Arrependimento de comprar
Não Recomendo
O autor já começa o livro dizendo que não tem muitos motivos para escreve-lo e que ele mesmo não considerava fazer. Dada a decisão esdrúxula da editora e do autor de fazer um livro com uma fonte e formatação gigante só para poder dividir em 3 e cobrar mais por algo que cabia facilmente dentro de apenas um volume, já se percebe quais os maiores motivos da publicação desse livro. Começa que a proposta do livro é até interessante apesar da dificuldade do autor de expressar qual é essa proposta (passa mais tempo explicando quais são as outras maneiras de ler Platão do que a que ele se propõe a fazer), o ponto é que depois disso perde completamente a coesão, o autor apenas dá interpretações de partes do texto platônico sem conexões aparentes, que apesar de serem coerentes com a proposta da "nova maneira de ler Platão" do autor, não têm essas coerências apontadas, ficando interpretações apenas jogadas uma atrás da outra. Mas o que me fez abandonar esse livro já no primeiro Tomo (eu havia comprado os 3) foi um passagem em que o Autor tenta dar uma opinião sobre a tábua de valores de Platão, e nisso se refere à Nietzsche como Hedonista, um autor que tem diversos trechos explícitos contradizendo o Hedonismo. A pessoa que se refere à Nietzsche como hedonista provavelmente leu seus livros de olhos fechados, ou não têm muita capacidade cognitiva, mas o que mais surpreende é isso vir de alguém que tem Doutorado em filosofia. Dito isso, eu faço das palavras de Schopenhauer às minhas: "Livros maus são um veneno intelectual: estragam o espírito. A condição para ler obras boas é não ler obras más, pois a vida é breve, e o tempo e as forças são limitados."
Maicon
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