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O que é RPG? Como surgiu o gênero e como ele funciona nos games? Trata-se de uma sigla, que significa “Role Playing Game”, ou “jogo de interpretação de papéis”. O RPG nasceu nos livros de mesa, onde jogadores se reuniam para aproveitar e viver histórias de fantasia e aventura na imaginação.

Com o tempo, os RPGs evoluíram e também tomaram os videogames. Existem, hoje, diversos títulos de RPG, até alguns que se misturam com outros gêneros, mas a verdade é que existem elementos “fixos”, que definem se determinado título é, ou não, um RPG.

Neste artigo vamos te explicar sobre o surgimento, detalhes, principais jogos que estão disponíveis atualmente e também exemplos de RPGs de mesa mais atuais, que fazem sucesso entre diversos públicos no Brasil e no mundo.

O que é RPG e como ele surgiu?

Como citamos mais acima, RPG é uma sigla para “Role Playing Game”, ou “Jogo de interpretação de papéis”. A frase é bem aplicada, pois neste tipo de game os jogadores interpretam personagens que existem apenas no papel e em suas cabeças, além de imaginar cenários – que podem ser de fantasia medieval, futurista cyberpunk, dias atuais, outra época, entre diversos temas.

Normalmente, um jogo de RPG clássico é jogado com um livro de regras, papéis para que os jogadores anotem características de seus personagens e alguns dados, que servem para testar habilidades ou definir combates. Há RPGs que usam mapas e miniaturas, mas são itens totalmente opcionais, na maioria dos casos.

RPG pode ser jogado com livros, dados e algumas fichas (Divulgação: Shutterstock)

O primeiro RPG de mesa, tradicional, foi o Dungeons and Dragons, que hoje é uma marca extremamente conhecida e ainda atual. Ele surgiu em 1974, criado por Gary Gygax e Dave Arneson. Os dois se inspiraram em obras literárias que já existiam antes, especialmente o mundo de O Senhor dos Anéis, criado por J.R.R. Tolkien. Dungeons and Dragons, ou simplesmente D&D, pegava emprestado criaturas fantásticas como elfos, anões, orcs e outros seres para criar seu cenário.

O sucesso de D&D inspirou vários outros jogos de RPG que vieram depois, mas não só isso. A influência pode ser vista em games que foram lançados pouco tempo depois do lançamento original de D&D, especialmente em jogos como Dragon Quest e Final Fantasy.

Existem diversos RPGs de mesa atualmente. Com regras bem distintas. São chamados de “sistemas”, com cenários variados, ideias diferentes e abordagens para todo tipo de público. Confira alguns exemplos:

Dungeons and Dragons (5º edição Revisada)

Dungeons and Dragons ainda existe e está na sua 5º edição, que originalmente foi lançada em 2014 mas que foi revisada em 2024. Isto quer dizer que suas regras foram revisadas e atualizadas para serem mais modernas, ágeis e abertas para todo tipo de público.

Esta edição também conta com iniciativas digitais que complementam a experiência e expandem a forma de jogar, como D&D Beyond e One D&D, focados em ambientes virtuais, jogos remotos e fichas ou dados online. O foco ainda é em mundos medievais e criaturas fantásticas.

Tormenta 20

Este é um RPG nacional. Inspirado por Dungeons and Dragons, mas extremamente diferente. Ele se passa no mundo de Arton, também medieval e com elementos como deuses, monstros e outras criaturas. Possui regras próprias e vários livros derivados.

Fate

Fate é um sistema de RPG que aposta em ser “genérico”, sem se prender muito a regras e focando-se mais na interpretação de papéis. É um jogo que aposta na liberdade criativa e pode render partidas quase sem limites para os usuários.

Outro clássico e que possui regras mais modernas ou atualizadas. Em Vampiro: A Máscara os jogadores fazem parte de sociedades de vampiros, que precisam viver sem revelar sua existência para a humanidade. Mas, ao mesmo tempo, também precisam se alimentar de sangue dos humanos para sobreviver.

GURPS

GURPS, ou Generic and Universal Role Playing System, é também um sistema de RPG que aposta em regras mais gerais e genéricas, mas, ainda assim, oferece um sistema completo para que qualquer cenário seja adaptado em suas partidas. Foi muito querido no Brasil por muito tempo.

