Poemas africanos
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Lindos poemas, repletos de sentimentos. Não conhecia a escritora, mas já me tornei fã!
Andreia
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ISBN | 9788568846179 |
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ISBN-10 | 8568846173 |
Título | Sangue Negro |
Autor | Noémia De Sousa |
Editora | KAPULANA |
O menor preço encontrado no Brasil para Sangue Negro - Noémia De Sousa - 9788568846179 atualmente é R$ 42,07.
Avaliação dos usuários
4.8
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Poemas africanos
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Lindos poemas, repletos de sentimentos. Não conhecia a escritora, mas já me tornei fã!
Andreia
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Livro Perfeito
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E incrivel como noemia consegue dissertar sobre as vivencias e dores do povo negro com tanta sensibilidade
marina
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Grito em poesia
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Noémia de Sousa é a primeira expressão feminina da poesia moçambicana. “Sangue Negro” é seu único livro, publicado em 2001 com os 46 poemas escritos entre 1948 e 1951. . Noémia publicava seus poemas em jornais moçambicanos no momento mesmo da escrita e, com isso, ajudou a incendiar as consciências da juventude sobre a luta pela libertação. Ela não queria reunir a obra em livro porque acreditava que a força de sua poesia estava mesmo no suporte que passava de mão em mão como um panfleto subversivo que inflamava a revolta nos corações do povo negro. A combatividade aberta e a crítica à política racista do sistema colonial fizeram com que Noémia, mesmo escrevendo sob pseudônimo, fosse degredada pelo governo de Salazar para Lisboa. Não é para menos. No meio de uma ditadura fascista, ela sempre se posicionou contra a opressão. . Tudo sufoca nessa realidade crua. E, não podendo respirar, o grito se torna metáfora concreta. O manifesto é urgente, e o poema não pode ser outra coisa, senão uma convocatória à luta pela liberdade, que só será alcançada sem as amarras da colonização portuguesa e com amor às próprias raízes. A emotividade da poética de Noémia se movimenta entre o ódio, a repulsa, o amor e a esperança. Sua rebeldia e coragem desejam recuperar a dignidade e a humanidade dos irmãos. Por isso tanta exclamação e recusa: “Basta!”. . A canção é uma súplica a que se dê passagem ao povo negro. Uma voz coletiva que ressalta a memória, o ritmo e o léxico de uma ancestralidade comum, sem esquecer jamais que esta história foi roubada pelas atrocidades do sistema escravagista e explorador. Esse lirismo se dirige ainda para fora de Moçambique e dedica versos à baianidade negra defendida por Jorge Amado e homenageia a musicalidade de Billie Holiday. Letras e canções reúnem Áfricas dispersas pela América. Ao negro tudo é negado: a terra, a permanência, a língua, a expressão, a resistência, o ar, o descanso tranquilo na sala de casa... a vida, enfim, que em Maputo, no Morro, em Minneapolis é uma sorte. Tomara que eu não encontre a polícia, tomara que uma bala não me encontre, tomara que eu encontre a liberdade, tomara que o futuro me encontre. Por André Aires “Bates-me e ameaças-me Agora que levantei minha cabeça esclarecida E gritei: “Basta!” (…) Condenas-me à escuridão eterna Agora que minha alma de África se iluminou E descobriu o ludíbrio E gritei, mil vezes gritei: _Basta!”. Armas-me grades e queres crucificar-me Agora que rasguei a venda cor-de-rosa E gritei: “Basta!” Condenas-me à escuridão eterna Agora que minha alma de África se iluminou E descobriu o ludíbrio.. E gritei, mil vezes gritei: _Basta!_ Ò carrasco de olhos tortos, De dentes afiados de antropófago E brutas mãos de orango: Vem com o teu cassetete e tuas ameaças, Fecha-me em tuas grades e crucifixa-me, Traz teus instrumentos de tortura E amputa-me os membros, um a um… Esvazia-me os olhos e condena-me à escuridão eterna… – que eu, mais do que nunca, Dos limos da alma, Me erguerei lúcida, bramindo contra tudo: Basta! Basta! Basta!”
Roberson
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Sangue Negro
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Poesia maravilhosa dessa fantástica poeta Noemia de Sousa. Leitura para quem gosta e também para quem não tem hábito de ler poesia. Incrível.
Cecilia
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