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O Lulismo em Crise - André Singer - 9788535931150

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788535931150
ISBN-108535931155
TítuloO Lulismo em Crise
AutorAndré Singer
EditoraCompanhia das Letras

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para O Lulismo em Crise - André Singer - 9788535931150 atualmente é R$ 74,99.

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Avaliação dos usuários

4.9

93 avaliações

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Uma excelente narrativa para montar o quebra-cabeças do período Dilma

Recomendo

Considero este livro uma das melhores narrativas político-econômicas estudando o período de Dilma na presidência, de 2011 até o impeachment em 2016. O autor busca demonstrar que inicialmente Dilma tentou “acelerar o reformismo fraco” do lulismo, passando por seus percalços, oposições, tentativas, erros e insucessos, que formam um grande quebra-cabeças para o fracasso do lulismo nesse período, pois não se trata de uma resposta simples. Para tanto, lança-se duas definições do autor: um ensaio desenvolvimentista e um ensaio republicano. Sobre o ensaio desenvolvimentista, tentou-se implantar uma nova matriz econômica, tendo em vista um crescimento sustentável da economia com a reindustrialização nacional, aumento do emprego e renda, para superação da pobreza e do subdesenvolvimento brasileiro através do planejamento e promoção do Estado. Foram adotadas medidas “antiliberais” com o ativismo estatal, como a pressão para redução dos juros e spreads bancários (com uso dos bancos públicos e do BNDES), desonerações fiscais empresariais no setor industrial e setores intensivos de mão-de-obra, ampliação de MEI, investimentos e subsídios para estimular concessões em rodovias e ferrovias porém sem privatizações, reforma nas regras das concessionárias de energia para baratear o preço da eletricidade no setor industrial e com reflexo na conta de luz da população, medidas protecionistas do produto interno como a desvalorização do Real via controle de capitais estrangeiros, maior tributação de importados e programas de compras governamentais privilegiando a produção nacional. Mesmo em 2011, com a segunda fase da crise financeira internacional iniciada em 2008 (provocando queda no crescimento econômico mundial e declínio da taxa de expansão da China, grande parceira comercial do Brasil), a nova matriz financeira trazia uma conduta anticíclica para a crise, numa tentativa de sustentar o crescimento local. O autor não vê como problema o início da experiência, mas a falta de base para sustentá-la, pois estava-se “cutucando onças com varas curtas” (setor financeiro, importadores, empresas internacionais, rentismo) sem o devido apoio popular e mesmo uma conciliação sedimentada com a burguesia industrial. A “queda-de-braço” pública com o setor bancário privado, a mídia (nacional e internacional) de orientação neoliberal atacando o ativismo estatal frente a desaceleração do PIB (acusação de intervencionismo), empreiteiras descontentes com a imposição de uma modicidade tarifária, produtores de álcool descontentes com a baixa competitividade devido medidas governamentais para segurar o preço da gasolina, são exemplos de oposição sofridas pelo governo. Destaca-se o embate entre uma coalizão rentista (capital financeiro e classe média tradicional) e uma coalização produtivista (empresários industriais associados a fração organizada da classe trabalhadora), em que Lula arbitrava entre ambas, com suporte no subproletariado, porém Dilma iniciou privilegiando a coalizão produtivista. Para o fracasso da coalização produtivista, é apontando que os industriais foram progressivamente se afastando com a queda nos lucros durante a crise e com as medidas não tendo o efeito imediato esperado, aderindo a receita neoliberal de redução de custos através da diminuição da proteção trabalhista visando recuperar parte de seus lucros. O Banco Central também retomou o ciclo da alta dos juros, com o discurso da política monetária para segurar a inflação, mas carreando recursos que poderiam ser de investimentos para o rentismo. Faz-se importante também o trecho em que é tratada a encruzilhada de junho de 2013, iniciada com as inquietações de uma esquerda extrapetista, porém logo em seguida com as pautas das manifestações de rua tomadas