Com o sucesso nas mesas, o RPG logo seria transferido também para os videogames. Conforme a tecnologia avançava, os consoles e computadores da época – décadas de 80 e início dos anos 90 –, começaram a receber alguns títulos que se tornariam grandes lendas do gênero.

Final Fantasy e Dragon Quest não foram os primeiros RPGs, mas são alguns dos mais influentes. Os dois games nasceram por empresas diferentes: a Squaresoft e a Enix, respectivamente. Hoje, curiosamente, as duas formam uma única companhia, a Square Enix, e também dividem a casa sob a mesma marca. Por terem sequências até hoje, são marcas influentes e que ainda são muito comerciais.

Final Fantasy é um dos maiores clássicos dos RPGs nos games (Divulgação: Square Enix)

O que os dois têm em comum com RPGs de mesa são algumas funções da jogabilidade, como pontos de vida para os personagens, cenário de fantasia medieval. No videogame era mais comum não existir uma interpretação de papel em si. Os personagens normalmente já foram criados pelas produtoras do jogo, mas você vive sua história, conversando com outros personagens e vencendo desafios.

Existem RPGs mais modernos que quebram algumas fórmulas clássicas do meio eletrônico e se parecem mais com RPGs de mesa, por exemplo. O sucesso Baldur’s Gate 3, lançado em 2023, é um RPG completo e inspirado em Dungeons & Dragons, com escolha de caminhos de acordo com seus diálogos, fichas de personagens e batalhas em turnos.

Outro sucesso que podemos citar é The Witcher 3, um RPG com maior foco na ação, mas mantendo elementos tradicionais como evolução de personagem, diálogos que podem modificar o avanço da história, tudo de acordo com a interpretação de quem controla o protagonista Geralt de Rivia.

Nos dois exemplos citados também temos missões secundárias, que expandem a narrativa além da história principal e podem complementar a experiência de quem joga, deixando aqueles universos ainda mais imersivos e focados na narrativa.

Além de The Witcher, existem também RPGs que se mesclam com outros gêneros, como o chamado “RPG de ação”. Há quem considere a série Zelda, da Nintendo, como um RPG de ação, por conta de seu cenário de fantasia, elementos de jogabilidade mais focada na exploração e menos na narrativa, além da ausência das batalhas em turnos, algo que é mais tradicional do gênero.

Alguns RPGs famosos

Confira alguns RPGs de videogame que são bem famosos na atualidade.

Final Fantasy

A série Final Fantasy possui diversos jogos em seu catálogo. Normalmente, cada jogo da saga possui história própria, sem ligação com outro. Há aqueles que fazem mais sucesso, como Final Fantasy 7, e ganham spin-offs – é o caso de Crisis Core Final Fantasy 7 Reunion, que conta uma história no passado da série, mostrando as origens do vilão Sephiroth e do herói Zack.

Dragon Quest

Da mesma forma que Final Fantasy, Dragon Quest é outra saga que possui diversos jogos e que não são ligados entre si. Um dos mais recentes é Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive, que narra uma história épica de amizade e com batalhas contra o fim do mundo próximo.

Mass Effect

Mass Effect é uma série de RPG ocidental, focada em ambientação de ficção científica. Os jogadores comandam uma nave e precisam livrar o universo da ameaça dos Reapers, que podem consumir todos os planetas e seus habitantes.

Baldur’s Gate 3

Baldur’s Gate 3 é um dos RPGs mais aclamados dos últimos tempos. O jogo é inspirado em Dungeons & Dragons e usa seus personagens, mundos, regras e cenários para envolver o jogador. É possível recrutar heróis e vilões para seu grupo, para viver aventura épica até salvar o mundo de invasões de mundos paralelos.

Qual é o significado de RPG?

Role Playing Game, uma sigla que, traduzida, significa “Jogo de interpretação de papéis”.

Para que serve RPG?

RPG é um jogo que pode ser aproveitado sozinho ou com amigos.

Existem RPGs chamados “Live”, que são jogados “ao vivo”, sem uso de dados ou livros na mesa, mas com pessoas fantasiadas.

O que é RPG nas redes sociais?

Algumas pessoas também gostam de jogar RPGs em redes sociais, como em lives, transmissões ao vivo, ou por meio de mensagens.

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