O menor preço encontrado no Brasil para Os Detetives Selvagens - Bolaño, Roberto - 9788535908749 atualmente é R$ 39,90.
Avaliação dos usuários
4.6
389 avaliações
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Polifonia
Recomendo
Constitui o romance, mas não é sua chave. A chave, creio, está em Garcia Madero e na busca por Cesarea. Lima e Belano são personagens incríveis, e quase inacreditável é o que se diz dele, o que quem diz também diz de si. O romance é um enigma. Os capítulos, partes e entradas no diário são as pistas que se mostram a nós, leitores, sem qualquer indício frívolo. Recomendo.
Artur
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Muito bom.
Recomendo
Muito bom.
Sérgio
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“Que bonito é viver numa democracia”
Recomendo
Campo de experimento dos países capitalistas, terra de usurpações e assassinatos, região de ascensão imperialista com desejos golpistas e área extensa composta de diversos povos das mais variadas e exuberantes culturas, a América Latina é, portanto, um território de ninguém, mas é também terrivelmente nosso. É dos poetas, dos intelectuais, dos que nada tem, dos embriagados, dos que combatem às infinitas ditaturas, dos que sucumbiram a elas, dos sonhadores e dos marginais e essa é uma história sobre eles, sobre o que restou. Dividindo a obra em três partes, no qual a primeira e terceira são um retrato de um diário de um jovem poeta marginal e de suas experiências no México de 1970, que narra desde suas aventuras sexuais, sua obsessão pela métrica linguística, até ao primeiro encontro com aqueles que posteriormente serão os detetives selvagens. Já a segunda parte é composta de inúmeros relatos, que beiram a existência de cerca de 50 personagens que vão por fragmentos nos contando a vida e situações vivenciadas pelos referidos detetives. É, por conseguinte, uma narrativa, que embora límpida, experimental, transfere ao leitor a necessidade de montar o grande quebra-cabeça que é o romance e aceitar a se tornar também um detetive para que possa compreender a busca narrada. Contando, assim, as vidas de dois poetas Arthur Belano e Ulisses Lima e sua grande aventura no deserto de Sorona em busca do 'desaparecimento' da poeta vanguardista Cesárea Tinajero, Bolaño cria um thriller atípico e instigante que tem sobretudo a função não de encontrar precisamente Tinajero e sim, realizar uma busca muito maior: pelo que sobrou, pela pouca esperança, pela bagunça que ficou pós 70, pela fascinante e assustadora ideia de se estar vivo e pelo reencontro com o passado e juventude de cada um, em uma obra que acena com saudosismo para o passado, mas que aceita o exílio do presente. Ao final, uma frase que retrata bem e sintetiza a obra é: “o acaso nos guia, apesar de não termos deixados nada entregue ao acaso." Dito isso, é também uma obra que não vai agradar a todos, ficando a review para quem dela precisar. Quanto a estética, folhas amarelas de qualidade.