pela classe média tradicional crítica ao “populismo” do PT, da carga tributária, insatisfeita com a inflação dos serviços, e com o tema da corrupção no governo, após intensa mobilização pelas redes sociais e a mudança no noticiário se tornando simpático as manifestações. Assim, logo militantes de esquerda começaram a ser rechaçados, e pautas conservadoras e antipolíticas dos protestos passaram a dominar as manifestações, iniciando até mesmo o aparecimento de grupos reacionários de extrema direita. Aponta-se a falha ao considerar a ascensão da pobreza para uma classe trabalhadora precarizada como uma “nova classe média”. Em vez de esclarecer que a ascensão era fruto de políticas públicas para as camadas populares, deixou-se a ilusão meritocrática dividir os trabalhadores, desviando seu olhar para a classe média em um ambiente cultural mundial com forte carga de uma socialização capitalista neoliberal. Assim esses novos trabalhadores precarizados passavam a ter as aspirações da classe média tradicional ao invés de uma identificação de solidariedade com o universo das classes populares. Nas manifestações de 2013, engrossavam os protestos a presença de maioria dessa “nova classe média” (trabalhadores precarizados), principalmente jovens com a frustração de que as oportunidades de ensino superior não haviam qualificado para empregos de melhor renda. Grupos neoliberais e conservadores se aproveitaram da oportunidade para moldar e explorar politicamente as insatisfações. Após esses protestos, Dilma promoveu uma virada em seu ensaio desenvolvimentista, e promoveu cortes nos investimentos públicos para satisfazer o mercado financeiro, ao mesmo tempo que tomou medidas para endurecer o combate a corrupção. Apesar das dificuldades enfrentadas, a presidente conseguir manter boa parte de sua base popular até 2014 através da continuidade e ampliação dos programas de integração social, baixo desemprego, valorização dos salários, ampliação das equipes de Saúde da Família e criação do Mais Médicos, construção de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), resultando em melhoria da mobilidade social e redução da miséria (pobreza extrema). Porém, a partir de 2015, com o ajuste recessivo fiscal, queda nos investimentos públicos, correção dos preços administrados causando inflação, e economia em recessão, houve aumento do desemprego (causando novamente a queda de diversos trabalhadores para o subproletariado). A presidente esperava recuperar a “confiança do mercado” para retomar os investimentos, mas perdeu o apoio de grande parte da base popular que a havia reelegido, e sem o apoio do Congresso não conseguiu tomar as medidas para o retorno econômico. Sobre o ensaio republicano, o autor destaca que desde seu primeiro mandato houve por parte de Dilma uma tentativa de “faxina” dos interesses dos partidos clientelistas na máquina do Estado, e que foram retirados Ministérios e cargos importantes de partidos da base aliada suspeitos em casos de corrupção. Vários partidos se retiraram da base governista, e mesmo o PMDB perdeu espaços importantes. Enquanto se desfazia o sistema de alianças do PT, perdia-se apoio parlamentar, e Eduardo Cunha na Câmara unificava as forças parlamentares que o “ensaio republicano” havia descontentado, para se opor aos projetos do governo no Congresso. A partir de 2015, a perda da base de apoio no Congresso, fez Dilma retomar a tentativa de recomposição com o PMDB na reforma ministerial, além de cargos e ministérios para os partidos do “blocão” de Cunha na Câmara, um réves para o ensaio republicano na busca de recompor sua base parlamentar. Cabe uma parte importante sobre a operação Lava-Jato, com ações inovadoras de combate a corrupção com protagonismo do judiciário, alinhada à sua forma de comunicação midiática, mas também seu caráter tendencioso e seletivo para alimentar o antilulismo (livro de antes de serem descobertas as ilegalidades cometidas “em nome da lei” e ser determinada a suspeição do juiz Moro em diversos processos). Por fim, a saga golpista, com a ambígua justificativa jurídica do pedido de impeachment, a articulação e “chantagens” de Cunha também sujeito a cassação, a virada de Temer contra o governo e a formação de uma coalizão golpista, o “acordo nacional” para esfriar a perseguição política e investigações da Lava-Jato, até a votação do impeachment no Congresso.

