Ribeiro Fragoso, João Luís; Gouveia, Maria De Fátima
Editora
Civilização Brasileira
Descrição
O menor preço encontrado no Brasil para O Brasil Colonial - Vol.1 - Ribeiro Fragoso, João Luís; Gouveia, Maria De Fátima - 9788520009444 atualmente é R$ 67,42.
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Avaliação dos usuários
4.7
68 avaliações
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Ótimo livro
Recomendo
O livro tem qualidade superior ao que esperava. Cheguei à metade do livro, que trás análises muito boas sobre o período proposto. Apesar de haver um certo viés em algumas análises, isso não tira o mérito da obra. Só ter um pouco de critério na leitura e entender que aquela é a visão do autor, e que há outras visões que também merecem ser consultadas. Só tenho essa resolva.
Paulo
• Via Amazon
bem aprofundado
Recomendo
O livro chegou direito, antes do previsto, eu não cheguei a ler , dei uma olhada bem rápida, achei texto que não foi feito para leigos em historia, mais é uma obra que vale a pena ter.
Henrique
• Via Amazon
Leitura excelente para entender a dinâmica inicial de colonização do Brasil
Recomendo
Esse livro é espetacular. Poucas vezes li livros que mudaram tão dramaticamente meu entendimento sobre um período, com leitura simples e direta, e ao mesmo tempo despertam interesses por temas e campos que nunca tinha considerado antes. Esse livro foca nos primeiros cem anos da colonização do Brasil, momento caracterizado especialmente por ocupação do litoral por feitorias visando extração do pau-brasil e, mais para o final do século, produção de açúcar. Para descrever o período, o livro se vale de diversos autores, cada um focando em um aspecto da colonização portuguesa, que vai do pensamento político que caracterizava a Europa moderna, passando pelo comércio de escravos na costa da África até a relação com os índios no território do Brasil. Para construir essas visões, os autores fazem um estudo amplo e diversos das fontes, sejam materiais, culturais ou administrativas, além de outros trabalhos acadêmicos. Essa abordagem ampla ajuda muito a contextualizar o ambiente cultural e político em que a colonização do Brasil se deu, sempre colocando o debate de um ponto de vista dos atores da época e menos do leitor atual, evitando uma das maiores limitações em tentar interpretar materiais tão removidos da nossa realidade. Apesar de todos os assuntos no livro serem bastante interessantes, chama atenção principalmente os capítulos que discutem os índios nativos. Muitas vezes esquecidos e desprezados inclusive pela historiografia mais “tradicionalista” brasileira, considerado agentes passivos diante da colonização europeia, os trabalhos aqui contidos contestam diversas das teorias mais tradicionais sobre esse grupo social. De um lado, os índios aparecem como protagonistas de todas as empreitadas coloniais de sucesso do período, sendo peças-chave para entender os movimentos das bandeiras e o desenvolvimento econômico das vilas e cidades. Mais que isso, o livro mostra como essa associação com os europeus continha vantagens percebidas pelos próprios membros da sociedade indígena e como essas tribos aliadas a Portugal ganharam papeis de destaque na colônia que se iniciava. Talvez mais do que devido a escravização e doenças europeias, o “sumiço” dos índios dos registros seja uma forte evidência da capacidade de incorporar esses povos na sociedade criada no Brasil, que os índios também influenciaram de forma importante, fazendo pouco sentido em distingui-los de outros súditos do rei português. Do outro lado, nota-se uma grande adaptabilidade da coroa portuguesa em gerir e ocupar um território muito mais amplo e populoso que o seu, se valendo de uma grande dose de pragmatismo e, surpreendentemente, até de uma percepção muito mais contemporânea sobre questões de raças e valores. Nisso, soube explorar as divisões políticas já existentes nos grupos que habitavam o Brasil, usando uma mistura de aliança política, laços familiares, dominação econômica, promoção tecnológica e autonomia administrativa. Essa combinação permitiu consolidar sua ocupação do território, ainda muito contestado no período por potenciais de maior envergadura econômica e populacional como a França.