História da Alemanha
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ISBN | 9788535923582 |
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ISBN-10 | 8535923586 |
Título | Tudo o Que Sou |
Autor | Funder, Anna; Funder, Anna |
Editora | COMPANHIA DAS LETRAS |
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História da Alemanha
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Vozes ignoradas
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Assim como ocorreu com diversas outras testemunhas oculares do regime nazista, os personagens de "tudo o que eu sou" (Personagens reais) entenderam o que Hitler queria e para onde caminhava o nazismo. Mas ninguém os ouvia. O mundo todo ignorava as vozes que alertavam. Estas eram chamadas de histéricas, de vozes exageradas, loucas. Ninguém acreditava que pudesse chegar ao ponto que chegou Hitler e asseclas. Da mesmma forma que o Embaixador americano na Alemanha Todd, como descrito no livro "No jardim das feras", e o personagem do livro "O homem que venceu Auschwitz, o grupo que protagoniza a história real do livro tentou alertar o mundo do perigo que Hitler representava. Após fugirem da Alemanha e se refugiarem a maioria deles na Inglaterra, passaram a atuar clandestinamente para que o mundo conhecesse o que Hitler era realmente. Mas não foram ouvidos. E todos pereceram lutando para gritar a quem não queria ouvir que a tragédia se aproximava. A história se repete. Ditadores são denunciados antes mesmo de terem o poder sobre um povo. Mas a maioria tende a achar que os denunciantes são apenas uns exagerados. Na história, Ruth e Toller se alternam para contar sua epopeia. Espionagem, traição, luta, lágrimas. Assassinatos disfarçados de suicídio, nações incrédulas, acreditando nas boas intenções e no bom caráter de Hitler. A história se repete no Brasil de hoje. Não que haverá um genocídio pelas armas. Mas os que enxergam berram e denunciam o que o governo vem fazendo nos últimos doze anos, afundando o país com o objetivo claro de instalar a ditadura branca. E os que podem ouvir respondem, repetindo a história (que afinal é um ciclo interminável): Que exagero. Não é pra tanto. Não é nada disso. Só querem ajudar os pobres e os menos favorecidos. Os que ouvem, ouçam enquanto é tempo. Não é preciso muito para nos tornarmos uma Venezuela. Já percorremos mais da metade do caminho (e a metade mais difícil). E quem sabe, no futuro, eu não seja um dos que contará que tentou avisar?
Valério
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