Leonardo

• Via Amazon

Excelente análise sobre o governo e a queda de Dilma

Recomendo

Se no "Os Sentidos do Lulismo" André Singer se debruçou sobre o nascimento do fenômeno do lulismo, as estratégias econômicas e os arranjos políticos que tornaram viável durante o governo Lula a execução do que classificou como "reformismo fraco" (isto é, combate à desigualdade social via conciliação de classes e sem ruptura institucional), neste "O Lulismo em Crise" ele buscou fechar o ciclo político do lulismo ao estender sua análise até o término melancólico do governo de Dilma Rousseff. Em "O Lulismo em Crise" a tese principal que Singer defende é a de que durante todo o período democrático brasileiro três forças partidárias se mostraram determinantes para o destino político do país, estando cada um destes partidos ligado prioritariamente a uma classe social: partido dos pobres, partido do classe média e partido do interior/clientelista. Uma tese suplementar é a de que havendo alinhamento entre classe e partido, o partido do interior funciona como força pendular que pode se inclinar para a conservação ou para deterioração das instituições democráticas, a depender dos fatores contextuais. O que Singer se propõe a fazer nesta obra e mostrar como tal tese se materializa durante o governo Dilma. Para Singer, Dilma almejava transformar o "reformismo fraco" do Lula em "reformismo forte", mas, para isto, precisou romper com dois dos pilares que permitiram Lula avançar com aquele projeto: a aliança com o setor do capital financeiro/rentismo e com o partido do interior. Para tal empreitada, Dilma lançou mão de duas frentes: na questão econômica apostou num projeto desenvolvimentista que Singer batizou como "ensaio desenvolvimentista": visava costurar uma aliança entre o setor trabalhista, o setor produtivo e o governo; na questão moral/política, fez o "ensaio republicano", simbolizado pela investida do governo contra as relações clientelistas entranhadas na política brasileira. Todavia, o efeito de tais ensaios foi o inesperado abandono do setor produtivo, que se alinhou às pautas do setor especulativo, e a debandada dos "ex-aliados" pertencentes ao partido do interior e o alinhamento destes ao partido da classe média. Devido a este efeito inesperado do plano de ação de Dilma, a partir do segundo mandato, ela engendrou ajustes em seu programa de governo buscando se reconectar com aquela base política perdida, o que resultou em um erro fatal. Tal movimento, além de não ter obtido êxito, foi taxado como um tipo de estelionato eleitoral e provocou um isolando politico ainda maior, o que, no final, ajudou a perpetrar o processo que levou ao impeachment. Devido a clareza e força dos argumentos apresentados, este livro é essencial para se ter uma dimensão precisa do conturbado governo Dilma e do buraco político e econômico que nos encontramos hoje.

Rodrigo

• Via Amazon

Dirigentes petistas leram ou lerão?

Recomendo

Provavelmente não. O André Singer é reconhecidamente um intelectual de esquerda, porém neste livro faz uma análise lúcida, crítica, não condescendente, do período Dilma e do PT nos derradeiros anos até o impeachment. O autor tem uma recaída militante ao abrir um parêntese para falar da Lava-Jato, mas, a bem da verdade, a propagada perseguição política ao PT engendrada através do conluio entre juízes e procuradores parece, com o passar do tempo e das revelações surgidas desde então (pelas mensagens vazadas, por exemplo), cada vez menos absurda. De qualquer modo, fica claro que o partido errou e muito - inclusive no campo moral e da ética, por certo - e precisará agora se reinventar. Para tal, o ponto de partida deve ser entender o que se passou e o que deu errado, porque de outra forma como arrumar algo se nem mesmo se reconhece que há algo de errado a ser arrumado? Nesse sentido, este livro pode ajudar os petistas na tarefa.

R.

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Honestidade intelectual

Recomendo

ANDRÉ Singer é sabidamente militante do PT, mas antes disso ele é filho do inesquecível roteador Paul Singer, dele herdou o bom trato, o rigor acadêmico e o compromisso vital com a honestidade intelectual. Quer entender melhor o governo Dilma e de brinde compreender o sistema partidário, o sistema corruptora secular , os erro graves cometidos pelo PT e Dilma , leia o livro. Se quiser também entender que não temos uma burguesia que tenha um projeto para a nação, leia o livro. Se quiser entender o significado de um partido popular no Brasil, PTB de Vargas, ! MDB de Ulisses, o PT de Luka, leia o livro . Honestidade intestinal faz bem pra saúde

Sidney

• Via Amazon

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