O Sentido Cristão do Sofrimento - Coleção Voz do Papa - Joao Paulo Ii - 9788535619843

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Em agosto de 2022 • Via Amazon

Opinião!

Comprei o conjuntinho rs. Bem barato, bem embalado. Louca para ler.

Em maio de 2022 • Via Amazon

་♱་ Por que sofremos? ་♱་

་ ་ “Salvifici Doloris” é uma carta apostólica dada pelo Papa São João Paulo II no ano de 1984. O assunto? “O sentido cristão do sofrimento humano”.  ་ ་ O documento está disponível na internet, no sítio oficial do Vaticano, mas com a ortografia lusa. Com a grafia brasileira temos no mercado este impresso de capa laranja da Editora Paulinas, em formato 12x18cm. São 72 páginas impressas em papel branco simples, com encadernação do tipo brochura grampeada. É, portanto, uma edição pequena e econômica.  ་ ་ Apesar da brevidade e do formato tão singelo, “Salvifici Doloris” é um texto poderoso para nos ajudar a refletir sobre a existência do mal e do sofrimento no mundo. Trata-se de leitura obrigatória para todos aqueles que lidam com o sofrimento, tanto na vida profissional como na vida pessoal. Em outras palavras, poderíamos dizer: para toda a gente.  ་ ་ Abaixo, transcrevo o sumário e, em seguida, tento dar, em minhas palavras e com minha organização, alguns argumentos centrais da Carta. O resumo não a substitui, apenas quer convidar à sua leitura. ་♱་ SUMÁRIO ་♱་  ་ ་ I. Introdução  ་ ་ II. O mundo do sofrimento humano  ་ ་ III. Em busca da resposta à pergunta sobre o sentido do sofrimento.  ་ ་ IV. Jesus Cristo: o sofrimento vencido pelo amor  ་ ་ V. Participantes do sofrimento de Cristo  ་ ་ VI. O Evangelho do sofrimento  ་ ་ VII. O bom samaritano  ་ ་ VIII. Conclusão ་♱་ SOBRE O SENTIDO CRISTÃO DO SOFRIMENTO HUMANO ་♱་  ་ ་ Nascemos dependentes e de pequeninos aprendemos que a ausência é causa de dor, às vezes de grande dor. A mãe, o pai, aquele ser que amamos se ausenta, e nós choramos. Ele retorna mais tarde, porém fica-nos a primeira certeza de que a falta dói.  ་ ་ Um dia descobrimos que há uma ausência duradoura chamada morte, e que nós mesmos estamos sujeitos a nos ausentarmos nela. A partir daí torna-se inevitável que coloquemos a vida na perspectiva da finitude e, lembrando-nos da ligação entre ausência e dor, passemos a ver o sofrimento como um componente profundo, constitutivo de toda a experiência humana.  ་ ་ O homem sofre. Sofre fisicamente, e sofre também na alma. Essas duas modalidades às vezes andam juntas, às vezes separadas. A ambas sempre acompanha uma terceira — a dor psíquica, a penosa consciência do sofrimento.  ་ ་ E porque experimentamos a dor dentro da história do nosso ser, atravessando-nos de fora a fora, somos também instigados a indagar do SENTIDO do sofrimento.  ་ ་ Dói-me por quê? Sofro para quê? Não dirigimos tais perguntas apenas ao médico e ao psicólogo, mas também (e sobretudo) as formulamos num plano mais amplo de significação: é a Deus que elevamos essa grande interrogação sobre o sofrimento.  ་ ་ A Bíblia apresenta-nos inúmeras imagens do sofrimento humano, e nos sugere sempre a relação entre a dor do homem e a ação divina.  ་ ་ Em Jó começa a formular-se a versão mais difícil da pergunta sobre as razões por trás do sofrimento. Se Deus reconhece que Jó é um servo fiel, por que permite que ele passe por tantas tribulações? Em outras palavras: Por que sofrem os justos? Para que um inocente precisa padecer?  ་ ་ Ainda no Antigo Testamento, nas profecias de Isaías, o esperado messias de Israel assume o lugar desse inocente que sofre o desprezo, a humilhação, os castigos físicos. A dúvida sobre o padecimento dos justos começa a nos guiar rumo ao mistério da salvação.  ་ ་ E é no Evangelho — em Jesus Cristo — que toda essa temática vai realizar-se de forma plena. É em Jesus que Deus responde a Jó, dando seu filho inocente para o sacrifício redentor. É em Jesus que a profecia de Isaías se cumpre, pois Ele é aquele que Israel esperava.  ་ ་ O messias é o Homem-Deus que nasce na pobreza de uma sofrível manjedoura; é o Cristo que passa pelo mundo fazendo o bem aos homens e mulheres que sofrem; é, por fim, o inocente que sofrerá a tortura, a humilhação, o abandono e a cruz.  ་ ་ Com sua morte, Cristo salda por nós a dívida do pecado original, cuja reparação só podia ser feita com a vida de quem fosse verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Com sua morte, Cristo restaura o acesso do ser humano a Deus-Pai e redime a humanidade.  ་ ་ A Cruz é portanto uma dor redentora. Por meio dela, o sofrimento humano é revestido de um significado inédito. Com Cristo a dor do homem foi DIVINIZADA e todos os nossos padecimentos nos tornam PARTICIPANTES da Cruz de Cristo e do seu sacrifício salvífico.  ་ ་ É claro que o calvário foi o sacrifício perfeito, não há necessidade de nenhum outro para garantir-nos a redenção. Nada obstante, a dor continua fazendo parte da vida, e o que o Crucifixo nos oferece é a ABERTURA da paixão de Cristo ao sofrimento do homem.  ་ ་ «Completo na minha carne — diz o apóstolo São Paulo ao explicar o valor salvífico do sofrimento — o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja.» (Salv. Dol., §1)  ་ ་ Que quer isto dizer? Sabemos que, cronologicamente, a crucifixão de Jesus foi um fato completo, com começo, meio e fim. Todavia, no plano existencial do ser humano e do mundo criado, esse sacrifício tornou-se permanente desde então.  ་ ་ A Cruz repete-se e completa-se ao longo de todas as eras que se lhe seguem. Repete-se e completa-se no sacrifício do altar, em toda e cada Santa Missa celebrada, do nascer ao pôr-do-sol, nos quatro cantos do orbe terrestre. Repete-se e completa-se no coração do homem, toda e cada vez que este sente sobre os ombros o peso doloroso de sua própria cruz.  ་ ་ SALVIFICI DOLORIS: Sofrimento que salva, dor que redime o mundo.  ་ ་ Na Cruz vemos o Homem que esteve sempre perto dos sofredores, e nos ensinou a amar o próximo que sofre, como fez o bom samaritano daquela linda parábola.  ་ ་ Na Cruz vemos o Homem que sofreu injustamente, aquele que (doloroso mistério!) clamou a Deus-Pai perguntando: “por que me abandonaste?” — Ele que era verdadeiro homem e verdadeiro Deus!  ་ ་ Na Cruz vemos que a dor tem um sentido sublime, uma dignidade salvadora, e é então que nos lembramos do terceiro dia após a crucifixão.  ་ ་ Cristo ressuscitou, e por seus méritos já não nascemos para morrer: nascemos para não morrer jamais. (Esse é um bonito dizer que ouvi do padre aqui da nossa paróquia.)  ་ ་ Que possamos viver a dor das ausências, e a perspectiva da nossa própria ausência na hora da morte, com os olhos fitos na gloriosa ausência que as mulheres descobriram naquele domingo de Páscoa, contemplando a sepultura vazia de Jesus: “Ressuscitou, não está mais aqui” (Lc 24,6).

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PARA ENTENDER

Um visão cristã do sofrimento à luz da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

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