Sergio Y. Vai À América - Porto, Alexandre Vidal - 9788535924213

Livro surpreendente

Não havia lido outros títulos do autor embora o conhecesse de nome. Romance incrível e surpreendente. Literatura de altíssima qualidade e muito contemporânea. Um primor.

Em agosto de 2022 • Via Amazon

Muitas travessias nessa viagem.

Quanto a cidade uma.pessoa se entrelaça a de outra? Nesse livro temos uma mostra do quão emanharadas são as vidas das pessoas em nossas vidas.

Em janeiro de 2022 • Via Amazon

Singela e tocante história sobre a busca da felicidade

Belo e tocante. Pela voz de Armando, um competente e arrogante analista, ficamos conhecendo a história de Sérgio, um jovem de família rica que busca a felicidade e a encontra quando descobre ser transexual. Reproduzindo a história de seu bisavô armênio, Sérgio imigra para os EUA, monta um negócio promissor, submete-se ao processo de mudança de sexo e... tem sua vida prematura e abruptamente interrompida. Armando, que tinha ficado ressentido com a decisão inexplicada do seu paciente em interromper o tratamento, interroga-se sobre seu papel na vida de Sérgio e descobre a importância da humildade e da fé na vida para ser feliz. Com uma narrativa fluida que prende a atenção até o fim, esse breve e cativante romance narra uma história sobre o encontro de gerações pelo testemunho de vidas imigrantes, que cruzam fronteiras e modos de ser em a busca da autorrealização (eudaimonia).

Em maio de 2021 • Via Amazon

Grande potencial, mas que não foi totalmente desenvolvido

Uma narrativa interessante com uma linguagem muito boa de se ler, no entanto, é um tema muito sério e profundo que sinto que não foi explorado do jeito que deveria. Todo o enredo é construído em torno da busca do psiquiatra Armando em compreender o caso de Sérgio Y, e, por se tratar de um narrador de 70 anos e de certa forma leigo na questão da transsexualidade, faz sentido haver alguns preconceitos velados que deveriam se resolver ao longo da leitura. No entanto, sinto que esses preconceitos não foram desconstruidos por completo. Até o final do livro, todas as pessoas (tirando a outra psiquiatra, Cecília), continuaram se referindo a Sandra no masculino, por vezes revezando, mas o masculino nunca chegou a sumir completamente, além da narrativa sempre destacar Sandra e Sérgio como pessoas distintas, alguns termos errados como "identidade sexual" (o certo seria "identidade de gênero", "identidade sexual" nada mais é do q sexualidade, atração sexual, que nada tem a ver com gênero), e também o velho discurso do trans ter "nascido no corpo errado" e por isso ser "naturalmente triste". Narrativas sobre transsexualidade são raras (especialmente no cenário nacional) e por isso a obra tem sua importância, sei que a intenção do autor foi boa, e o livro tinha um grande potencial, porém no processo de desconstruir alguns preconceitos acabou, em vez disso, substituindo-o por outros "mais leves".

Em janeiro de 2021 • Via Amazon