho pelo falecimento do pai. Mesmo que o mundo insista em continuar os seus movimentos - "tudo quer e tenta ser igual, sem ti as pessoas ainda vão para onde iam, ainda seguem as mesmas linhas invisíveis" - aquele filho detém a certeza de que a ordem foi alterada de alguma maneira e de que nada mais será como antes. Morreste-me foi um livro que me despertou um sentimento de muita tristeza por aquela vida que se esvaiu aos poucos. As lembranças que o filho conta dos momentos em que estiveram juntos, o relato dos ensinamentos que recebeu, as realizações que o pai não terá chances de concretizar e o sofrimento provocado pela doença suscitaram um grande pesar em mim. No entanto, a tristeza que eu senti foi confortada por todo afeto, por todo amor daquele filho pelo pai, que viveria constantemente em suas lembranças. "Descansa, pai, dorme pequenino, que levo o teu nome e as tuas certezas e os teus sonhos no espaço dos meus. Descansa, não vou deixar que te aconteça mal. Não se aflija, pai". Embora seja um livro bem curtinho, Morreste-me é de um fervor poético que transborda a cada página e desperta um encantamento ímpar pela língua portuguesa. Terminei a leitura repleta de sentimentos de gratidão e orgulho por ser falante do português e poder apreciar tanta delicadeza, exemplo do que um escritor grandioso consegue criar com nosso belíssimo idioma.

Janaína

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Tributo À Memória De Um Pai

Recomendo

No ano de 1991, quando estava com 17 anos, José Luís Peixoto publicou um poema no Suplemento Juvenil do Diário de Notícias e a boa repercussão incentivou-o a continuar a escrever. Nove anos depois, no mesmo local, ele apresentou o primeiro capítulo de Morreste-me, seu romance de estreia, que pouco depois chegou às livrarias portuguesas numa tiragem de apenas 500 exemplares. O livro não tardou a receber o reconhecimento da crítica e público, entretanto levou inexplicáveis 15 anos para cruzar o Atlântico e ganhar uma edição brasileira. Desde então, O romance também vem conquistando um grande número de admiradores em nosso país, contribuindo para tornar Peixoto mais conhecido entre nós, afinal, ele é um dos principais nomes da literatura lusa contemporânea. Em primeira pessoa e de cunho autobiográfico, a narrativa descreve a dor de um filho diante da doença e da morte do pai, enquanto ele regressa à casa da família, ocasião que lhe desperta inúmeras lembranças. “Regressei hoje a esta terra agora cruel. A nossa terra, pai. E tudo como se continuasse. Diante de mim, as ruas varridas, ‘o sol enegrecido de luz’ a limpar as casas, a branquear a cal; e o tempo entristecido, o tempo parado, o tempo entristecido e muito mais triste do que quando os teus olhos, claros de névoa e maresia distante fresca, engoliam esta luz agora cruel, quando os teus olhos falavam alto e o mundo não queria ser mais que existir. E, no entanto, tudo como se continuasse. O silêncio fluvial, a vida cruel por ser vida.” Morreste-me também é a oportunidade desse filho “eternizar, no papel, a figura de um pai” que não se faz mais presente. Para dar vazão a seus sentimentos, Peixoto emprega uma prosa densa e não linear que se destaca pelas inusitadas associações entre luz e sombra, como o “sol enegrecido pela luz” mencionado no trecho acima. Essa luz convertida em sombra sinaliza o luto que igualmente é tratado como “uma chuva grossa de um inverno negro” que deságua sobre o filho na presença do corpo gélido do pai, “lívido na luz trémula das velas, arranjadinho, penteado com água, vestido com o fato usado no casamento da filha”. Aliás, um “inverno noturno” que distancia uma “felicidade simples e singela” e, indiferente a passagem do tempo, não cede, espalhando-se pela casa desabitada desde a internação paterna. “O pó das horas sem gente a vivê-las cobriu os móveis e o espaço fechado entre eles. As paredes voltaram a separar o inverno nocturno, permanente e o ciclo alternado dos dias e do mundo, alheio a nós, para lá de nós. Comigo, a casa estava mais vazia. O frio entrava e, dentro de mim, solidificava. As várias sombras da sombra de mim, imóveis, passeavam-se de corpo para corpo, porque todos eles, todos meus, eram igualmente negros e frios.” A fragmentação do eu reporta a perda de identidade frente a morte de um ente querido, afinal, quem é esse filho agora sem pai? É preciso tempo para realocar novos espaços para abrigar tamanha ausência, portanto Morreste-me também se debruça sobre a aceitação do luto, uma travessia capaz de cicatrizar feridas e transformá-las numa saudade cerzida pelo poder das palavras: “E não quero e não posso esquecer o que outrora senti do teu olhar. Pai, fiquei no silêncio do inverno que abraçaste. Não há primavera se não imaginar erva fresca das palavras erva fresca ditas por ti; não haverá verão se não imaginar o sol da palavra sol dita por ti; não haverá outono se não imaginar o fundo do esquecimento da palavra morte dita nos teus lábios. Por isso, pai, no ar, o silêncio de ti é sofrer, no tempo que passa, no ar, no tempo que não passa já.” Boa leitura! Nota: Comprei o e-book, recomendo.

Leila

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