a grande escritora
Recomendo
O Ano do Pensamento Mágico & Blue Nights Joan Didion Há 4 anos li Blue Nights, de Joan Didion, e fiquei totalmente comovida, mas algo me estranhava, não sabia o quê. Ora, ele era uma continuação de O Ano do Pensamento Mágico, que eu havia lido no início do século. Os livros são sobre o amor e a morte em uma escrita discreta e nada sobre angústia. Claro, perdas levam à tristeza, ao luto que pode durar 5 meses, 5 anos ou a vida toda. Em o Ano do Pensamento, o casal Joan e o John Dunne, acabam de voltar de uma visita à filha no hospital, onde se recupera de uma pneumonia, sentam-se para jantar e Dunne morre, caindo sobre a mesa. Didion relata seus dias meio aéreos, o espanto em ver a morte a um metro, o acolhimento dos amigos, o luto inesperado e o vazio que sendo preenchido, além da doença da filha até chegar em Blue Nights, as noites azuis, que interpreto como as Noites Tristes. Como se não bastasse, dois anos depois, morre sua filha, Quintana, aos 39 anos, que recuperada da pneumonia e fora do hospital, sofreu logo depois uma queda no aeroporto e não resistiu às consequências do traumatismo craniano. A tristeza é descrita através da memória da filha, e por incrível que pareça Joan não nos faz chorar. Os livros são um comovente retrato do amor, da liberdade, da vida e da morte. Só uma grande escritora é capaz disto.
Glória
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